"O português mais experiente" da banca leva "puxão de orelhas" no inquérito a BES

05-02-2015
marcar artigo

Esteve no Morgan Stanley, na presidência do IGCP e na administração do BES. Contudo, a experiência na banca não evitou que João Moreira Rato fosse chamado à atenção na comissão parlamentar de inquérito pela ausência de respostas que estava a dar aos deputados.

Na audição desta quarta-feira, 4 de Fevereiro, Moreira Rato remeteu para actas, recusou-se a comentar factos anteriores à sua entrada em funções, respondeu com "sim" e "não" ou repetindo as respostas anteriores. Os deputados já estavam irritados.

Leia Também Havia interessados no BES em Julho mas Moreira Rato recusa dizê-los ao Parlamento

"Posso gastar o meu tempo a repetir as perguntas vezes sem fim", disse Mariana Mortágua. "Identifique uma entidade que seja", pediu Jorge Paulo Oliveira, quando Moreira Rato se recusou a dizer quem eram os interessados em investir no BES, em Julho.

Leia Também Moreira Rato questiona ideia de inevitabilidade da resolução do BES

Fernando Negrão, presidente da comissão, quis pôr ordem nos trabalhos. "É obrigação de todas as pessoas dizer a verdade, sendo que se não o fizerem estão a praticar um crime de desobediência", disse o social-democrata a Moreira Rato, dizendo que a "omissão a uma resposta pode configurar, também, a prática de um crime de desobediência".

Fernando Negrão disse, em dois momentos distintos, que Moreira Rato tinha de dar respostas mais claras. "Relativamente a factos, chamo a necessidade de ser mais assertivo".

Ana Paula Vitorino, por várias vezes enquanto fazia perguntas, criticou a postura de Moreira Rato. A socialista até se mostrou entusiasmada quando o ex-administrador do BES mostrou "querer responder a alguma coisa". Contudo, concluiu com um lamento, dizendo que seria de esperar mais colaboração do "português com maior experiência em quadros financeiros".

Leia Também 6 mil milhões de euros em depósitos saíram do BES nas últimas duas semanas de Julho

Uma comissão parlamentar de inquérito tem poderes parajudiciais, podendo os seus deputados fazer questões para chegarem a conclusões sobre o tema em causa - neste caso específico, sobre a gestão do BES e do GES e o período da resolução do BES. Moreira Rato foi administrador com o pelouro financeiro do BES entre 14 de Julho e 3 de Agosto e administrador com o pelouro financeiro do Novo Banco entre 4 de Agosto e 13 de Setembro.

Esteve no Morgan Stanley, na presidência do IGCP e na administração do BES. Contudo, a experiência na banca não evitou que João Moreira Rato fosse chamado à atenção na comissão parlamentar de inquérito pela ausência de respostas que estava a dar aos deputados.

Na audição desta quarta-feira, 4 de Fevereiro, Moreira Rato remeteu para actas, recusou-se a comentar factos anteriores à sua entrada em funções, respondeu com "sim" e "não" ou repetindo as respostas anteriores. Os deputados já estavam irritados.

Leia Também Havia interessados no BES em Julho mas Moreira Rato recusa dizê-los ao Parlamento

"Posso gastar o meu tempo a repetir as perguntas vezes sem fim", disse Mariana Mortágua. "Identifique uma entidade que seja", pediu Jorge Paulo Oliveira, quando Moreira Rato se recusou a dizer quem eram os interessados em investir no BES, em Julho.

Leia Também Moreira Rato questiona ideia de inevitabilidade da resolução do BES

Fernando Negrão, presidente da comissão, quis pôr ordem nos trabalhos. "É obrigação de todas as pessoas dizer a verdade, sendo que se não o fizerem estão a praticar um crime de desobediência", disse o social-democrata a Moreira Rato, dizendo que a "omissão a uma resposta pode configurar, também, a prática de um crime de desobediência".

Fernando Negrão disse, em dois momentos distintos, que Moreira Rato tinha de dar respostas mais claras. "Relativamente a factos, chamo a necessidade de ser mais assertivo".

Ana Paula Vitorino, por várias vezes enquanto fazia perguntas, criticou a postura de Moreira Rato. A socialista até se mostrou entusiasmada quando o ex-administrador do BES mostrou "querer responder a alguma coisa". Contudo, concluiu com um lamento, dizendo que seria de esperar mais colaboração do "português com maior experiência em quadros financeiros".

Leia Também 6 mil milhões de euros em depósitos saíram do BES nas últimas duas semanas de Julho

Uma comissão parlamentar de inquérito tem poderes parajudiciais, podendo os seus deputados fazer questões para chegarem a conclusões sobre o tema em causa - neste caso específico, sobre a gestão do BES e do GES e o período da resolução do BES. Moreira Rato foi administrador com o pelouro financeiro do BES entre 14 de Julho e 3 de Agosto e administrador com o pelouro financeiro do Novo Banco entre 4 de Agosto e 13 de Setembro.

marcar artigo