Ministra tenta travar contestação na PSP

14-05-2015
marcar artigo

Anterior Inflação volta a recuperar em Abril

Seguinte PS questiona Governo e supervisores sobre situação do Montepio Geral

actualizada

Ministra tenta travar contestação na PSP

Ontem 11:24

Inês David Bastos

ines.bastos@economico.pt

Sob pressão dos sindicatos, que ameaçam partir para a contestação, ,ministra Anabela Rodrigues diz que vai iniciar segunda ronda de conversas.
Ministra vai negociar estatutos com PSP "muito brevemente" Sob pressão dos sindicatos, que ameaçam partir para a contestação, ,ministra Anabela Rodrigues diz que vai iniciar segunda ronda de conversas. A ministra da Administração Interna garantiu esta manhã no Parlamento que vai convocar "muito brevemente" os sindicatos da PSP e GNR para uma segunda ronda de negociações sobre os estatutos destes profissionais.
Anabela Rodrigues não avançou, contudo, com um dia concreto para a retoma das conversações com os sindicatos, que já ameaçaram discutir formas de luta se até sexta-feira não tivessem uma resposta do MAI às propostas que entregaram em Abril. Na Comissão dos Assuntos Constitucionais, onde a ministra está a ser ouvida, o deputado do PS Jorge Lacão perguntou directamente à governante quando pretendia chamar os sindicatos mas Anabela Rodrigues não concretizou.
A ministra fez questão de deixar "uma mensagem de normalidade" sobre o processo de negociação dos estatutos, depois de Jorge Lacão ter apontado a demora deste Governo em concluir a revisão dos estatutos e o facto de o MAI "estar sob pressão" dos sindicatos.
Anabela Rodrigues já tinha apresentado uma primeira proposta - que deitava por terra pontos já acertados entre o ex-ministro Miguel Macedo e os sindicatos - mas tanto a PSP como a GNR rejeitaram duramente as intenções da ministra, ameaçando com novas manifestações, o que deixou Passos Coelho preocupado dado que o país se prepara para um acto eleitoral. Perante o desagrado dos agentes de segurança, Anabela Rodrigues recuou e disse estar aberta a receber propostas dos sindicatos. A plataforma que reúne todos os sindicatos enviou um extenso pacote de propostas no passado dia 24 de Abril.
A ministra disse hoje apenas que "estão a ser analisadas", não detalhando quais podem ser aceites quer ao nível da progressão na carreira, prémios, aposentações ou horários de trabalho. "Entendo que não é altura para avançar soluções concretas", disse na audição, revelando que a plataforma de sindicatos apresentou as suas propostas fora do prazo. "Estamos em pleno processo negocial", respondeu a ministra ao deputado do PS para se escusar a detalhar o processo.
Já em resposta ao deputado do PSD Carlos Peixoto, que quis saber como lidava a ministra com a pressão feita pelos sindicatos, Anabela Rodrigues avisou que "este não é o momento para falar em manifestações ou qualquer outra pressão" e disse acreditar que tanto Governo como PSP e GNR "têm interesse a que se chegue a um entendimento o mais rápido possível".
Sobre a ameaça dos sindicatos de endurecer a luta caso não tenham resposta do MAI às suas pretensões, a ministra disse que não vê "razão para que isso possa acontecer".

322
shares

0
LEITORES ONLINE

Anterior Inflação volta a recuperar em Abril

Seguinte PS questiona Governo e supervisores sobre situação do Montepio Geral

actualizada

Ministra tenta travar contestação na PSP

Ontem 11:24

Inês David Bastos

ines.bastos@economico.pt

Sob pressão dos sindicatos, que ameaçam partir para a contestação, ,ministra Anabela Rodrigues diz que vai iniciar segunda ronda de conversas.
Ministra vai negociar estatutos com PSP "muito brevemente" Sob pressão dos sindicatos, que ameaçam partir para a contestação, ,ministra Anabela Rodrigues diz que vai iniciar segunda ronda de conversas. A ministra da Administração Interna garantiu esta manhã no Parlamento que vai convocar "muito brevemente" os sindicatos da PSP e GNR para uma segunda ronda de negociações sobre os estatutos destes profissionais.
Anabela Rodrigues não avançou, contudo, com um dia concreto para a retoma das conversações com os sindicatos, que já ameaçaram discutir formas de luta se até sexta-feira não tivessem uma resposta do MAI às propostas que entregaram em Abril. Na Comissão dos Assuntos Constitucionais, onde a ministra está a ser ouvida, o deputado do PS Jorge Lacão perguntou directamente à governante quando pretendia chamar os sindicatos mas Anabela Rodrigues não concretizou.
A ministra fez questão de deixar "uma mensagem de normalidade" sobre o processo de negociação dos estatutos, depois de Jorge Lacão ter apontado a demora deste Governo em concluir a revisão dos estatutos e o facto de o MAI "estar sob pressão" dos sindicatos.
Anabela Rodrigues já tinha apresentado uma primeira proposta - que deitava por terra pontos já acertados entre o ex-ministro Miguel Macedo e os sindicatos - mas tanto a PSP como a GNR rejeitaram duramente as intenções da ministra, ameaçando com novas manifestações, o que deixou Passos Coelho preocupado dado que o país se prepara para um acto eleitoral. Perante o desagrado dos agentes de segurança, Anabela Rodrigues recuou e disse estar aberta a receber propostas dos sindicatos. A plataforma que reúne todos os sindicatos enviou um extenso pacote de propostas no passado dia 24 de Abril.
A ministra disse hoje apenas que "estão a ser analisadas", não detalhando quais podem ser aceites quer ao nível da progressão na carreira, prémios, aposentações ou horários de trabalho. "Entendo que não é altura para avançar soluções concretas", disse na audição, revelando que a plataforma de sindicatos apresentou as suas propostas fora do prazo. "Estamos em pleno processo negocial", respondeu a ministra ao deputado do PS para se escusar a detalhar o processo.
Já em resposta ao deputado do PSD Carlos Peixoto, que quis saber como lidava a ministra com a pressão feita pelos sindicatos, Anabela Rodrigues avisou que "este não é o momento para falar em manifestações ou qualquer outra pressão" e disse acreditar que tanto Governo como PSP e GNR "têm interesse a que se chegue a um entendimento o mais rápido possível".
Sobre a ameaça dos sindicatos de endurecer a luta caso não tenham resposta do MAI às suas pretensões, a ministra disse que não vê "razão para que isso possa acontecer".

322
shares

0
LEITORES ONLINE

marcar artigo