In Concreto: Puritanismo

02-07-2011
marcar artigo


O twitter ocupou umas boas linhas e caracteres nos últimos dias, um pouco por toda a região e inclusive no continente. Muitos argumentos tão descabidos como entranhados num puritanismo que faz inveja às beatas.A propósito da infeliz ideia de limitar o acesso e utilização da internet em plenário, quer pelas posições de alguns partidos e suas figuras, quer por algumas incoerentes posições editoriais que li, lembrei-me de uma polémica de há uns meses. Alguém se lembra da polémica que se criou quando a Direcção Regional da Educação condicionou o acesso a sites das escolas? Recordo a notícia do DI de 6 de Março, passo a citar: Artur Lima compara o caso à “censura no computador Magalhães e no livro apreendido em Braga” e diz que se insere na “nova moda socialista de esquerda socrática”. “Tínhamos no tempo da inquisição um Torquemada de todas as Espanhas. Espero que não estejamos perante o Torquemada de todas as escolas”, alerta. Procurem mais notícias sobre esse episódio e vejam o paradoxo entre as posições - de CDS/PP e PSD -, algo tão paradoxal, como rasgar num dia e não rasgar no outro.Observei também um certo puritanismo por parte de muitos comentadores ao bom estilo: os deputados estão lá é para trabalhar, não é para andar a passear na internet. Gosto deste estilo de bocas, porque se fosse a classe política a propor a limitação de acesso a alguns sites e a elaboração de um código de conduta para toda a administração pública, ai vinha a acusações de censura e totalitarismo.


O twitter ocupou umas boas linhas e caracteres nos últimos dias, um pouco por toda a região e inclusive no continente. Muitos argumentos tão descabidos como entranhados num puritanismo que faz inveja às beatas.A propósito da infeliz ideia de limitar o acesso e utilização da internet em plenário, quer pelas posições de alguns partidos e suas figuras, quer por algumas incoerentes posições editoriais que li, lembrei-me de uma polémica de há uns meses. Alguém se lembra da polémica que se criou quando a Direcção Regional da Educação condicionou o acesso a sites das escolas? Recordo a notícia do DI de 6 de Março, passo a citar: Artur Lima compara o caso à “censura no computador Magalhães e no livro apreendido em Braga” e diz que se insere na “nova moda socialista de esquerda socrática”. “Tínhamos no tempo da inquisição um Torquemada de todas as Espanhas. Espero que não estejamos perante o Torquemada de todas as escolas”, alerta. Procurem mais notícias sobre esse episódio e vejam o paradoxo entre as posições - de CDS/PP e PSD -, algo tão paradoxal, como rasgar num dia e não rasgar no outro.Observei também um certo puritanismo por parte de muitos comentadores ao bom estilo: os deputados estão lá é para trabalhar, não é para andar a passear na internet. Gosto deste estilo de bocas, porque se fosse a classe política a propor a limitação de acesso a alguns sites e a elaboração de um código de conduta para toda a administração pública, ai vinha a acusações de censura e totalitarismo.

marcar artigo