Da Literatura: DR. JEKYLL AND MR. HYDE

03-07-2011
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O momento Scolari de Miguel Frasquilho chegou aos jornais. Ouvido pelo Diário de Notícias, o vice-presidente da bancada parlamentar do PSD (e quadro superior do BES) afirmou, à laia de justificação: Não me parece que nesta altura de crise que o País atravessa que devesse usar os mesmos argumentos da arena política. E eu a julgar que os argumentos só podem ser uma de duas coisas: verdadeiros ou falsos. Introduzindo o factor de conveniência, o deputado Frasquilho faz tábua rasa do cargo para que foi eleito. Como eles gostam de dizer, os nossos impostos (que pagam o vencimento e as ajudas de custo do senhor deputado) não merecem essas trampolinices. Mais: põe em cheque o BES e, em concreto, o lugar de General Manager do Espírito Santo Research. E depois queixam-se das agências de rating...Um destes dias, no Parlamento, Frasquilho disse que o ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, procedia como o ministro da Propaganda de Saddam Hussein procedera em 2003. E ele, Frasquilho, procederá como quem? Como Dr. Jekyll e Mr. Hyde?Diz Frasquilho que em política «não vale tudo». De facto. Mas como explicar que o relatório do BES, de sua responsabilidade, contrarie tudo o que diz no hemiciclo? A potenciais investidores, o Frasquilho gestor da banca garante segurança na liquidez, declarando o PEC um bom instrumento de redução do défice. E afirma, sem rebuço, que a situação económico-financeira «não justifica as preocupações dos mercados». Então em que ficamos, senhor deputado?Etiquetas: Affaire Frasquilho, PSD

O momento Scolari de Miguel Frasquilho chegou aos jornais. Ouvido pelo Diário de Notícias, o vice-presidente da bancada parlamentar do PSD (e quadro superior do BES) afirmou, à laia de justificação: Não me parece que nesta altura de crise que o País atravessa que devesse usar os mesmos argumentos da arena política. E eu a julgar que os argumentos só podem ser uma de duas coisas: verdadeiros ou falsos. Introduzindo o factor de conveniência, o deputado Frasquilho faz tábua rasa do cargo para que foi eleito. Como eles gostam de dizer, os nossos impostos (que pagam o vencimento e as ajudas de custo do senhor deputado) não merecem essas trampolinices. Mais: põe em cheque o BES e, em concreto, o lugar de General Manager do Espírito Santo Research. E depois queixam-se das agências de rating...Um destes dias, no Parlamento, Frasquilho disse que o ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, procedia como o ministro da Propaganda de Saddam Hussein procedera em 2003. E ele, Frasquilho, procederá como quem? Como Dr. Jekyll e Mr. Hyde?Diz Frasquilho que em política «não vale tudo». De facto. Mas como explicar que o relatório do BES, de sua responsabilidade, contrarie tudo o que diz no hemiciclo? A potenciais investidores, o Frasquilho gestor da banca garante segurança na liquidez, declarando o PEC um bom instrumento de redução do défice. E afirma, sem rebuço, que a situação económico-financeira «não justifica as preocupações dos mercados». Então em que ficamos, senhor deputado?Etiquetas: Affaire Frasquilho, PSD

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