portugal dos pequeninos

01-09-2020
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São a farsas como esta e esta que a minha querida amiga Maria Alexandra Mesquita (vide comentários a este post), chama "políticas públicas da cultura"? Se é, mais vale estar quietinha e, repito, acabe-se de vez com a tragicomédia que é o Ministério da Cultura. A lei orgânica "ficciona" novas entidades, nomeadamente as entidades públicas empresariais em que se vão tornar os teatros nacionais. No Porto, Ricardo Pais parece andar contentinho, já que não tem dado entrevistas e, em compensação, Pires de Lima tem-lhe dado muita coisa. Em Lisboa, o moribundo D. Maria II - que, em apenas dois anos, passou de SA para EPE - está enguiçado naquele revivalismo pseudo-moderno do ex-director do Trindade. E a Companhia Nacional de Bailado e o único teatro de ópera português, vão "fundir-se" (ou melhor, refundir-se) em torno de uma coisa chamada "OPART, organismo de produção artística, EPE", "conservando as respectivas identidades". Muito me vou eu rir por causa desta do "conservando as respectivas identidades". É claro que, apesar dos "títulos", a fonte pagadora - descontando o mecenato que, no caso da CNB, é o seu "bezerrro de ouro" - é a mesma, o OE e os impostos. Quanto às quatro delegações regionais do ministério - que deviam ter sido extintas com esta lei orgânica - passam a chamar-se mais prosaicamente "direcções regionais". Continuarão bovinamente a não servir para nada. Está, pois, aberta, como nos outros ministérios, aliás, a corrida.


São a farsas como esta e esta que a minha querida amiga Maria Alexandra Mesquita (vide comentários a este post), chama "políticas públicas da cultura"? Se é, mais vale estar quietinha e, repito, acabe-se de vez com a tragicomédia que é o Ministério da Cultura. A lei orgânica "ficciona" novas entidades, nomeadamente as entidades públicas empresariais em que se vão tornar os teatros nacionais. No Porto, Ricardo Pais parece andar contentinho, já que não tem dado entrevistas e, em compensação, Pires de Lima tem-lhe dado muita coisa. Em Lisboa, o moribundo D. Maria II - que, em apenas dois anos, passou de SA para EPE - está enguiçado naquele revivalismo pseudo-moderno do ex-director do Trindade. E a Companhia Nacional de Bailado e o único teatro de ópera português, vão "fundir-se" (ou melhor, refundir-se) em torno de uma coisa chamada "OPART, organismo de produção artística, EPE", "conservando as respectivas identidades". Muito me vou eu rir por causa desta do "conservando as respectivas identidades". É claro que, apesar dos "títulos", a fonte pagadora - descontando o mecenato que, no caso da CNB, é o seu "bezerrro de ouro" - é a mesma, o OE e os impostos. Quanto às quatro delegações regionais do ministério - que deviam ter sido extintas com esta lei orgânica - passam a chamar-se mais prosaicamente "direcções regionais". Continuarão bovinamente a não servir para nada. Está, pois, aberta, como nos outros ministérios, aliás, a corrida.

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