Costa sugere que Seguro está mais preocupado com a teia mediática do que com as pessoas

11-09-2011
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No palco do congresso socialista falava Jorge Seguro Sanches, primo do secretário-geral socialista. No estúdio da TVI estava em directo António Costa. E, de repente, António José Seguro entra no estúdio e cumprimenta aquele que é o seu principal adversário político no PS. Trocam meia dúzia de palavras, Costa levanta-se e é Seguro quem fica com o seu lugar.

António Costa, que há não muito tempo tinha dito que não conhecia Seguro, apesar de estarem juntos no partido há cerca de 30 anos, ficou finalmente a conhecer o novo líder socialista. Tudo em directo num estúdio de televisão.

António José Seguro tinha resolvido fazer uma visita de cortesia aos jornalistas. Dirigiu-se à bancada da imprensa e foi cumprimentando os jornalistas que lhe apreciam pela frente. A primeira televisão a visitar foi a da SIC.

Pediu licença, entrou no estúdio e prestou algumas declarações que a estação transmitiu em directo. Seguiu-se o estúdio da TVI. As cortinas que isolam o estúdio são abertas. Seguro percebe que lá está António Costa e evita entrar logo. É, porém, convidado a avançar e, no meio da confusão das dezenas de jornalistas que o seguiam, Seguro acaba mesmo por entrar. Colocaram-lhe um microfone e encaminharam-no para uma cadeira junto a Costa. O embaraço é geral.

Cumprimentam-se. Seguro, já sentado, fala na curiosidade que tinha em ver os bastidores do trabalho dos órgãos de comunicação social. Poucos segundos depois, Costa levanta-se e deixa a sala. "O microfone, o microfone", alerta o jornalista. Costa, com a pressa de sair, quase o levava com ele. Segundo o presidente da câmara de Lisboa disse depois ao PÚBLICO, trocaram uma só palavra: “Olá”.

“Já tinha acabado a entrevista e dei o lugar ao secretário-geral. Por que é que não haveria de dar o meu lugar ao secretário-geral?, afirmou Costa ao PÚBLICO.

Costa deixou o estúdio da TVI e entrou no da SIC, onde Seguro já tinha estado. Depois da entrevista, ficou junto à bancada da imprensa até porque tinha combinado outra entrevista com a RTP. Uma produtora convidou-o a entrar. Só que agora estava lá Seguro e só quando o secretário-geral saiu é que o presidente da câmara de Lisboa entrou.

Questionado pelos jornalistas se tem sido uma preocupação de Seguro distinguir-se da anterior liderança. António Costa disse que não ter dúvidas disso. “Tem sido uma preocupação clara do novo líder, ter uma distinção relativamente àquela que era a da anterior liderança.”

O presidente da Câmara de Lisboa classificou depois esta visita de Seguro à comunicação social como "uma etapa nova de intimidade entre a liderança política e a comunicação social”.

Sócrates, que teve várias polémicas com a comunicação social, tinha, segundo Costa, um comportamento diferente: “Tinha outro género de relação com os jornalistas, menos íntimo, mais concentrado nas pessoas e com menor envolvimento com a teia mediática.”

O lema do XVIII Congresso do PS é: "As pessoas estão primeiro."

Questionado se lhe parece que Seguro anda em busca da boa imprensa, Costa afirmou: “Ele [Seguro] tem tido boa imprensa, isso é bom, não precisa de procurar muito.”

Aos jornalistas, ainda antes da troca de cadeiras, Seguro disse que tinha um grande respeito pelo trabalho da comunicação e relevou que já tinha sido jornalista quando tinha 16 anos, no jornal “A verdade de Penamacor”.

E contou um episódio que apelidou de curioso: “Tivemos de legalizar o jornal e ninguém tinha idade para o fazer.” Tem saudades desse tempo?, perguntaram os jornalistas. “Saudades só do futuro, recordo com muita alegria e orgulho o trabalho desses tempos”, afirmou Seguro.

Depois deste episódio uma coisa é certa: tão depressa Costa e Seguro não o vão esquecer e a troca de cadeiras entra directamente para a história dos congressos socialistas.

O caso terminou, pelo menos por agora, já em cima das 20h, pouco mais de 1h30 de ter começado. Seguro estava sentado na primeira fila da mesa do congresso. Levantou-se lentamente e dirigiu-se para a última fila, sentando-se ao lado de Costa. Falaram durante cerca de três minutos. O que foi dito ficou entre ambos ficou, para já, por se saber.

No palco do congresso socialista falava Jorge Seguro Sanches, primo do secretário-geral socialista. No estúdio da TVI estava em directo António Costa. E, de repente, António José Seguro entra no estúdio e cumprimenta aquele que é o seu principal adversário político no PS. Trocam meia dúzia de palavras, Costa levanta-se e é Seguro quem fica com o seu lugar.

António Costa, que há não muito tempo tinha dito que não conhecia Seguro, apesar de estarem juntos no partido há cerca de 30 anos, ficou finalmente a conhecer o novo líder socialista. Tudo em directo num estúdio de televisão.

António José Seguro tinha resolvido fazer uma visita de cortesia aos jornalistas. Dirigiu-se à bancada da imprensa e foi cumprimentando os jornalistas que lhe apreciam pela frente. A primeira televisão a visitar foi a da SIC.

Pediu licença, entrou no estúdio e prestou algumas declarações que a estação transmitiu em directo. Seguiu-se o estúdio da TVI. As cortinas que isolam o estúdio são abertas. Seguro percebe que lá está António Costa e evita entrar logo. É, porém, convidado a avançar e, no meio da confusão das dezenas de jornalistas que o seguiam, Seguro acaba mesmo por entrar. Colocaram-lhe um microfone e encaminharam-no para uma cadeira junto a Costa. O embaraço é geral.

Cumprimentam-se. Seguro, já sentado, fala na curiosidade que tinha em ver os bastidores do trabalho dos órgãos de comunicação social. Poucos segundos depois, Costa levanta-se e deixa a sala. "O microfone, o microfone", alerta o jornalista. Costa, com a pressa de sair, quase o levava com ele. Segundo o presidente da câmara de Lisboa disse depois ao PÚBLICO, trocaram uma só palavra: “Olá”.

“Já tinha acabado a entrevista e dei o lugar ao secretário-geral. Por que é que não haveria de dar o meu lugar ao secretário-geral?, afirmou Costa ao PÚBLICO.

Costa deixou o estúdio da TVI e entrou no da SIC, onde Seguro já tinha estado. Depois da entrevista, ficou junto à bancada da imprensa até porque tinha combinado outra entrevista com a RTP. Uma produtora convidou-o a entrar. Só que agora estava lá Seguro e só quando o secretário-geral saiu é que o presidente da câmara de Lisboa entrou.

Questionado pelos jornalistas se tem sido uma preocupação de Seguro distinguir-se da anterior liderança. António Costa disse que não ter dúvidas disso. “Tem sido uma preocupação clara do novo líder, ter uma distinção relativamente àquela que era a da anterior liderança.”

O presidente da Câmara de Lisboa classificou depois esta visita de Seguro à comunicação social como "uma etapa nova de intimidade entre a liderança política e a comunicação social”.

Sócrates, que teve várias polémicas com a comunicação social, tinha, segundo Costa, um comportamento diferente: “Tinha outro género de relação com os jornalistas, menos íntimo, mais concentrado nas pessoas e com menor envolvimento com a teia mediática.”

O lema do XVIII Congresso do PS é: "As pessoas estão primeiro."

Questionado se lhe parece que Seguro anda em busca da boa imprensa, Costa afirmou: “Ele [Seguro] tem tido boa imprensa, isso é bom, não precisa de procurar muito.”

Aos jornalistas, ainda antes da troca de cadeiras, Seguro disse que tinha um grande respeito pelo trabalho da comunicação e relevou que já tinha sido jornalista quando tinha 16 anos, no jornal “A verdade de Penamacor”.

E contou um episódio que apelidou de curioso: “Tivemos de legalizar o jornal e ninguém tinha idade para o fazer.” Tem saudades desse tempo?, perguntaram os jornalistas. “Saudades só do futuro, recordo com muita alegria e orgulho o trabalho desses tempos”, afirmou Seguro.

Depois deste episódio uma coisa é certa: tão depressa Costa e Seguro não o vão esquecer e a troca de cadeiras entra directamente para a história dos congressos socialistas.

O caso terminou, pelo menos por agora, já em cima das 20h, pouco mais de 1h30 de ter começado. Seguro estava sentado na primeira fila da mesa do congresso. Levantou-se lentamente e dirigiu-se para a última fila, sentando-se ao lado de Costa. Falaram durante cerca de três minutos. O que foi dito ficou entre ambos ficou, para já, por se saber.

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