Lacão avisa que posição de Costa Pina sobre privatização da RTP é "meramente pessoal"

27-01-2013
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O ministro com a tutela da comunicação social afirmou hoje que ao admitir uma privatização da RTP o secretário de Estado do Tesouro está a expressar "uma posição pessoal" que não corresponde à visão do Governo nem do PS."Essa posição [do secretário de Estado Carlos Costa Pina] é absolutamente legítima e totalmente pessoal, pelo que não corresponde à posição do Governo nesta legislatura nem à do PS, tal como foi apresentada no seu programa de governo", disse à Lusa o dirigente socialista e ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão Lacão reafirmou uma posição expressada pelo PS na semana passada, segundo a qual o partido "assume de forma inequívoca a defesa de um serviço público de televisão e de rádio tal como vem consagrado na Constituição da República".Numa entrevista hoje ao semanário Expresso, o secretário de Estado do Tesouro e Finanças, Carlos Costa Pina , disse não excluir "a inclusão da RTP numa lista de empresas a privatizar" proximamente."É uma hipótese que não deve ser excluída. Agora já me parece errada a ideia de privatizar apenas um canal, mantendo o outro canal de serviço público em mãos públicas", acrescentou Costa Pina, numa referência à posição assumida pelo PSD de "privatizar um canal comercial" da RTP."Privatizar um canal comercial, que é a parte equilibrada da actividade da empresa, mantendo do lado público apenas os custos é uma solução que não faz sentido", acrescentou.Já Lacão preferiu insistir que o PS não está disponível para uma alteração da Constituição que permitiria uma privatização de qualquer parte da RTP ou da agência noticiosa do Estado, a Lusa, uma vez que está "empenhado na garantia de condições de total independência desses serviços de comunicação social".Esses serviços, como a RTP Internacional, a RTP África ou a Lusa, sublinhou, representam "activos estratégicos", sobretudo no relacionamento com o estrangeiro e com as comunidades portuguesas no exterior, disse Lacão.O ministro rejeitou ainda a ideia de que a posição de Costa Pina possa levar os cidadãos a pensar que uma parte do Governo está mais interessada em conter os custos do que outra."Preocupados em conter a despesa estamos todos", disse Lacão, acrescentando que a proposta de privatizar a RTP traria "problemas" na gestão da dívida da empresa, que tem um programa de reestruturação que durará até 2019."O PSD propõe a privatização de um dos canais comerciais da RTP. Em bom rigor, a RTP não tem canais comerciais , mas aquele que mais se aproxima é a RTP1. Privatizá-lo seria um erro no que toca ao equilíbrio da gestão", disse Jorge Lacão.

O ministro com a tutela da comunicação social afirmou hoje que ao admitir uma privatização da RTP o secretário de Estado do Tesouro está a expressar "uma posição pessoal" que não corresponde à visão do Governo nem do PS."Essa posição [do secretário de Estado Carlos Costa Pina] é absolutamente legítima e totalmente pessoal, pelo que não corresponde à posição do Governo nesta legislatura nem à do PS, tal como foi apresentada no seu programa de governo", disse à Lusa o dirigente socialista e ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão Lacão reafirmou uma posição expressada pelo PS na semana passada, segundo a qual o partido "assume de forma inequívoca a defesa de um serviço público de televisão e de rádio tal como vem consagrado na Constituição da República".Numa entrevista hoje ao semanário Expresso, o secretário de Estado do Tesouro e Finanças, Carlos Costa Pina , disse não excluir "a inclusão da RTP numa lista de empresas a privatizar" proximamente."É uma hipótese que não deve ser excluída. Agora já me parece errada a ideia de privatizar apenas um canal, mantendo o outro canal de serviço público em mãos públicas", acrescentou Costa Pina, numa referência à posição assumida pelo PSD de "privatizar um canal comercial" da RTP."Privatizar um canal comercial, que é a parte equilibrada da actividade da empresa, mantendo do lado público apenas os custos é uma solução que não faz sentido", acrescentou.Já Lacão preferiu insistir que o PS não está disponível para uma alteração da Constituição que permitiria uma privatização de qualquer parte da RTP ou da agência noticiosa do Estado, a Lusa, uma vez que está "empenhado na garantia de condições de total independência desses serviços de comunicação social".Esses serviços, como a RTP Internacional, a RTP África ou a Lusa, sublinhou, representam "activos estratégicos", sobretudo no relacionamento com o estrangeiro e com as comunidades portuguesas no exterior, disse Lacão.O ministro rejeitou ainda a ideia de que a posição de Costa Pina possa levar os cidadãos a pensar que uma parte do Governo está mais interessada em conter os custos do que outra."Preocupados em conter a despesa estamos todos", disse Lacão, acrescentando que a proposta de privatizar a RTP traria "problemas" na gestão da dívida da empresa, que tem um programa de reestruturação que durará até 2019."O PSD propõe a privatização de um dos canais comerciais da RTP. Em bom rigor, a RTP não tem canais comerciais , mas aquele que mais se aproxima é a RTP1. Privatizá-lo seria um erro no que toca ao equilíbrio da gestão", disse Jorge Lacão.

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