In Concreto: A nacionalização das Europeias.09

01-07-2011
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Posto isto, afiguram-se desadequadas propostas de candidatos a deputados naquele hemiciclo no sentido de procurar obter vantagens para Portugal. O crivo composto pelos outros deputados, oriundos de outros países, ainda que da mesma família política, suporta este raciocínio. (...) Assim, se pretende defender que, sendo estas eleições para o Parlamento, e não para o Conselho (órgão para o qual de resto não há eleições), não faz muito sentido apresentar como bandeiras de campanha eleitoral qualquer tipo de medida que poderá beneficiar Portugal neste contexto. No entanto, este não parece ser o entendimento geral nos partidos nacionais, com uma ou outra excepção, o que de resto, confirma a regra (conforme se costuma dizer). por Bruno Antunes no Um Blogue do Caraças.Um bom texto que explica a nacionalização das eleições europeias. Deveríamos talvez, discutir a necessidade de levar as grandes famílias partidárias do PE a eleições, em vez dos partidos políticos nacionais. Fazendo uma perigosa comparação, o estilo de campanha que Portugal e os restantes países fazem para o PE, é mais ou menos como se para as eleições à AR, os candidatos a deputados açorianos fizessem promessas eleitorais concretas. Que em bom abono da verdade, tal como as delegações nacionais no PE, os deputados açorianos na AR, não têm representatividade suficiente para decidir, nem tão pouco para pressionar decisões num determinado sentido. Estando estes à completa mercê dos restantes. Daí que todas as promessas que se fazem agora, sem a sua leitura no contexto das grandes famílias partidárias europeias, não são mais do que promessas ocas e vazias. E quanto mais se nacionalizar as europeias - que é o que faz sempre a oposição -, mais afastados da realidade política e decisória estaremos.


Posto isto, afiguram-se desadequadas propostas de candidatos a deputados naquele hemiciclo no sentido de procurar obter vantagens para Portugal. O crivo composto pelos outros deputados, oriundos de outros países, ainda que da mesma família política, suporta este raciocínio. (...) Assim, se pretende defender que, sendo estas eleições para o Parlamento, e não para o Conselho (órgão para o qual de resto não há eleições), não faz muito sentido apresentar como bandeiras de campanha eleitoral qualquer tipo de medida que poderá beneficiar Portugal neste contexto. No entanto, este não parece ser o entendimento geral nos partidos nacionais, com uma ou outra excepção, o que de resto, confirma a regra (conforme se costuma dizer). por Bruno Antunes no Um Blogue do Caraças.Um bom texto que explica a nacionalização das eleições europeias. Deveríamos talvez, discutir a necessidade de levar as grandes famílias partidárias do PE a eleições, em vez dos partidos políticos nacionais. Fazendo uma perigosa comparação, o estilo de campanha que Portugal e os restantes países fazem para o PE, é mais ou menos como se para as eleições à AR, os candidatos a deputados açorianos fizessem promessas eleitorais concretas. Que em bom abono da verdade, tal como as delegações nacionais no PE, os deputados açorianos na AR, não têm representatividade suficiente para decidir, nem tão pouco para pressionar decisões num determinado sentido. Estando estes à completa mercê dos restantes. Daí que todas as promessas que se fazem agora, sem a sua leitura no contexto das grandes famílias partidárias europeias, não são mais do que promessas ocas e vazias. E quanto mais se nacionalizar as europeias - que é o que faz sempre a oposição -, mais afastados da realidade política e decisória estaremos.

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