O Governo português vê "com muita tristeza" a notícia do rapto de uma cidadã portuguesa em Moçambique e mantém "contactos permanentes" com o executivo moçambicano, disse hoje à Lusa o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.
Uma mulher portuguesa foi raptada esta manhã na Matola, cidade satélite de Maputo, capital de Moçambique, por três homens armados, disse à Lusa uma fonte da comunidade. O rapto ocorreu no interior da empresa onde a portuguesa exerce funções de gestora financeira.
Este é o segundo rapto envolvendo portugueses, depois de em meados de julho um empresário ter sido sequestrado.
Desde então, disse à Lusa o secretário de Estado José Cesário, o executivo português "tem mantido contactos permanentes com o Governo moçambicano" através da embaixada em Maputo e do cônsul geral, "no sentido de haver toda a atenção" em relação a estes casos.
Sobre o rapto da cidadã ocorrido hoje, José Cesário afirmou que o Governo está "a acompanhar" a situação e têm ocorrido "contactos entre membros" dos governos dos dois países.
"Continuamos a transmitir ao Governo moçambicano toda a preocupação relativamente ao bem-estar e à segurança de cidadãos portugueses que estão em Moçambique", disse o secretário de Estado das Comunidades.
Admitindo que notícias como esta criem "algumas preocupações" entre a comunidade, José Cesário reiterou os apelos para que os emigrantes "tenham cautela e cuidado".
No entanto, sublinhou, "as pessoas que conhecem Moçambique sabem que, de um modo geral, os riscos são extremamente reduzidos".
O governante salientou que "há sempre riscos em qualquer país do mundo, isto acontece em Moçambique como acontece em qualquer sítio, como a Venezuela, Brasil ou África do Sul".
De acordo com dados oficiais do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), estão inscritos cerca de 32 mil portugueses nos consulados-gerais de Maputo e da Beira, dos quais perto de 10 mil são expatriados.
No final da semana passada, o MNE, através da secretaria de Estado das Comunidades, emitiu um alerta a recomendar aos viajantes que tenham "a maior cautela nas deslocações", devido à "particular incidência de raptos" em Maputo.
Os portugueses são aconselhados a "não frequentar locais isolados, evitar as rotinas, incluindo não efetuar diariamente os mesmos percursos, não exibir bens com valor monetário significativo e manter sempre a família ou pessoas de confiança informadas sobre as deslocações".
A onda de sequestros começou em 2011 e tem visado setores abastados da sociedade moçambicana.
O cônsul geral de Portugal em Maputo, Gonçalo Teles Gomes, disse à Lusa que os familiares da vítima já foram informados do sucedido, adiantou.
A identidade da vítima e a identificação da empresa não foram divulgados.
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O Governo português vê "com muita tristeza" a notícia do rapto de uma cidadã portuguesa em Moçambique e mantém "contactos permanentes" com o executivo moçambicano, disse hoje à Lusa o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.
Uma mulher portuguesa foi raptada esta manhã na Matola, cidade satélite de Maputo, capital de Moçambique, por três homens armados, disse à Lusa uma fonte da comunidade. O rapto ocorreu no interior da empresa onde a portuguesa exerce funções de gestora financeira.
Este é o segundo rapto envolvendo portugueses, depois de em meados de julho um empresário ter sido sequestrado.
Desde então, disse à Lusa o secretário de Estado José Cesário, o executivo português "tem mantido contactos permanentes com o Governo moçambicano" através da embaixada em Maputo e do cônsul geral, "no sentido de haver toda a atenção" em relação a estes casos.
Sobre o rapto da cidadã ocorrido hoje, José Cesário afirmou que o Governo está "a acompanhar" a situação e têm ocorrido "contactos entre membros" dos governos dos dois países.
"Continuamos a transmitir ao Governo moçambicano toda a preocupação relativamente ao bem-estar e à segurança de cidadãos portugueses que estão em Moçambique", disse o secretário de Estado das Comunidades.
Admitindo que notícias como esta criem "algumas preocupações" entre a comunidade, José Cesário reiterou os apelos para que os emigrantes "tenham cautela e cuidado".
No entanto, sublinhou, "as pessoas que conhecem Moçambique sabem que, de um modo geral, os riscos são extremamente reduzidos".
O governante salientou que "há sempre riscos em qualquer país do mundo, isto acontece em Moçambique como acontece em qualquer sítio, como a Venezuela, Brasil ou África do Sul".
De acordo com dados oficiais do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), estão inscritos cerca de 32 mil portugueses nos consulados-gerais de Maputo e da Beira, dos quais perto de 10 mil são expatriados.
No final da semana passada, o MNE, através da secretaria de Estado das Comunidades, emitiu um alerta a recomendar aos viajantes que tenham "a maior cautela nas deslocações", devido à "particular incidência de raptos" em Maputo.
Os portugueses são aconselhados a "não frequentar locais isolados, evitar as rotinas, incluindo não efetuar diariamente os mesmos percursos, não exibir bens com valor monetário significativo e manter sempre a família ou pessoas de confiança informadas sobre as deslocações".
A onda de sequestros começou em 2011 e tem visado setores abastados da sociedade moçambicana.
O cônsul geral de Portugal em Maputo, Gonçalo Teles Gomes, disse à Lusa que os familiares da vítima já foram informados do sucedido, adiantou.
A identidade da vítima e a identificação da empresa não foram divulgados.