WEHAVEKAOSINTHEGARDEN: Uma hipocrisia tão legal como imoral

30-01-2012
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Miguel Macedo, ministro da Administração Interna, anunciou que vai renunciar ao seu subsídio de alojamento, depois de uma notícia avançada pelo Público ter revelado que este recebia o apoio, apesar de ter casa própria em Lisboa. "Por decisão pessoal minha, amanhã mesmo, vou formalizar a renúncia a este direito que a lei me dá". Também o secretário de Estado das Comunidades José Cesário já informou que pretende abdicar do subsídio de alojamento que lhe é atribuído por lei, afirmando que não basta ser sério, é preciso parece-lo.Se a hipocrisia pagasse imposto não havia mais necessidade de austeridade que esta gente pagava o suficiente para acabar com a divida externa e ainda financiar a economia. O subsidio que recebiam, e provavelmente muitos outros que eles ou outros receberão por qualquer outro motivo, até pode ser legal, mas é também imoral. Quando pedem sacrifícios enormes aos portugueses, lhes cortam os subsídios de Natal e de Férias, foi necessário que um jornal "metesse a boca no trombone" e a indignação pública fosse enorme para eles afirmarem ir desistir daquilo que nunca deveriam ter aceite receber. Não são os poucos milhares de euros que se vão poupar, uma migalha na despesa do estado, que é importante, o que é significativo é a atitude e o que isto revela sobre a sua forma de estar na vida pública. Migalhas, mas que mesmo assim só para ir visitar a família esta gente necessita do mesmo dinheiro que três famílias, que ganhem o ordenado mínimo, têm para viver durante um mês (os tais que vivem acima das suas possibilidades). Sem esquecer que quem definiu e aceitou oferecer esta benesse aos seus ministros e secretários de estado foi o próprio Passos Coelho, o tal que prometeu, antes de ser governo, não ir aumentar impostos nem roubar subsídios. PS: Boneco do m(iguel) & m(macedo) baseado na ideia de um amigo que lhe agradeço.


Miguel Macedo, ministro da Administração Interna, anunciou que vai renunciar ao seu subsídio de alojamento, depois de uma notícia avançada pelo Público ter revelado que este recebia o apoio, apesar de ter casa própria em Lisboa. "Por decisão pessoal minha, amanhã mesmo, vou formalizar a renúncia a este direito que a lei me dá". Também o secretário de Estado das Comunidades José Cesário já informou que pretende abdicar do subsídio de alojamento que lhe é atribuído por lei, afirmando que não basta ser sério, é preciso parece-lo.Se a hipocrisia pagasse imposto não havia mais necessidade de austeridade que esta gente pagava o suficiente para acabar com a divida externa e ainda financiar a economia. O subsidio que recebiam, e provavelmente muitos outros que eles ou outros receberão por qualquer outro motivo, até pode ser legal, mas é também imoral. Quando pedem sacrifícios enormes aos portugueses, lhes cortam os subsídios de Natal e de Férias, foi necessário que um jornal "metesse a boca no trombone" e a indignação pública fosse enorme para eles afirmarem ir desistir daquilo que nunca deveriam ter aceite receber. Não são os poucos milhares de euros que se vão poupar, uma migalha na despesa do estado, que é importante, o que é significativo é a atitude e o que isto revela sobre a sua forma de estar na vida pública. Migalhas, mas que mesmo assim só para ir visitar a família esta gente necessita do mesmo dinheiro que três famílias, que ganhem o ordenado mínimo, têm para viver durante um mês (os tais que vivem acima das suas possibilidades). Sem esquecer que quem definiu e aceitou oferecer esta benesse aos seus ministros e secretários de estado foi o próprio Passos Coelho, o tal que prometeu, antes de ser governo, não ir aumentar impostos nem roubar subsídios. PS: Boneco do m(iguel) & m(macedo) baseado na ideia de um amigo que lhe agradeço.

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