Marcelo Oliveira: Sociedade

21-01-2012
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Tenho sono muito leve, e numa noite destas notei que havia alguém andando sorrateiramente no quintal de casa.Levantei-me em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma silhueta a passar pela janela do quarto.Como a minha casa é muito segura, com alarme, grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado, mas claro que não ia deixar o ladrão ali, a actuar tranquilamente.Liguei baixinho para a polícia, informei qual era a situação e o meu endereço.Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa. Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível.Um minuto depois liguei de novo e disse com a voz calma:- Eu liguei há pouco porque estava um intruso no meu quintal. Não é preciso terem pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro de pistola calibre 9mm, que tenho guardada em casa há anos para estas situações. O tiro acertou-lhe mesmo na cara!Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, o INEM, um helicóptero, uma unidade do resgate, duas equipes da TVI e da SIC e um grupo de defesa dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada neste mundo.Prenderam o ladrão em flagrante, que ficou com cara de parvo a olhar para aquilo tudo. Talvez estivesse a pensar que era a casa do Comandante da Polícia.No meio do tumulto, um comissário aproximou-se de mim e disse:- Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão.Eu respondi:- Pensei que tivesse dito que não havia nenhuma viatura disponível.

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Tenho sono muito leve, e numa noite destas notei que havia alguém andando sorrateiramente no quintal de casa.Levantei-me em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma silhueta a passar pela janela do quarto.Como a minha casa é muito segura, com alarme, grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado, mas claro que não ia deixar o ladrão ali, a actuar tranquilamente.Liguei baixinho para a polícia, informei qual era a situação e o meu endereço.Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa. Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível.Um minuto depois liguei de novo e disse com a voz calma:- Eu liguei há pouco porque estava um intruso no meu quintal. Não é preciso terem pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro de pistola calibre 9mm, que tenho guardada em casa há anos para estas situações. O tiro acertou-lhe mesmo na cara!Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, o INEM, um helicóptero, uma unidade do resgate, duas equipes da TVI e da SIC e um grupo de defesa dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada neste mundo.Prenderam o ladrão em flagrante, que ficou com cara de parvo a olhar para aquilo tudo. Talvez estivesse a pensar que era a casa do Comandante da Polícia.No meio do tumulto, um comissário aproximou-se de mim e disse:- Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão.Eu respondi:- Pensei que tivesse dito que não havia nenhuma viatura disponível.

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