PCP: Governo quer pôr reformados a pagar erros de política económica

11-05-2014
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O deputado comunista Jorge Machado disse hoje que o novo modelo de cortes nas pensões em estudo pelo Governo vai fazer com que sejam os reformados a pagar erros da política económica, sendo, por isso, inaceitável.

"O Governo prepara-se, relativamente ao valor das reformas, para fazer o mesmo que fez relativamente à idade da reforma, isto é, pôr a inflação e o PIB [Produto Interno Bruto] a determinar uma redução da reforma", afirmou Jorge Machado em declarações à Lusa.

Segundo o deputado comunista, este caminho tem por objectivo "pôr os reformados a pagar pelas asneiras do Governo relativamente à política económica".

Uma fonte do Ministério das Finanças avançou na quarta-feira que o Governo está a avaliar a possibilidade de aplicar a CES de forma permanente, devendo o impacto da medida ser quantificado no Documento de Estratégia Orçamental em Abril.

Esta possibilidade de tornar a CES definitiva está a ser avaliada pelo grupo de trabalho nomeado pelo Governo no início do ano e que deverá apresentar ao executivo cenários para "traçar pistas para uma reforma global do sistema de segurança social".

De acordo com a mesma fonte, o grupo de especialistas está "a tentar criar um 'mix' de políticas que permita que essa evolução [da eventual aplicação definitiva da CES] seja vista como um ajustamento, que possa variar de acordo com determinados indicadores", embora o indicador a aplicar "tenha de ser estudado".

A concretizar-se a medida, que o PCP considera "inaceitável", ficarão comprovadas duas coisas, disse Jorge Machado.

"Primeiro que o tom do Governo relativamente à saída da 'troika' não passa de uma mentira e, [segundo, que se pretende] a eternização e a perpetuação destas medidas para os portugueses", afirmou.

Lembrando que os pensionistas já "descontaram para aquelas reformas", o deputado comunista defendeu ainda que esses trabalhadores "não devem ser penalizados pelo desempenho da economia ou do PIB".

Jorge Machado adiantou ainda que, com esta proposta, o Governo mostra não fazer diferenças de tratamento, penalizando quer a Administração Pública, quer os beneficiários da Segurança Social.

Lusa/SOL

O deputado comunista Jorge Machado disse hoje que o novo modelo de cortes nas pensões em estudo pelo Governo vai fazer com que sejam os reformados a pagar erros da política económica, sendo, por isso, inaceitável.

"O Governo prepara-se, relativamente ao valor das reformas, para fazer o mesmo que fez relativamente à idade da reforma, isto é, pôr a inflação e o PIB [Produto Interno Bruto] a determinar uma redução da reforma", afirmou Jorge Machado em declarações à Lusa.

Segundo o deputado comunista, este caminho tem por objectivo "pôr os reformados a pagar pelas asneiras do Governo relativamente à política económica".

Uma fonte do Ministério das Finanças avançou na quarta-feira que o Governo está a avaliar a possibilidade de aplicar a CES de forma permanente, devendo o impacto da medida ser quantificado no Documento de Estratégia Orçamental em Abril.

Esta possibilidade de tornar a CES definitiva está a ser avaliada pelo grupo de trabalho nomeado pelo Governo no início do ano e que deverá apresentar ao executivo cenários para "traçar pistas para uma reforma global do sistema de segurança social".

De acordo com a mesma fonte, o grupo de especialistas está "a tentar criar um 'mix' de políticas que permita que essa evolução [da eventual aplicação definitiva da CES] seja vista como um ajustamento, que possa variar de acordo com determinados indicadores", embora o indicador a aplicar "tenha de ser estudado".

A concretizar-se a medida, que o PCP considera "inaceitável", ficarão comprovadas duas coisas, disse Jorge Machado.

"Primeiro que o tom do Governo relativamente à saída da 'troika' não passa de uma mentira e, [segundo, que se pretende] a eternização e a perpetuação destas medidas para os portugueses", afirmou.

Lembrando que os pensionistas já "descontaram para aquelas reformas", o deputado comunista defendeu ainda que esses trabalhadores "não devem ser penalizados pelo desempenho da economia ou do PIB".

Jorge Machado adiantou ainda que, com esta proposta, o Governo mostra não fazer diferenças de tratamento, penalizando quer a Administração Pública, quer os beneficiários da Segurança Social.

Lusa/SOL

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