UMA REFERÊNCIA NA INFORMAÇÃO ALPIARCENSE: A Crise e a ajuda externa!

28-01-2012
marcar artigo

Por: Arlindo Moreira

No passado fim-de-semana estive em Matosinhos e ouvi ao vivo o Primeiro-Ministro, na qualidade de Secretário-Geral do Partido Socialista durante o discurso de encerramento do Congresso, a informar os militantes que o governo vai assumir a liderança das negociações com as instituições europeias e com a oposição. Trata-se da atitude mais acertada e mais responsável na defesa dos reais interesses do país! Estou certo que outro propósito não seria entendido nem tolerado por nenhum português com o mínimo de sensibilidade política! Parabéns portanto ao Governo pelo respeito que demonstra ter, uma vez mais, para com os portugueses.
Entretanto, durante a minha viagem de regresso para Lisboa, ouvi Pedro Passos Coelho a defender na Madeira, perante os Congressistas do XII congresso regional do PSD da Madeira e antes ainda de anunciar o seu candidato à presidência da Assembleia da Republica (!), que o actual Governo, porque se trata de um governo de gestão, só deve negociar o pedido de ajuda externa tendo em conta as medidas a aplicar durante 2011. Afirmações destas também não ajudam nem agoiram nada de bom para o futuro das negociações que se avizinham, quer interna quer externamente. Nota-se, por isso, que o bom-senso não impera pelas bandas do PSD, especialmente pela parte do seu líder que hoje diz uma coisa e manhã diz outra bastante diferente.
Além disso, sinto cada vez maiores dificuldades em entender os partidos da oposição. Sempre que abrem a boca é para nos tentarem convencer de que não sabiam que tudo isto ia acontecer e, pasme-se, têm sempre uma solução na ponta da língua para todos os males, especialmente o PCP, os Verdes e o BE. Parece que não vivem no mundo actual. O surrealismo tem limites e a nossa paciência também! Já era tempo destes partidos entenderem que o povo português não é assim tão estúpido como os querem fazer! Por isso, no momento actual, se estes partidos não trazem nada de novo e de positivo para a mesa de forma a ajudar a resolver os problemas que afectam os portugueses, pelo menos respeitem-nos calando-se e deixem de dizer asneiras populistas que só prejudica ainda mais a situação do país!
Creiam que, para o comum do cidadão, é complicado sentir que os seus representantes políticos põem quase sempre em primeiro lugar os seus interesses pessoais e o calculismo político, em detrimento dos reais interesses do país. Por outro lado, ao ouvirmos alguns partidos da oposição, parece que ainda estamos a viver no paradigma antigo, ou seja, querem-nos fazer crer que a bola ainda está do nosso lado. Já cá esteve, é certo! Mas, neste momento, a bola está, irremediavelmente, do lado dos nossos actuais e futuros credores e serão estes, por consequência, a ditar os termos e as condições segundo as quais nos emprestarão o dinheirinho que o actual governo foi forçado a pedir, porque toda a oposição assim o obrigou, quando chumbou o já famoso PEC IV.
Por isso, como então disse o Secretário-Geral do PS no discurso de encerramento do Congresso, não se escondam atrás dos arbustos nem sacudam a água do capote. Até porque, a água que vocês sacodem vai, invariavelmente, para a cara dos mesmos, ou seja, do Zé-povinho! Lembrem-se que é com ele que Portugal tem de contar para suportar as medidas de austeridade que nos vão ser exigidas por Bruxelas e pelo Fundo Monetário Internacional que, infelizmente, serão medidas que não foram pensadas, elaboradas e aceites por todos nós (entenda-se governo, oposição e Presidente da República) mas sim por alguém que vem de fora para nos impor as suas regras de forma fria e calculista, em suma, sem apelo nem agravo. Em duas palavras: sem alternativa!
Bastará para tanto ler os títulos de algumas noticias como, por exemplo, Luís Rego em Bruxelas, 11/04/11 00:05, in Económico On-line:
“Bruxelas manda calar Cavaco e partidos se quiserem dinheiro até Junho”.
“O impasse político em Portugal em torno do horizonte temporal das negociações está a irritar Bruxelas.”.
“Portugal vai ser alvo de uma terapia de choque nos próximos três anos, que vai reduzir o peso empresarial do Estado a mínimos”.
“FMI e UE dão terapia de choque a Portugal...”.
“FMI quer travar subida de salários em Portugal” - Luís Reis Pires, 12/04/11 00:05.
Agora, os representantes do Fundo Monetário Internacional, da União Europeia e do Banco Central Europeu já aterraram em Lisboa. Mãos à obra, portanto, e defendam os interesses de Portugal e não os interesses das vossas clientelas políticas, porque os portugueses assim o exigem e merecem o vosso respeito!

Por: Arlindo Moreira

No passado fim-de-semana estive em Matosinhos e ouvi ao vivo o Primeiro-Ministro, na qualidade de Secretário-Geral do Partido Socialista durante o discurso de encerramento do Congresso, a informar os militantes que o governo vai assumir a liderança das negociações com as instituições europeias e com a oposição. Trata-se da atitude mais acertada e mais responsável na defesa dos reais interesses do país! Estou certo que outro propósito não seria entendido nem tolerado por nenhum português com o mínimo de sensibilidade política! Parabéns portanto ao Governo pelo respeito que demonstra ter, uma vez mais, para com os portugueses.
Entretanto, durante a minha viagem de regresso para Lisboa, ouvi Pedro Passos Coelho a defender na Madeira, perante os Congressistas do XII congresso regional do PSD da Madeira e antes ainda de anunciar o seu candidato à presidência da Assembleia da Republica (!), que o actual Governo, porque se trata de um governo de gestão, só deve negociar o pedido de ajuda externa tendo em conta as medidas a aplicar durante 2011. Afirmações destas também não ajudam nem agoiram nada de bom para o futuro das negociações que se avizinham, quer interna quer externamente. Nota-se, por isso, que o bom-senso não impera pelas bandas do PSD, especialmente pela parte do seu líder que hoje diz uma coisa e manhã diz outra bastante diferente.
Além disso, sinto cada vez maiores dificuldades em entender os partidos da oposição. Sempre que abrem a boca é para nos tentarem convencer de que não sabiam que tudo isto ia acontecer e, pasme-se, têm sempre uma solução na ponta da língua para todos os males, especialmente o PCP, os Verdes e o BE. Parece que não vivem no mundo actual. O surrealismo tem limites e a nossa paciência também! Já era tempo destes partidos entenderem que o povo português não é assim tão estúpido como os querem fazer! Por isso, no momento actual, se estes partidos não trazem nada de novo e de positivo para a mesa de forma a ajudar a resolver os problemas que afectam os portugueses, pelo menos respeitem-nos calando-se e deixem de dizer asneiras populistas que só prejudica ainda mais a situação do país!
Creiam que, para o comum do cidadão, é complicado sentir que os seus representantes políticos põem quase sempre em primeiro lugar os seus interesses pessoais e o calculismo político, em detrimento dos reais interesses do país. Por outro lado, ao ouvirmos alguns partidos da oposição, parece que ainda estamos a viver no paradigma antigo, ou seja, querem-nos fazer crer que a bola ainda está do nosso lado. Já cá esteve, é certo! Mas, neste momento, a bola está, irremediavelmente, do lado dos nossos actuais e futuros credores e serão estes, por consequência, a ditar os termos e as condições segundo as quais nos emprestarão o dinheirinho que o actual governo foi forçado a pedir, porque toda a oposição assim o obrigou, quando chumbou o já famoso PEC IV.
Por isso, como então disse o Secretário-Geral do PS no discurso de encerramento do Congresso, não se escondam atrás dos arbustos nem sacudam a água do capote. Até porque, a água que vocês sacodem vai, invariavelmente, para a cara dos mesmos, ou seja, do Zé-povinho! Lembrem-se que é com ele que Portugal tem de contar para suportar as medidas de austeridade que nos vão ser exigidas por Bruxelas e pelo Fundo Monetário Internacional que, infelizmente, serão medidas que não foram pensadas, elaboradas e aceites por todos nós (entenda-se governo, oposição e Presidente da República) mas sim por alguém que vem de fora para nos impor as suas regras de forma fria e calculista, em suma, sem apelo nem agravo. Em duas palavras: sem alternativa!
Bastará para tanto ler os títulos de algumas noticias como, por exemplo, Luís Rego em Bruxelas, 11/04/11 00:05, in Económico On-line:
“Bruxelas manda calar Cavaco e partidos se quiserem dinheiro até Junho”.
“O impasse político em Portugal em torno do horizonte temporal das negociações está a irritar Bruxelas.”.
“Portugal vai ser alvo de uma terapia de choque nos próximos três anos, que vai reduzir o peso empresarial do Estado a mínimos”.
“FMI e UE dão terapia de choque a Portugal...”.
“FMI quer travar subida de salários em Portugal” - Luís Reis Pires, 12/04/11 00:05.
Agora, os representantes do Fundo Monetário Internacional, da União Europeia e do Banco Central Europeu já aterraram em Lisboa. Mãos à obra, portanto, e defendam os interesses de Portugal e não os interesses das vossas clientelas políticas, porque os portugueses assim o exigem e merecem o vosso respeito!

marcar artigo