In Concreto: Desemprego e Riqueza Nacionais

01-07-2011
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Com a taxa de desemprego “oficial” a rondar os 11% e a “real” a rondar quase o dobro, aqueles cuja missão passa por agradar os seus constituintes (políticos) estão desesperados por encontrar uma solução mágica para o grande martírio nacional. Não só a classe política mas também o eleitorado acreditam que a principal tarefa do XIX governo da república será a criação de postos de trabalho. É lógico pensar que ao dar emprego a todos, estamos a promover o crescimento económico do país. No entanto talvez não estejamos a olhar para a questão com objectividade… O problema não é um de desemprego, mas sim de prosperidade, ou seja, um nível de vida que continua a decrescer diariamente para a classe média. O desemprego é apenas um dos sintomas num sistema económico-social que está desde muito moribundo. Em Portugal tem-se vindo a concentrar a “riqueza” nacional nas mãos de uns poucos privilegiados, enquanto que o “povo” tem visto o seu poder real de compra diminuir ao longo de toda uma geração. Os pobres, esses nunca tiveram nada a perder, o estado de providência tem sido, nesse aspecto, de extrema importância, mas a classe média... essa tem sido alvo de um “assalto” sem fim, impiedoso. Ao mantermos (o país, o governo, os eleitores, os votos) esta dependência no endividamento, em políticas fiscais obsoletas, nas parcerias público-privadas, no esbanjamento público das contribuições de cada cidadão, estamos a demonstrar o quão parvos fomos. Olho para a troca de acusações na comunicação social, ao debate sobre pontos inconsequentes, à preocupação em reduzir em 1% o défice (como se isso resolvesse todos os nossos problemas), às lutas de poder entre os ricos políticos da nação… enquanto os restantes portugueses lutam pelas migalhas à mesa. O espectáculo está a chegar ao fim, a cortina está a cair e o momento da verdade aproxima-se… estamos preparados?João Cunha


Com a taxa de desemprego “oficial” a rondar os 11% e a “real” a rondar quase o dobro, aqueles cuja missão passa por agradar os seus constituintes (políticos) estão desesperados por encontrar uma solução mágica para o grande martírio nacional. Não só a classe política mas também o eleitorado acreditam que a principal tarefa do XIX governo da república será a criação de postos de trabalho. É lógico pensar que ao dar emprego a todos, estamos a promover o crescimento económico do país. No entanto talvez não estejamos a olhar para a questão com objectividade… O problema não é um de desemprego, mas sim de prosperidade, ou seja, um nível de vida que continua a decrescer diariamente para a classe média. O desemprego é apenas um dos sintomas num sistema económico-social que está desde muito moribundo. Em Portugal tem-se vindo a concentrar a “riqueza” nacional nas mãos de uns poucos privilegiados, enquanto que o “povo” tem visto o seu poder real de compra diminuir ao longo de toda uma geração. Os pobres, esses nunca tiveram nada a perder, o estado de providência tem sido, nesse aspecto, de extrema importância, mas a classe média... essa tem sido alvo de um “assalto” sem fim, impiedoso. Ao mantermos (o país, o governo, os eleitores, os votos) esta dependência no endividamento, em políticas fiscais obsoletas, nas parcerias público-privadas, no esbanjamento público das contribuições de cada cidadão, estamos a demonstrar o quão parvos fomos. Olho para a troca de acusações na comunicação social, ao debate sobre pontos inconsequentes, à preocupação em reduzir em 1% o défice (como se isso resolvesse todos os nossos problemas), às lutas de poder entre os ricos políticos da nação… enquanto os restantes portugueses lutam pelas migalhas à mesa. O espectáculo está a chegar ao fim, a cortina está a cair e o momento da verdade aproxima-se… estamos preparados?João Cunha

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