In Concreto: Ponto Final

01-07-2011
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Nestes últimos dias estiver a recolher mais informação sobre o atribulado congresso da JSD/Açores, com especial atenção para os discursos.
Além do sucedido, choca-me a falta de sensibilidade política de Berta Cabral. É verdade que a senhora não tem responsabilidade nenhuma sobre os contornos do congresso, mas sabendo do que se passou e na qualidade de líder do PSD/Açores, era obrigatório um sentido político apurado. Berta Cabral tem mostrado falta de sensibilidade política nos momentos de crise - e a sua liderança já viu demasiados momentos de crise - e desta vez não foi diferente. Compreendo que tenha preparado o seu discurso para o exterior, no entanto, devia ter percebido que em momentos de crise interna de nada serve gritar falar o exterior. Deveria ter puxado pelo improviso - coisa que ainda nunca vimos Berta Cabral fazer - e colocar a tónica na ferida aberta na JSD/Açores, tentando-a sarar o mais rápido possível. Só depois disto seriam ouvidas as suas posições.

Berta Cabral não fez nada disso, preferiu utilizar o seu discurso previamente preparado e para o exterior, mesmo que fosse absurdamente descontextualizado com o momento político. Berta Cabral fez acusações várias, que alguns sociais-democratas vieram fazer eco rapidamente. Numa destas diz que, “Os Açores bem precisam de uma verdadeira política de juventude". Como é possível Berta Cabral falar numa verdadeira política de juventude em pleno congresso da JSD/Açores, se deste mesmo congresso não sai uma única ideia clara sobre juventude. Um congresso que não foi marcado pelas propostas sobre juventude, mas sobre controversas internas e acusações várias. Como tem a lata de falar numa política estrutural de juventude se no seio da JSD questionam a legitimidade do Presidente da JSD?

Infelizmente não foi só isto, Berta Cabral afirmou que “a Região necessita de uma mudança de protagonistas para uma mudança de mentalidades", como é que há a decência de dizer estas palavras quando o Secretário geral da JSD/Açores é acusado pelos seus pares de falsificação de assinaturas?!

Face ao exposto, é assustadora a falta de sensibilidade política desta senhora, que não sabe adequar um discurso à realidade, nem tão pouco ao momento em que esta assume a palavra. A ironia é que grande de parte dos recados dirigidos ao PS assentam que nem uma luva à JSD/Açores.

***
Quanto à novela na JSD/Açores, coloco ponto final no assunto. A JSD/Açores descredibilizou-se a si própria, como nenhum comentador ou adversário político o faria. Descredibilizou os seus dirigentes e se estes não são credíveis aos olhos dos seus pares, ainda menos serão aos olhos da juventude açoriana.


Nestes últimos dias estiver a recolher mais informação sobre o atribulado congresso da JSD/Açores, com especial atenção para os discursos.
Além do sucedido, choca-me a falta de sensibilidade política de Berta Cabral. É verdade que a senhora não tem responsabilidade nenhuma sobre os contornos do congresso, mas sabendo do que se passou e na qualidade de líder do PSD/Açores, era obrigatório um sentido político apurado. Berta Cabral tem mostrado falta de sensibilidade política nos momentos de crise - e a sua liderança já viu demasiados momentos de crise - e desta vez não foi diferente. Compreendo que tenha preparado o seu discurso para o exterior, no entanto, devia ter percebido que em momentos de crise interna de nada serve gritar falar o exterior. Deveria ter puxado pelo improviso - coisa que ainda nunca vimos Berta Cabral fazer - e colocar a tónica na ferida aberta na JSD/Açores, tentando-a sarar o mais rápido possível. Só depois disto seriam ouvidas as suas posições.

Berta Cabral não fez nada disso, preferiu utilizar o seu discurso previamente preparado e para o exterior, mesmo que fosse absurdamente descontextualizado com o momento político. Berta Cabral fez acusações várias, que alguns sociais-democratas vieram fazer eco rapidamente. Numa destas diz que, “Os Açores bem precisam de uma verdadeira política de juventude". Como é possível Berta Cabral falar numa verdadeira política de juventude em pleno congresso da JSD/Açores, se deste mesmo congresso não sai uma única ideia clara sobre juventude. Um congresso que não foi marcado pelas propostas sobre juventude, mas sobre controversas internas e acusações várias. Como tem a lata de falar numa política estrutural de juventude se no seio da JSD questionam a legitimidade do Presidente da JSD?

Infelizmente não foi só isto, Berta Cabral afirmou que “a Região necessita de uma mudança de protagonistas para uma mudança de mentalidades", como é que há a decência de dizer estas palavras quando o Secretário geral da JSD/Açores é acusado pelos seus pares de falsificação de assinaturas?!

Face ao exposto, é assustadora a falta de sensibilidade política desta senhora, que não sabe adequar um discurso à realidade, nem tão pouco ao momento em que esta assume a palavra. A ironia é que grande de parte dos recados dirigidos ao PS assentam que nem uma luva à JSD/Açores.

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Quanto à novela na JSD/Açores, coloco ponto final no assunto. A JSD/Açores descredibilizou-se a si própria, como nenhum comentador ou adversário político o faria. Descredibilizou os seus dirigentes e se estes não são credíveis aos olhos dos seus pares, ainda menos serão aos olhos da juventude açoriana.

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