As conclusões de Jorge Fão surgiram no fim de uma reunião com várias organizações de produtores da pesca da sardinha do Litoral Norte e Centro, realizada em Matosinhos, durante a qual os representantes dos pescadores reclamaram "uma linha de crédito" para "colmatar as dívidas" decorrentes de um setor cujo período de atividade é sazonal.
"Uma preocupação fundamental, relacionada com os apoios ao setor, são os que são garantidos através do Fundo Europeu de Assuntos Marítimos e da Pesca (FEAMP) 2014-2020, que Portugal ainda não conseguiu aprovar na Comissão Europeia. Há aqui, claramente, um falhanço do Governo", observou o deputado, em declarações à Lusa.
Jorge Fão notou que estes "armadores acumulam o endividamento devido à frota parada" e que "o setor só tem capacidade de sustentabilidade financeira com a pesca da sardinha".
"A perspetiva de que a pesca do cerco pode sobreviver com a captura do carapau ou da cavala é irrealista. Não resolve o problema da sustentabilidade", frisou o deputado.
Jorge Fão pretende, agora, questionar a ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, "sobre as fragilidades" que o setor "ainda tem", rejeitando estar em causa "uma questão de confronto partidário".
"Esta é uma questão de política do país e de sustentabilidade do setor", frisou o socialista.
De acordo com Jorge Fão, a reunião com os produtores teve por objetivo "preparar o processo referente a junho-setembro", ou seja, ao "novo ciclo de definição das regras da pesca do cerco".
Um dos problemas diz respeito à "repartição" e "definição" das quotas de pesca, explicou o socialista, vincando que os produtores defendem que, "por ter sido um ano atípico, 2014 não deve ser tido em causa" nos cálculos.
Jorge Fão sustenta ainda que Portugal deve "definir a quota para 2015, tal como Espanha já fez", e adianta que, "no mínimo e na melhor das hipóteses, o valor rondará as 16 mil toneladas" em território nacional.
"Em Portugal só se falou de quatro toneladas até maio, enquanto Espanha já estabilizou o valor para todo o ano", explicou.
Agostinho da Mata, presidente da Propeixe -- Cooperativa de Produtores de Peixe do Norte, descreveu à Lusa que os pescadores se sentem "lesados" por 2014 ter sido incluído para avaliar o valor das quotas deste ano, porque ter sido uma época "em que esta frota não esteve no mar o tempo suficiente".
"Esperamos que, a partir de maio, haja justiça", vincou.
O representante dos produtores vincou ainda que o setor "está demasiado endividado" e que "a quota que se vai pescar não vai resolver o problema".
Agostinho da Mata reivindica, por isso, "apoios específicos" para a pesca do cerco.
"Aqui não temos alternativa senão a sardinha. É esta a nossa realidade", constatou.
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O Notícias ao Minuto é um dos nomeados da edição de 2022 dos Prémios Marketeer, na categoria de Digital Media. As votações decorrem até ao próximo dia 31 de maio.
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As conclusões de Jorge Fão surgiram no fim de uma reunião com várias organizações de produtores da pesca da sardinha do Litoral Norte e Centro, realizada em Matosinhos, durante a qual os representantes dos pescadores reclamaram "uma linha de crédito" para "colmatar as dívidas" decorrentes de um setor cujo período de atividade é sazonal.
"Uma preocupação fundamental, relacionada com os apoios ao setor, são os que são garantidos através do Fundo Europeu de Assuntos Marítimos e da Pesca (FEAMP) 2014-2020, que Portugal ainda não conseguiu aprovar na Comissão Europeia. Há aqui, claramente, um falhanço do Governo", observou o deputado, em declarações à Lusa.
Jorge Fão notou que estes "armadores acumulam o endividamento devido à frota parada" e que "o setor só tem capacidade de sustentabilidade financeira com a pesca da sardinha".
"A perspetiva de que a pesca do cerco pode sobreviver com a captura do carapau ou da cavala é irrealista. Não resolve o problema da sustentabilidade", frisou o deputado.
Jorge Fão pretende, agora, questionar a ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, "sobre as fragilidades" que o setor "ainda tem", rejeitando estar em causa "uma questão de confronto partidário".
"Esta é uma questão de política do país e de sustentabilidade do setor", frisou o socialista.
De acordo com Jorge Fão, a reunião com os produtores teve por objetivo "preparar o processo referente a junho-setembro", ou seja, ao "novo ciclo de definição das regras da pesca do cerco".
Um dos problemas diz respeito à "repartição" e "definição" das quotas de pesca, explicou o socialista, vincando que os produtores defendem que, "por ter sido um ano atípico, 2014 não deve ser tido em causa" nos cálculos.
Jorge Fão sustenta ainda que Portugal deve "definir a quota para 2015, tal como Espanha já fez", e adianta que, "no mínimo e na melhor das hipóteses, o valor rondará as 16 mil toneladas" em território nacional.
"Em Portugal só se falou de quatro toneladas até maio, enquanto Espanha já estabilizou o valor para todo o ano", explicou.
Agostinho da Mata, presidente da Propeixe -- Cooperativa de Produtores de Peixe do Norte, descreveu à Lusa que os pescadores se sentem "lesados" por 2014 ter sido incluído para avaliar o valor das quotas deste ano, porque ter sido uma época "em que esta frota não esteve no mar o tempo suficiente".
"Esperamos que, a partir de maio, haja justiça", vincou.
O representante dos produtores vincou ainda que o setor "está demasiado endividado" e que "a quota que se vai pescar não vai resolver o problema".
Agostinho da Mata reivindica, por isso, "apoios específicos" para a pesca do cerco.
"Aqui não temos alternativa senão a sardinha. É esta a nossa realidade", constatou.
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