Tinta Fresca: abril 2005 Archives

12-07-2011
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Estas foram tiradas do Blog Melhor Odivelas

Um abraço,

Paulo Miguel Comentários: (1) Posted by pauloborgesmiguel at 11:02 AM

Desgraçado de quem não tem família, o governo deixa-o apodrecer!

Ivo Ferreira foi preso no Dubai por consumo de axixe, está sujeito a apanhar 5 anos de prisão por este “delito”, mas o mais “engraçado” é que o porta voz do Ministério dos negócios estrangeiros ter afirmado aos microfones da TSF que só podem pedir clemência pelo Ivo se houver um pedido formal por parte da família deste.

Senhor porta voz do MNE, e se o Ivo fosse órfão e não tivesse família?

Será que um governo “socialista” não trata as pessoas em função dos seus direitos enquanto cidadão deste País, mas em função de se ter família ou não?

Isto é uma grande palhaçada, sem querer ofender os palhaços!

Quando é que este maldito sistema começa a tratar as pessoas como cidadãos?

Para os que são católicos, o Ministro dos Negócios Estrangeiros até parece que diz ser, há uma passagem da Bíblia em que se diz mais ou menos isto – Ai daquele que levantar a sua mão contra a viúva e o órfão!

Mas em Portugal quem não tiver família está feito!

Não tens família para te pagar as propinas, não estudas, vai acartar baldes de massa!

Não ter família em Portugal é sinónimo de exclusão, ditada pelas próprias regras do estado, escritas e firmadas.

Um abraço,

Paulo Miguel

Comentários: (2) Posted by pauloborgesmiguel at 09:19 AM

Amigos como dantes

Avante

"Amigos como dantes

Anabela

Fino

Não foi preciso muita explicação para que o arrojado esquerdista Freitas do Amaral voltasse ao redil dos discípulos bem comportados do tio Sam. Um lugar no Governo, a visita de Bush à Europa e uma ou duas intervenções, com Condoleezza Rice a servir de ponto, garantindo que o unilateralismo já era e que a cooperação com os aliados é que está a dar, foi quanto bastou para apagar a chama revolucionária de Freitas.

Apostado em demonstrar que o hábito faz o monge, o novo titular dos Estrangeiros rasurou memórias incómodas das críticas feitas no passado recente à política norte-americana - que na altura até pareceram sinceras -, e apressou-se a agitar o lenço branco a Washington para que lhe fosse concedida a mercê de uma audiência com Rice por ocasião da reunião da NATO em Vilnius, na Lituânia.

A secretária de Estado norte-americana acedeu e a estas horas só pode congratular-se com o facto, pois na caridosa mão que estendeu a Freitas recolheu um punhado de garantias de fidelidade e préstimos futuros. E não se pense que foi só em relação à permanência das forças portuguesas no Iraque, Afeganistão, Kosovo e Bósnia, o que sendo muito para quem contestou a intervenção não seria certamente bastante para quem já se arrependeu do atrevimento. Não, o que Freitas prometeu a Rice no curto encontro à margem da reunião foi muito mais do que isso.

Para além de ter eliminado quaisquer dúvidas quanto à sintonia existente entre S. Bento e a Casa Branca, Freitas manifestou a sua total disponibilidade para responder ao repto que Rice lhe terá feito de levar as relações entre os dois países para novos caminhos, «novas iniciativas», muito para além da rotina do costume.

O ministro não perdeu tempo e meteu mãos à obra. Afirma o Expresso do último sábado que Freitas do Amaral «está a estudar uma solução constitucional que permita a extradição de cidadãos de Portugal para os EUA, interdita desde 1908». Tarefa de vulto esta, já que a Constituição portuguesa proíbe expressamente a extradição para países onde exista a pena de morte, o que é o caso dos EUA. Assim sendo, a única «solução constitucional» será a alteração da Constituição para agradar a Washington, prova suprema de submissão. A menos que, Freitas, com a proverbial esperteza saloia, esteja a pensar em colocar ao largo uns barcos com pavilhão de aluguer para despachar os suspeitos de terrorismo procurados pelos EUA.

Pelo caminho, trocaram-se convites para visitas a Portugal e aos EUA, com a benção de Sócrates e de Bush."

Eu só gostava de acrescentar este facto, o presidente Colombiano, Álvaro Uribe, prende os seus compatriotas, geralmente apenas os das FARC, e envia-os para os EUA e assim trata guerrilheiros como se fossem narcotraficantes.

Será que em Portugal também vamos assistir a cidadãos a serem presos e a serem enviados para os EUA? Talvez uns comunistas? O Hitler também deitou fogo ao Reichstag e depois deitou as culpas aos comunistas.

Mas fica claro que a pele de cordeiro finalmente caiu, eu continuo com a minha pele de sempre.

Um abraço,

Paulo Miguel

Comentários: (0) Posted by pauloborgesmiguel at 02:49 PM

Um bloco de causas adiadas

Avante

"Um bloco de causas adiadas

Jorge

Cordeiro

Lê-se por aí que no rescaldo do debate parlamentar sobre o aborto, o PSD se mostra triunfante, sem o assumir publicamente, por ter visto “ adiada a questão para as «calendas»”. A expressão pode ser suficiente para avaliar do resultado final. Mas será insuficiente para ajuizar com mais rigor as opções adoptadas e identificar responsabilidades que permitiram à direita, e aos apoiantes da criminalização das mulheres portuguesas, recuperar a voz e a sua secular arrogância dois meses após uma expressiva derrota eleitoral.

O «cantar vitória da direita» é inseparável da opção que PS e BE assumiram de relegar para um referendo o que com toda a legitimidade, eficácia e prontidão a Assembleia da Republica podia ter resolvido. Assim foi. Porque para o PS, com uma longa história de cedências e de dupla cara quanto à matéria, esta é a decisão que melhor conduz a um lavar de mãos e à possibilidade de manter a questão prisioneira do acordo celebrado por Guterres com o PSD em 1998. E porque para o BE as «causas» só o são na medida em que delas possa resultar qualquer crédito que possa alimentar o seu inesgotável egoísmo partidário. Para o BE a eficácia e o êxito das causas pelas quais diz lutar são subsidiárias face ao protagonismo que em alternativa julgue delas poder obter proveito.

Mesmo que daí resulte comprometê-las ou levá-las à derrota. Foi assim, num passado recente, com a ilusão alimentada pelo lançamento de uma petição para convocar um referendo, à boleia do qual o PS suporta agora, invocando coerência com então, a não assunção das sua responsabilidades políticas. E é agora de novo, estendendo ao PS e à direita, em simultâneo, o tapete pelo qual pode vir a passar o adiamento de uma solução que tarda e envergonha o país e a democracia. No BE mora, sob a capa do radicalismo mais inconsequente, um indisfarçável taticismo próprio do oportunismo político.

O argumento usado por Ana Drago em defesa do referendo (por alternativa à aprovação da Lei no Parlamento) de que esta podia conduzir ao «risco de ter sobre esta lei algum tipo de guerrilha por parte da direita» é um monumento ao oportunismo e ao radicalismo mais infantil. "

Um abraço,

Paulo Miguel

Comentários: (0) Posted by pauloborgesmiguel at 10:52 AM

PCP de Odivelas organizou debate sobre o 25 de Abril!

O Partido Comunista Português de Odivelas organizou um debate sobre o 25 de Abril.

Este debate teve lugar na Biblioteca Municipal de Odivelas, durante a tarde de sábado e teve na plateia mais de meia centena de pessoas que participaram activamente neste encontro, enriquecendo-o com as suas memórias e as suas vivências do dia em que Portugal foi libertado da ditadura.

Na mesa, além dos membros do PCP que organizaram o debate, estiveram dois convidados, Domingos Abrantes dirigente histórico do PCP e o Coronel Vilalobos Filipe.

Um abraço,

Paulo Miguel

Comentários: (0) Posted by pauloborgesmiguel at 12:15 PM

Uma vergonha!

Ver artigos de hoje no DN

Em Timor, a Igreja tenta jogar um jogo que há muito abandonou nos países desenvolvidos. A tentativa de domínio levada a cabo pela Igreja católica em Timor, com o pretexto do combate ao fim da obrigatoriedade das aulas de religião e moral decretada pelo governo, só engana mesmo o povo Timorense, infelizmente ainda sob a alçada de uma Igreja que durante 25 anos de ocupação Indonésia poucas manifestações gostava de fazer, ou será que fez alguma durante esse período?

Na semana passada começaram a ser dadas notícias sobre este caso, na altura depois de entrevistado um ministro Timorense, o mesmo acusou a Igreja em Timor de estar a preparar um golpe contra o governo democraticamente eleito, em resposta foi dada uma entrevista ao bispo de Dili que logo se aprontou a desmentir tal coisa, a Igreja não tinha nada a ver com as manifestações, era uma demonstração de insatisfação do povo, nada mais.

Ontem nos jornais do almoço das televisões Portuguesas eis que aparecem imagens destas manifestações “espontâneas” do povo Timorense em defesa da obrigatoriedade das aulas de religião e moral, com o bispo de Dili a fazer um discurso para milhares de fieis desculpem, manifestantes, com a primeira linha da plateia repleta de freiras.

Não escolhi ingenuamente a imagem para colorir o artigo, há certos presentes que aguardam sempre retribuição ou então a devolução de “presentes”.

Aguardo sinceramente que o Presidente Xanana Gusmão faça ver á Igreja Católica qual é o seu lugar, ou então devolva os “presentes”.

Por outro lado lanço um desafio à Igreja Católica Apostólica Romana, tentem fazer o mesmo em Portugal ou em outro País Europeu desenvolvido! Tentem!

Comprar “guerras” com os fracos é tão próprio dos cobardes, não é!

Tentem tornar as aulas de religião e moral obrigatórias em Portugal! Tentem!

É tão fácil manipular multidões de pessoas, principalmente quando essas pessoas sofreram durante 25 anos uma ocupação atroz, que além da liberdade roubada viram o seu futuro hipotecado com a falta de um sistema de educação que lhes permitisse hoje não estar nesta situação.

Quando o Mundo todo já fez ver á Igreja que a Idade Média já acabou e que os estados são laicos, eis que ela começa a tentar novamente estender os seus tentáculos por campos há muito abandonados.

Cuidado, nem todos dormem!

Eu não descansarei, como não descansei enquanto Timor não obteve a sua independência!

Um abraço,

Paulo Miguel

Comentários: (0) Posted by pauloborgesmiguel at 09:46 AM

As portas que Abril abriu jamais se fecharão!

DIA 25 DE ABRIL - 2ª feira

DESFILE

DO MARQUÊS DE POMBAL PARA O ROSSIO

INÍCIO ÀS 15H00

A LIBERDADE ESTÁ NA RUA

UM ABRAÇO

Paulo Miguel

Comentários: (3) Posted by pauloborgesmiguel at 03:08 PM

Com a luta do Povo o bicho sempre caíu!

Caiu Gutiérrez!

por Eduardo Tamayo

QUITO (ALAI-AMLATINA), 20/04/05 — O Congresso, por 60 votos a favor, cessou o mandato do Presidente Lucio Gutiérrez e nomeou em sua substituição o vice-presidente Alfredo Palacio, em resultado das multitudinárias manifestações de repúdio ao seu regime corrupto e autoritário.

No momento de assumir o comando, o novo presidente Palacio assinalou que "não haverá perdão nem esquecimento" para as pessoas que violaram a Constituição nem para os opressores. Pouco antes, em declarações à imprensa estrangeira, Palacio assinalou que se deve esclarecer as responsabilidades pela situação de inconstitucionalidade e pela repressão.

Para o novo mandatário, a solução da crise tem aspectos de legalidade e legitimidade, nenhum dos quais pode ser superado simplesmente com a mudanças dos tribunais ou da cabeça do governo, o que significa que nos atenhamos à constituição e à lei. Exige mudar não só os tribunais como também o Tribunal Constitucional e sobretudo o Tribunal Supremo Eleitoral. (Estes três organismos legais foram objecto da repartição inconstitucional do passado mês de Dezembro). "Uma vez que tenhamos este quadro legal muito claro, então poderemos sentar-nos para discutir os graves problemas de legitimidade". Reconheceu que a cidadania é uma força importante e deve ter participação nos planos que elaborem os partidos políticos e no governo.

Em consequência da repressão brutal à multitudinária marcha pacífica efectuada na noite de 19 de Abril em Quito, e do assassinato do fotógrafo Julio Garcia, as manifestações de protesto radicalizaram-se exigindo a saída do Presidente Lucio Gutiérrez e de todos os poderes do Estado.

O regime começou a desmoronar-se com a renúncia do Comandante Geral da Polícia, general Jorge Póveda, ocorrida ao meio dia de hoje 20, como consequência da repressão que ordenara no dia anterior. Ao mesmo tempo, a oposição do Congresso destituiu o Presidente Omar Quintana, militante do Partido Roldosista Equatoriano e próximo a Abdalá Bucaram, o qual regressou do Panamá quando um tribunal oficialista anulou o processo contra si.

A razão invocada pelo Congresso é o "abandono do cargo", devido ao facto de que Lucio Gutiérrez havia assumido poderes ditatoriais. Esta decisão foi ratificada com o anúncio do Comando Conjunto das Forças Armadas de que retirava seu apoio ao ex-presidente Gutiérrez.

Desde horas bem matutinas, estudantes de colégios e universidades manifestaram-se nas ruas de Quito, com o "mochilazo". Os e as jovens tomaram a batuta das lutas do dia anterior e lançaram em direcção ao Congresso Nacional com a intenção de continuar para o Palácio do Governo. Nas ruas foram duramente reprimidos por polícias armados de gases lacrimogéneos e carros antio-motins. Isto causou novos feridos, jovens asfixiados e vários detidos. Mas o mais grave foi o ataque perpetrado a partir do Ministério do Bem Estar Social pelos grupos de sicários partidários do governo, que dispararam e feriram vários manifestantes.

Ao mesmo tempo, grupos de cidadãos e cidadãs indignados interromperam as principais vias de acesso à capital para impedir a entrada de partidários de Lucio Gutiérrez que o governo transportava em autocarros de Guayaquil e outras cidades do país. Vários deles, entretanto, entraram durante a madrugada, armados com paus, chuços e armas de fogo, e dedicaram-se a amedrontar grupos estudantis e de cidadãos e a criar um ambiente de caos na cidade.

Mulheres, estudantes de colégios e de universidades, empregados públicos e privados, colocaram seus veículos em rotundas estratégicas de entrada em Quito a partir dos vales pelos quais chagariam os autocarros. Junto ao bloqueio, os cidadãos e cidadãs concentraram-se indignados pela escalada repressiva sem precedentes e pela militarização.

Os protestos acentuaram-se hoje a seguir à desmedida repressão à marcha pacífica que concentrou ontem mais de 50 mil manifestantes, a maior demonstração contra o governo de Lucio Gutiérrez. Famílias inteiras, mães com meninos/as de colo, jovens, empregados e trabalhadores, universidades estatais e privadas, concentraram-se na denominada Cruz del Papa, um lugar simbólico no qual João Paulo II manifestou que "no Equador ninguém poderá dormir tranquilo enquanto houver uma criança com fome".

Com bandeiras do Equador e a cantar o Hino Nacional, a multidão dirigiu-se para o Palácio do Governo, gritando "Lucio Fora", "Que se vayan todos", "Cárcere para Bucaram". Centenas de carros acompanhavam a marcha, levando bandeiras do Equador e fazendo tocar as buzinas.

O governo ordenou "repelir com tudo a manifestação". Em resultado desta decisão, 181 pessoas ficaram contundidas e asfixiadas e o fotógrafo chileno-euquatoriano Julio Garcia, de 58 anos, morreu asfixiado pela inalação de gases tóxicos. Momentos antes, Garcia vituperava os polícias pela brutal repressão que afectou mulheres e crianças, conforme mostrou um canal de televisão. Garcia exilara-se no país durante a época da ditadura Pinochet, era um profissional identificado com os sectores populares, que trabalhou em projectos de comunicação e educação popular. Sua morte causou comoção e aumentou a indignação dos milhares de manifestantes que gritavam "assassino", "assassino".

O sacrifício de Juilio, as centenas de feridos, golpeados e asfixiados, bem como a luta de milhares de "foragidos e foragidas", como se autodenominam os manifestantes contra o governo, não foi em vão.

O movimento auto-convocado nas ruas foi um sopro de ar fresco, em recusa à velha política, aos pactos e conciliábulos dos partidos políticos no Equador.

O original encontra-se em http://alainet.org

Caiu o melhor aliado de Bush

QUITO (ALTERCOM), 20/04/05/12h00 locais — "O que cala consente" disse o povo de Quito perante o silêncio de KK, a embaixadora estadunidense, senhora solta de língua em todas as situações e visitante assídua dos quartéis. A repressão desencadeada na noite do dia 19 e na madrugada deste 20 de Abril está a repetir-se nas ruas da cidade de Quito ao meio dia. Na noite passada foram famílias inteiras, crianças, mulheres, anciãos, que foram confrontados com brutalidade pela polícia nacional. Hoje são estudantes secundários que com o mesmo objectivo, "Lucio fora", retornaram às ruas do centro norte da cidade desobedecendo a ordem de interrupção de aulas dada pelo ministro do ramos às primeiras horas da manhã.

A cidadania foi surpreendida por duas deserções importantes da equipe do governo. A declaração da Primeira Dama e deputada nacional, Ximena Bohórquez: "eu também sou foragida", que numa nova confrontação com o seu esposo evidencia o seu repúdio à política do governo nacional, e a renúncia do Comandante Geral da Polícia, Jorge Poveda, que manifestou o seu desacordo com a repressão contra o povo de Quito, ordenada pelos seus superiores, ou seja, o ministro do Governo Oscar Ayerve e o próprio Presidente da República, coronel Lucio Gutiérrez. Poveda disse ser "um homem do povo" e assegurou que "frente a esta violência que se gerou, lamento a violência produzida no dia de ontem" e augurou que a nação encontre saída para a crise provocada pela "irresponsabilidade política". A sucessão dentro da cúpula policial poria num alto posto, ainda que por horas, o primo do presidente da República, general Marcelo Vega Gutiérrez.

As barricadas nas principais vias de acesso à cidade foram levantadas por moradores para impedir a entrada de centenas de compatriotas pobre trazidos da costa e da amazónia equatoriana pelo partido do governo para confrontar os protestos quitenhos. A polícia nacional, longe de cumprir com a sua obrigação de manter a ordem, escoltou as caravanas governistas para que pudesse entrar na cidade armadas com facões, o que provocou vários feridos entre os pacíficos manifestantes quitenhos.

Com a convicção de que o poder reside nas instalações do palácio do governo, o coronel Guitérrez entrincheirou-se nos seus gabinetes presidenciais com uma impressionante custódia militar e policial de aproximadamente 4000 efectivos, nas cercanias. Vários cercos que já foram rompidos por manifestantes que enfrentam desarmados as forças repressivas.

Pelo seu lado, uma maioria do Congresso Nacional (61 de 100) instalou-se nos edifícios da CIESPAL para destituir, numa primeira instância, o presidente do Congresso Nacional, o militante Roldosista Equatoriano Omar Quintana e votar a favor de uma resolução que cessa as funções do primeiro mandatário. Nomeou a deputada Cynthia Viteri como vice-presidenta da Legislatura e acaba de destituir o presidente da República por abandono do cargo.

A Igreja Católica, através do seu porta-voz, pediu ao governo que valorize correctamente a situação e que este não desemboque na anarquia ou na ditadura.

Aparentemente, as horas do presidente Gutiérrez estão contadas após os erros em cadeia cometidos nas últimas semanas e meses, que levantaram a indignação do povo de Quito.

O original encontra-se em http://www.altercom.org/

Mais notícias em:

· http://www.radiolaluna.com/

·http://ecuador.indymedia.org/

Estas notícias encontram-se em http://resistir.info/ .

Comentários: (0) Posted by pauloborgesmiguel at 02:08 PM

«O povo unido jamais será vencido»

edição de hoje do Avante

"Equatorianos exigem demissão de Lúcio Gutierrez

«O povo unido jamais será vencido»

Uma semana de protestos no Equador obrigaram Lúcio Gutierrez - hoje apoiado pelos EUA - a recuar na substituição da Corte Suprema de Justiça, mas o povo mantém a exigência de renúncia do presidente.

A maioria dos deputados do congresso equatoriano aprovaram, segunda-feira, a proposta de revogação do decreto presidencial apresentada pela oposição. Os 89 parlamentares presentes na sessão concordaram, ao fim de mais de seis horas de debate e outros tantos dias de intensos protestos populares, em deixar sem efeito a «limpeza» que Gutierrez tentou, desde o passado dia 8 de Dezembro, fazer na Corte Suprema de Justiça.

A decisão representou a derrota parcial do presidente, não só porque não garantiu a «restruturação» imposta no sistema de justiça, como ainda se viu envolvido em suspeitas de favorecimento aos ex-presidentes Gustavo Naboa e Abdalá Bucaram, uma vez que os juizes nomeados recentemente por Gutierrez anularam os processos pendentes contra os seus antecessores.

O carácter despótico das medidas e o tráfico de influências apontados pela oposição parlamentar e pelas massas nas ruas ganham razão de facto quando se soube que, no dia da votação no parlamento, Gutierrez encontrava-se numa cidade costeira eleitoralmente dominada pelo partido de Bucaram e aguardava uma manifestação de apoio ao seu mandato e orientação política neoliberal.

Mobilização antecipou golpe

Cansados de discursos socialmente conscientes durante as campanhas eleitorais que resultam, posteriormente, em exercícios presidenciais corruptos e servis dos interesses do grande capital transnacional, sobretudo o norte-americano, os equatorianos cumpriram uma greve parcial na manhã da quarta-feira da semana passada, iniciativa à qual sucedeu uma mobilização sem precedentes no país.

Nesse mesmo dia, milhares de jovens, trabalhadores, estudantes e camponeses indígenas realizaram protestos dispersos pela capital, Quito, quase todos alvo de repressão policial.

Os órgãos de comunicação social viram algumas linhas e canais de informação serem bloqueados alegadamente a mando do governo, mas o processo de contestação assumia-se imparável e as ondas de rádio dinamizaram a onda de repúdio popular.

Dos microfones da Rádio La Luna saía, ao final da tarde, o apelo para que a população continuasse a desfilar pelas ruas de Quito em protesto contra a inconstitucional «restruturação» do poder judicial e a privatização de sectores chave da economia.

De vários pontos da cidade, milhares de pessoas empunhando bandeiras nacionais marcharam pacificamente até à Corte Suprema de Justiça, mas a concentração foi pouco depois desmobilizada pelas autoridades numa demonstração brutal da repressão a que Gutierrez estava disposto a deitar mão em nome da manutenção do poder.

Diante da violência, a resposta das massas foi ainda mais determinada. Muitos dos manifestantes, inconformados, dirigiram-se à residência particular do presidente para exigirem a sua demissão gritando «Lúcio fora» e «o povo unido jamais será vencido».

Nos dias que se seguiram o «povo unido» nunca se calou. Cada mobilização trazia um novo objecto – panelas, buzinas, tachos, papel higiénico para limpar o executivo corrupto – mas as razões foram sempre as mesmas: rejeitar liminarmente o Tratado de Livre Comércio com os EUA, a alienação dos recursos naturais, a participação do Equador no Plano Colômbia de agressão norte-americana contra as FARC e denunciar a imunidade concedida por Gutierrez aos militares dos EUA no país, medidas acordadas entre o presidente, os representantes do capital equatoriano, a embaixada dos EUA e o chefe do Comando Sul do exército norte-americano, o general Myer.

«Ditadura» resistiu 24 horas

Numa tentativa de atalhar a crescente contestação de massas que diariamente não desmobilizava das ruas da capital, apoiado na sua decisão pelas forças armadas dos EUA, Gutierrez instaurou, na noite de sexta-feira, o estado de emergência na província de Quito e restringiu as garantias constitucionais de livre expressão, manifestação e movimentação individual.

Horas antes da comunicação televisiva de Gutierrez, ladeado pela cúpula militar, o povo, avisado da possibilidade de instauração de um regime «musculado», continuou o protesto nas ruas dispondo apenas do direito à indignação, da vontade colectiva de correr com o presidente e seus capangas e com a política neoliberal que traiu as esperanças de milhares de equatorianos.

Um grupo de provocadores munidos de armas e garrafões de gasolina, enviados pelo governo, tentou cortar a voz da Rádio La Luna, mas a rápida intervenção popular desmontou a intentona.

Entre a madrugada de sexta-feira e a noite de sábado, as horas de incerteza deram lugar a uma vitória popular sobre a tentativa de instauração de uma ditadura.

Apesar de Gutierrez ser sustentado pelas cúpulas militares, as forças armadas não responderam em força como esperava o presidente e os seus aliados, e até o presidente da câmara da capital, Paco Moncayo, criticou a medida qualificando-a de autocrática e lesiva dos direitos dos cidadãos. O autarca apelou à população para que se mantivesse concentrada, mobilizada e anunciou o início de uma campanha internacional contra a ditadura de Gutierrez.

Na tarde se sábado, os rumores de dissolução do parlamento aumentaram os receios de um quadro golpista, mas Gutierrez foi obrigado a ceder e levantou o estado de emergência anunciando a convocação de uma sessão extraordinária no Congresso Nacional.

Os problemas e as razões populares são, porém, mais profundas. Fundamentam-se na rejeição da impunidade, de um modelo económico e social antagónico às necessidades reclamadas pela maioria dos cidadãos, pelo direito à soberania. Por isso, a noite de sábado continuou a ser de contestação em Quito, cenário que, a julgar pela força da acção das massas, pode precipitar o país num novo acto eleitoral antes do agendado para 2007."

Um abraço,

Paulo Miguel Comentários: (0) Posted by pauloborgesmiguel at 12:16 PM

Rádio do PCP na Internet

PCP

"Sobre a rádio do PCP na Internet

Declaração de Octávio Augusto, da Comissão Política do PCP

20 de Abril de 2005

A ideia deste encontro é dar-vos a conhecer um novo projecto do PCP no domínio das novas tecnologias de informação e comunicação: A rádio do PCP na Internet.

Na sequência da experiência bem sucedida na anterior campanha eleitoral para a Assembleia da Republica, em que a Rádio da CDU on-line excedeu largamente as expectativas iniciais, garantido ao longo de um período que se estendeu entre 21 de Janeiro e 18 de Fevereiro uma emissão diária de informação alargada sobre a campanha da CDU, a equipa empenhou-se numa linha de trabalho que lhe desse continuidade.

Surge assim o projecto COMUNIC, A Rádio do PCP na Internet.

Todas as quintas feiras, entre as 15 e as 18 horas, o público poderá aceder ao endereço www.comunic.pcp.pt e ouvir a emissão semanal, de 3 horas, em directo, que será colocada em arquivo e disponível para consulta na sexta-feira seguinte e até à nova emissão. Trata-se de uma aposta do PCP nesta nova forma de comunicação em que se pretende dar a conhecer o passado, o presente e a aposta no futuro, em formatos de crónica, entrevista e reportagem, dando cobertura às propostas e à acção do PCP, ao mesmo tempo que se abordarão temas da actualidade, de natureza política, social, cultural, etc.

A Rádio do PCP será também veículo privilegiado para a divulgação da Festa do «Avante!» da sua história, construção, e programação.

Assim, na 1ª emissão, que terá lugar amanhã, em que o tema central será o 25 de Abril destacamos:

- Uma entrevista a Bernardino Soares, da Comissão Politica e líder da bancada parlamentar do PCP, sobre a acção dos deputados comunistas nas 1ªs semanas de funcionamento desta Legislatura

- O testemunho de José Carlos Almeida, o último funcionário do PCP a ser preso antes do 25 de Abril, e um dos últimos presos políticos a ser libertado.

- O Fórum da COMUNIC, um espaço interactivo de diálogo entre o PCP e os seus ouvintes, que conta, esta semana, com a presença de Jorge Pires, da Comissão Política do PCP. Os ouvintes poderão participar no Fórum através do telefone 217813824 ou do e-mail comunic@pcp.pt

Semanalmente, para além da agenda do PCP, haverá lugar a notícias e comentários sobre a actividade na Assembleia da Republica e no Parlamento Europeu, a Emigração e uma crónica sobre Politica Internacional."

O PCP na linha da frente das novas tecnologias.

Um abraço,

Paulo Miguel Comentários: (1) Posted by pauloborgesmiguel at 04:53 PM

Joseph Ratzinger o novo Papa?

Até os católicos ficaram com aquele sorriso amarelo e com aqueles "viva o papa" meio engasgados, Saramago disse que "a inquisição subiu ao poder" e "Deus nos ajude com o novo Papa", o DN traçou a biografia de Joseph Ratzinger, entre outras coisas diz que pertenceu à Juventude Hitleriana, era obrigatório na altura, diz o DN, e alistou-se na infantaria alemã da qual desertou quando soube que os aliados estavam à porta, sendo mais tarde capturado e preso quando identificado como soldado alemão.

O recém nomeado tribunal da Santa Inquisição (Doutrina e Fé) tinha como responsável máximo Ratzinger, esperemos que o novo “posto” lhe traga a luz que ele precisa, para sair daquele lugar escuro onde andou durante estes anos todos, e que os católicos tenham a tão esperada “abertura” por parte da Igreja.

Um abraço,

Paulo Miguel Comentários: (2) Posted by pauloborgesmiguel at 02:05 PM

"Chaupi" Ditadura no Equador

Resistir

'Chaupi' ditadura no Equador [1]

por Manuel Salgado Tamayo [*]

O coronel Lucio Gutiérrez, rodeado pelo Alto Comando das Forças Armadas Equatorianas, às 21h30 de sexta-feira 25 de Abril leu o decreto que declara o Estado de Emergência no Distrito Metropolitano de Quito, na Província de Pichincha. Suspende assim a vigência dos direitos humanos e constitucionais como a liberdade de opinião e de expressão, a inviolabilidade do domicílio, a inviolabilidade e o segredo da correspondência, o direito de transitar livremente pelo território nacional, a liberdade de associação e de reunião, dentre outros.

O Decreto dissolve o Tribunal Supremo de Justiça, nomeado por uma maioria parlamentar adicta ao próprio governo, em 8 de Dezembro de 2004, num acto ditatorial que viola a Constituição Política — que não confere ao Presidente faculdades para intervir nos demais poderes do Estado — e, finalmente, dispõe a mobilização, desmobilização e requisições que as Forças Armadas e a Polícia Nacional deverão executar.

O decreto tenta ser uma resposta, desesperada, do coronel Gutiérrez à crescente mobilização e protesto do povo equatoriano pela consumação da impunidade em favor dos ex-governantes Abdalá Bucaram, Alberto Dahik e Gustavo Noboa, que roubaram a mãos cheias os recursos públicos e que agora retornaram pimpões ao país, beneficiando-se de uma resolução do espúrio presidente do Tribunal Supremo de Justiça, Pichi Castro.

Em meio ao clima de tensão em que vive o país devido ao Estado de Emergência, destinado a reprimir o povo, circularam rumores sobre a existênia de fissuras na frente militar, uma vez que alguns oficiais se teriam negado a cumprir tarefas punitivas. Adicionalmente, o Juiz Décimo Quarto do Tribunal Penal de Pichincha, acolhendo uma denúncia das organizações de direitos humanos, tornou sem efeito o Decreto de Emergência de Gutiérrez, que poderia ser revisto nas próximas horas pelo próprio presidente, habituado a fazer e desfazer os seus próprios actos.

AS MIL FORMAS DE RESISTÊNCIA POPULAR

A resistência popular ganhou um aspecto inesperado depois de fracassar a paralisação convocada terça-feira 12 de Abril pelo Partido Social Cristão, pela Esquerda Democrática e pelo Movimento Pachakutik. O povo deu-se conta de que todas as forças políticas presentes no Congresso Nacional, no Executivo e no Poder Judicial são coresponsáveis pelo desastre nacional a que Lucio Gutiérrez conduziu e, por isso, o movimento espontâneo de massas levantou uma palavra-de-ordem que se estende desde o seu epicentro em Quito até o resto do Equador: ¡Que se vayan todos!

A criatividade do povo utilizou formas simbólicas diversas para promover uma resistência pacífica que aumenta com a passagem das horas. Panelas vazias que soam e se mobilizam a partir de todos os bairros de Quito conduzidas por grupos familiares; balões que arrebentam a uma mesma hora, em meio ao silênio da noite, simples pedaços de madeira transformados em tímbales que agoniam a surdez do ditador, tudo coordenado por uma equipe de jornalistas da Rádio La Luna, encabeçada por um radialista democrático e polémico, Paco Velasco, que acompanhou também os tempos de optimismo do 21 de Janeiro de 2000, quando parecia que a aliança de Lucio Gutiérrez e do seu grupo de militares com o Movimento Indígena era uma força social alternativa destinada a perdurar.

AS RAÍZES PROFUNDAS DO CONFLITO

Os partidos políticos das classes dominantes e as ONGs financiadas pelo Império empenharam-se em reduzir o conflito ao carácter ditatorial da destituição do Tribunal Supremo de Justiça anterior e a nomeação do actual em 9 de Dezembro do ano passado.

Na realidade, a maioria que tomou essa decisão, com os votos dos deputados do Partido do governo Sociedade Patriótica, do PRE do populista Abdalá Bucaram, do PRIAN do milionário Álvaro Noboa, do MPD de suposta filiação marxista-leninista, do CFP do solitário Jorge Montero, da DP e dos chamados independentes, que se vendem pela melhor oferta, não tinham faculdades constitucionais para tomar essa decisão e o acto era o segundo atropelo de uma maioria parlamentar contra uma decisão popular tomada na Consulta Nacional de 1997, que se havia pronunciado pela profissionalização e despartidarização do Poder Judicial no Equador.

A ausência de justiça no país e a cumplicidade do governo de Gutiérrez no perdão e esquecimento dos delitos cometidos por governantes e banqueiros é um elemento poderoso na génese do protesto popular, mas além disso estão presentes outros factores nos quais prolongam-se os resultados da crise financeira de fins do século XX e reproduzem-se outros impostos pelas políticas de condicionalidade do Fundo Monetário Internacional e a abertura unilateral que obriga o país aos compromissos contraídos com a Organização Mundial de Comércio, como: A quebra de centenas de empresas. O crescimento do emprego e do subemprego (nos dois anos de governo de Gutiérrez o desemprego cresceu de 8% para mais de 11%). A perda de poder aquisitivo dos salários. A deterioração dos serviços públicos. Os cortes das verbas orçamentais para educação, saúde, habitação, desenvolvimento comunitário. O crescimento explosivo da delinquência comum. A queda dos níveis de nutrição.

O fracasso da dolarização, que não regista a bondades preconizadas pelos seus defensores. Depois de cinco anos de vigência, mostra taxas de juros entre os 12% e os 16%, que são um atentado contra o investimento. A rigidez do esquema, que implica uma taxa de câmbio fixa, levou-nos a uma perda de competitividade brutal; a reprimarização da economia prossegue; as remunerações deterioram-se; o fosso entre ricos e pobre agiganta-se, o PNUD afirma que 43% do rendimento concentra-se em 10% da população, a pobreza afecta 42%, ao passo que 30% vive na pobreza extrema.

O pagamento da dívida externa transformou-se, com a cumplicidade do coronel Gutiérrez, numa bomba de sucção impossível de resistir e tolerar. Se em 1994 o serviço da dívida significava o pagamento de 769 milhões de dólares, em 2004 essa cifra aumentou para 3.795 milhões de dólares, pelo que para pagá-la há que aumentar a dívida interna e externa.

A BASE DE MANTA E O PLANO PATRIOTA

Além disso, a Base de Manta e a submissão do coronel aos desígnios de Bush e de Uribe Vélez na execução do Plano Colômbia e do Plano Patriota, significaram uma distribuição de milhões de dólares para financiar a mobilização na fronteira norte, com a Colômbia, de uma operação de mais de 12 mil soldados que participam nas tarefas de contra-insurreição, concebidas pelos assessores ianques, o que implica o abandono da tradicional política internacional de princípios, baseada no respeito ao direito à auto-determinação dos povos e uma trágica perda de soberania que nos transforma numa semi-colónia norte-americana. A sensação de que o país se desintegra e se arruina com a cumplicidade de um coronel traidor que não tem sentido de Pátria nem de dignidade aumenta ao comprovar a forma servil e irresponsável como se negocia o Tratado de Livre Comércio com os Estados Unidos da América.

O resultado social mais dramático e doloroso é a explosão migratória que, entre 1996 e 2004, atingiu um milhão e meio de pessoas, ou seja, o mesmo número de compatriotas, aproximadamente, que abandonou o país no meio século anterior.

Todos estes factores fazem a Agenda, elaborada por milhões de mulheres e de homens, de todas as idades, que vão tomando progressivamente as ruas e praças do país para exigir que se vá o traidor e que se inicie o esforço colectivo pela restauração da pátria.

AS MULETAS DO 'CHAUPI' DITADOR

Gutiérrez suportou várias tormentas com o apoio invariável da Embaixada Americana, do Partido Social Cristão e de Febres Cordero que o utilizou dois anos; da social-democracia local, representada pela ID, que sofreu uma paulatina direitização que a levou a caminhar pelas trilhas da privatização e da terciarização neoliberal, na administração dos governos locais, assim como a coincidir no projecto anti-democrático do bipartidarismo concebido por Febre Cordero com o método Imperial e, para cúmulo, um dos seus deputados, Guillermo Haro, esteve ao serviço do Império perseguindo os familiares dos insurgentes colombianos que supostamente vivem no Equador.

Outra das muletas de Gutiérrez foi o insólito MPD, de suposta filiação marxista-leninista, que serve o regime com o silêncio e a desmobilização de uma parte do magistério e da Universidade Central, em troca de altos postos na burocracia. E, agora, também com o jogo de interesses do PRE, uma das estruturas políticas mais corruptas da nação e o PRIAN, do milionário mas pouco favorecido pelo talento Álvaro Noboa, que sonha ser Presidente da República.

PARA ONDE VAI O EQUADOR?

Como se vê, há um actor espontâneo de primeira grandeza: as massas de cidadãos empobrecidos. Existe também um Programa ainda não consensualizado de modo suficiente. As formas de luta são muito criativas. O que não vemos e terá de ser construído é o sujeito político capaz de vertebrar e organizar todo este processo para dar-lhe uma saída em meio a um panorama latino-americano caracterizado pela presença de um bloco alternativo de poder que, com sabedoria e audácia, Fidel Castro e Hugo Chávez vão construindo.

[1] 'Chaupi' é uma palavra quicha que significa metade ou meia.

[*] Professor da Universidade Central do Equador

O original encontra-se em http://www.anncol.org/side/1286

Comentários: (0) Posted by pauloborgesmiguel at 11:03 AM

Jornadas CDU em Odivelas

Jornadas da CDU Com a População - Melhor Concelho de Odivelas Iniciaram-se no dia 16 sábado, as Jornadas da CDU no concelho de Odivelas.

Durante a manhã, por todo o concelho, activistas da CDU contactaram com a população e divulgaram o programa das Jornadas.

À tarde realizou-se a primeira dum conjunto de iniciativas que decorrerão até 14 de Maio, dia do encerramento destas Jornadas da CDU no concelho de Odivelas.

Um abraço,

Paulo Miguel Comentários: (0) Posted by pauloborgesmiguel at 02:42 PM

Ilídio Ferreira

Ilídio Ferreira

Cabeça de lista da

CDU à Câmara

Municipal de Odivelas

Curriculum

Nome : Ilídio de Magalhães Ferreira

Profissão : Assessor de Direcção

Habilitações : Frequência do curso de

Medicina na Universidade de Medicina de

Lisboa

Actividade Política e Cívica :

- Activista da JAC – Juventude Agrária

Católica (1950 a 1958)

- Activista do Movimento Católico

Progressista “Para um Mundo Melhor”

(1965 a 1970)

- Membro da Comissão Fabriqueira da

Paróquia do Lumiar (1970 a 1973)

- Sindicalista (1969 a 1992)

- Fundador e Dirigente da Associação de

Pais da Escola Secundária de Odivelas

(1978 a 1985)

- Fundador e Dirigente da Associação

Comunitária Infantil e Juvenil da Ramada

(1992 a 1997)

- Presidente da Assembleia Geral do

Odivelas Futebol Clube (1995 a 1996)

- Candidato pela CDU à Assembleia da

República (2001 e 2005)

- Membro da Direcção Concelhia de

Odivelas do PCP e do seu Executivo

Autarca desde 1983:

- Membro da Assembleia de Freguesia de

Odivelas (1983 a 1986)

- Secretário da Junta de Freguesia de

Odivelas (1986 a 1990)

- Presidente da Comissão Instaladora da

Freguesia da Ramada (Agosto.1989 a

Janeiro.1990)

- Presidente da Junta de Freguesia da

Ramada (1990 a 2004)

- Membro das Assembleias Municipais de

Loures e de Odivelas – por inerência (1990

a 2004)

Mensagem de Ilídio Ferreira

"Caros Habitantes do Concelho de Odivelas

O concelho de Odivelas foi criado com condições para ter

pleno sucesso. Não era difícil. Mas assim não aconteceu.

Não foi conseguido o seu desenvolvimento equilibrado e

sustentado. A qualidade de vida a que os munícipes

aspiravam, em muitos aspectos em vez de melhorar

degradou-se. A situação económica e financeira do

município é muito grave, devido a opções políticas

erradas. As instalações dos serviços camarários estão

dispersas por numerosas lojas. O urbanismo é

exageradamente denso e caótico por cedência aos

interesses financeiros.

A população mostra-se descontente com o caminho que

o concelho de Odivelas leva.

Foram sete anos de oportunidades perdidas.

A posição da CDU é a de colocar a Câmara ao serviço

exclusivo da população do concelho , liberta de grupos

que têm por objectivo apenas o lucro fácil, daí resultando

consequências desastrosas para o seu futuro.

A minha candidatura, e a de toda equipa da CDU que

comigo concorre nestas eleições autárquicas para a

Câmara de Odivelas, tem este propósito firme, inabalável

e sem hesitações. Cumprirá!

Ilídio Ferreira"

Um abraço,

Paulo Miguel Comentários: (0) Posted by pauloborgesmiguel at 10:02 AM

Um site a propósito da "cimentização" de Odivelas.

O blog http://odivelasdecimento.blogs.sapo.pt/ coloca em discussão o problema que preocupa os habitantes de Odivelas, o crescimento do Betão.

Vesitem e deixem a vossa opinião.

Um abraço,

Paulo Miguel Comentários: (1) Posted by pauloborgesmiguel at 03:48 PM

A nossa policia continua a falhar!

Uma familiar minha foi ontem assaltada no metro, o carteirista roubou-lhe o telemóvel.

Desconfiada de quem teria sido o meliante, dirigiu-se a um segurança ao qual fez a descrição do rapaz.

O segurança respondeu-lhe que a sua descrição coincidia com outra feita anteriormente, só que ele já tinha solicitado a presença da policia, mas responderam-lhe que todos os efectivos estavam no estádio de Alvalade a acompanhar o jogo do Sporting com o Newcastle.

Senhores carteiristas, ladrões e demais meliantes, no próximo jogo do Sporting ou Benfica, podem assaltar a cidade de Lisboa, porque a Policia, está toda na Bola!

Um abraço,

Paulo Miguel

Comentários: (1) Posted by pauloborgesmiguel at 03:29 PM

A "falhazinha" do Correio da Manhã!

Correio da Manhã

O Correio da Manhã esqueceu-se apenas de mencionar que João Goulão é membro do PCP e que foi cabeça de lista pelo distrito de Faro nas eleições legislativas de 2002, fica aqui a correçãozinha.

artigo do CM

“João Goulão vai assumir presidência do IDT

O médico João Goulão aceitou o convite para assumir o cargo de presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), sucedendo a Nuno Freitas, que apresentou a semana passada a sua demissão ao ministro da Saúde, Correia de Campos.

João Goulão, de 49 anos, esteve já à frente do Serviço de Prevenção e Tratamento da Toxicodependência (SPTT) que, juntamente com o Instituto Português da Droga e da Toxicodependência (IPDT), deu origem ao IDT.

O novo presidente do IDT, organismo responsável pela definição das políticas de luta contra a droga e combate à toxicodependência, desempenha actualmente as funções de coordenador para a área dos Serviços de Saúde na Casa Pia de Lisboa, cargo que ocupa desde 2003.

João Goulão, natural de Cernache de Bom Jardim, licenciado pela Faculdade de Medicina de Lisboa (1978), começou a trabalhar na área da toxicodependência em 1987, tendo aberto o CAT de Faro em 1988.

Em 1992, foi nomeado director-regional do Algarve do Serviço de Prevenção e Tratamento da Toxidependência (SPTT), assumindo a presidência do Conselho de Administração do SPTT em 1997.”

Um abraço,

Paulo Miguel

Comentários: (2) Posted by pauloborgesmiguel at 02:18 PM

Obituários

Avante

"Obituários

Por Anabela Fino

No último sábado, a Biblioteca-Museu da República e Resistência serviu de palco a um estranho conclave: um grupo composto quase exclusivamente por ex-comunistas, de longa data ou nem tanto, assumidos ou nem por isso, marcou encontro para homenagear (?) Bento Gonçalves, secretário-geral do PCP morto no campo de concentração do Tarrafal em 1942.

De Mário Soares a Carlos Brito, de Edmundo Pedro a Fernando Vicente - segundo reza a notícia do Público do passado domingo -, sem esquecer a imprescindível poesia de Manuel Alegre para dar um toque cultural ao conciliábulo, as intervenções tiveram a particularidade de convergir não apenas no ponto de partida, o homenageado, o que seria normal, mas também no ponto de chegada, o ataque ao PCP, o que sendo menos curial era no entanto bastante expectável tendo em conta o gabarito dos oradores.

De acordo com a informação vinda a público, a generalidade dos intervenientes fez questão de criticar a ausência oficial do PCP na sessão, mas a nenhum dos preclaros tribunos ocorreu questionar-se sobre a sua legitimidade para debitar sobre o pensamento e a vida de um homem que se dedicou por inteiro ao Partido e à causa que eles próprios traíram.

Pode ser que para quem acreditou - e alguns até aplaudiram! - no fim da História seja natural que os detractores do comunismo, no seu afã de fazer crer que a luta de classes desapareceu, se dediquem a evocar a memória dos comunistas mortos, que são sempre os melhores, aproveitando o ensejo para zurzir nos comunistas vivos, que são os que incomodam.

Pode até ser que para tais senhores faça todo o sentido encomendar a missa de sétimo dia aos ateus e o encómio da paz aos senhores da guerra, ou entregar a segurança das vítimas aos algozes e o combate da injustiça social aos exploradores. Afinal de contas, quem engavetou o socialismo ou trocou a luta pela transformação da sociedade pelos encantos do jet-set não terá certamente motivos para se sentir complexado em lembrar com paternal simpatia o operário letrado que morreu pela liberdade. Não custa nada, não tem consequências e fica bem no currículo, para além de ajudar a apagar memórias de estórias menos edificantes dentro do conveniente princípio de que uma mão lava a outra.

Complexos têm os coerentes, como Álvaro Cunhal, que segundo garantiu Soares no referido evento nunca conseguiu livrar-se da pena, ou mesmo da culpa, de não ser operário, motivo que explica, na óptica soarista, a razão pela qual Bento Gonçalves é tão «esquecido» pelo PCP.

Valham-nos os ex de militância e ideias de todos os tempos, tão prontos a esquecer o presente como a reescrever o passado, para manter viva a chama do anticomunismo. Que seria de nós sem estes próceres da democracia, tão férteis em discursos e elogios póstumos como em incoerências e jactâncias?

De tão cheios de si e dos seus ódios de estimação, caminham distraídos pelo velho caminho dos inimigos da luta de classes que um dia travaram, sem sequer se dar conta que palavra a palavra vão escrevendo de forma indelével os seus próprios obituários."

Um abraço,

Paulo Miguel Comentários: (1) Posted by pauloborgesmiguel at 01:02 PM

Como um laboratório médico "socialista" no Canadá salvou o mundo de uma nova pandemia de gripe.

Resistir.INFO

"Como um laboratório médico "socialista" no Canadá salvou o mundo de uma nova pandemia de gripe

por Dave Lindorff [*]

Uns 40 mil milhões de dólares gastos [nos EUA] com "Segurança Interna" ("Homeland Security") em 2004 e mais outros 50 mil milhões a irem para o mesmo vazadouro em 2005, com milhares de milhões daqueles dólares destinados especificamente ao "bio terror", e um erro (ou decisão estúpida) cometido por um laboratório biológico fez com que um vírus mortal de gripe capaz de criar uma pandemia global fosse despachado para vários milhares de laboratórios insuspeitos.

Se apenas um daqueles kits de teste infectasse apenas uma pessoa que a seguir voltasse para casa num autocarro ou metro em hora de ponta, poderíamos em pouco tempo ter milhões de pessoas a morrerem de uma gripe contra a qual a maior parte da população tem imunidade zero.

E como foi detectado este "dispositivo" de terror acidental?

Não através de alertas de pessoas como Tom Ridge ou Mike Chertoff, do Departamento de Segurança Interna (Homeland Security Department), mas sim através do alerta de um técnico a trabalhar para o "sistema socialista de cuidados de saúde" de Manitoba, Canadá, que testou os vírus no kit e determinou que era a mesma cepa (strain) de gripe que causara uma pandemia em escala mundial em 1957. Ele imediatamente alertou a Organização Mundial de Saúde e o U.S. Center for Disease Control.

O alerta do laboratório canadiano detectou e identificou a amostra de vírus em 25 de Março, mas milhares de amostras foram despachadas ao longo dos últimos seis meses.

Devo observar que esta OMS, que tão eficientemente começou a notificar laboratórios nos 16 países que receberam carregamentos dos kits contendo a cepa de gripe mortal, é a mesma OMS que tem sido habitualmente criticada — e teve o seu financiamento ameaçado — pela Casa Branca fundamentalista e anti-abortionista de Bush e pela liderança republicana do Congresso obcecada com o caso Shiavo.

Se dependesse dos rapazes do Homeland Security cuidar da nossa saúde e segurança, a temível cepa H2N2 de vírus asiático libertada por erro pelo Meridian Bioscience Inc., de Newtown, Ohio, poderia estar já a difundir-se por todo o globo, infectando e matando milhões.

Agravando a ironia desta ameaça ainda activa (centenas de kits de teste despachados estão ainda sem explicação do destino) está o facto de que anos de cortes nos gastos em saúde pública, com o resultante encerramento de clínicas públicas em bairros pobres, anos de cortes no financiamento do Medicaid para famílias de baixos rendimentos, e a tendência em curso de as empresas deixarem cair a cobertura de saúde dos seus empregados (todo ano, nos últimos quatro anos, mais quatro por cento dos patrões americanos finda os benefícios de saúde dos seus empregados, enquanto muitas mais deixam cair a cobertura para o dependentes), estão a deixar milhões de americanos sem qualquer acesso a um médico. Esta situação torna ainda mais provável qualquer epidemia de gripe, quando ela atacar difundir-se-á tal como um fogo descontrolado nos EUA, as pessoas terão menos probabilidade de obterem tratamento imediato e mais provavelmente continuarão a trabalhar e a transmitir a sua doença aos outros.

Este último acidente, que torna uma brincadeira toda preocupação acerca da contínua ameaça da gripe das aves na Ásia, mostra claramente como a nossa liderança obcecada com o terrorismo está a falhar quanto às questões reais enquanto desperdiça vastas quantias de dinheiro e energia a focar sobre terrorismo ao invés das questões reais da sociedade.

13/Abr/05

[*] Autor de "Killing Time: an Investigation into the Death Row Case of Mumia Abu-Jamal" e de "This Can't be Happening!" (Comon Courage Press). dlindorff@yahoo.com .

O original encontra-se em http://www.counterpunch.org/lindorff04132005.html"

Um abraço,

Paulo Miguel

Comentários: (0) Posted by pauloborgesmiguel at 11:17 AM

O medo!

(Guerreiro Maori interpretando a Haka)

CONGRESSO INTERNACIONAL DO MEDO

Provisoriamente não cantaremos o amor,

que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.

Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,

não cantaremos o ódio porque este não existe,

existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,

o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,

o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,

cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,

cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,

depois morreremos de medo

e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.

Bertold Brecht

(1898-1956)

O medo é sempre o nosso único inimigo, aquele que nos impede de darmos os passos necessários, aquele que nos prende os braços e embarga a voz, depois de o eliminarmos, tudo é possível! Não tenham medo de nada nem de ninguém e conhecerão a verdadeira liberdade.

Um abraço,

Paulo Miguel Comentários: (0) Posted by pauloborgesmiguel at 10:45 AM

O passado e o presente, que diferenças?

Será o futuro da igreja diferente?

Um abraço,

Paulo Miguel Comentários: (1) Posted by pauloborgesmiguel at 03:25 PM

Os seis náufragos

Resistir

"Os seis náufragos

por Peter Schiff [*]

Num dos seus comentários mais recentes, Stephen Roach, da Morgan Stanley, talvez o único economista da Wall Street que pelo menos compreende parcialmente o perigo económico que está a assomar, lamentou mais uma vez que uma "economia global co-dependente não possa viver sem o excesso de consumo dos americanos". Isto reflecte o engano popular de que os americanos estão como que a fazer um favor ao mundo ao consumir os frutos do seu trabalho.

O mundo não depende mais do consumo dos americanos do que os servos medievais dependiam do consumo dos seus senhores, os quais tomavam tipicamente 25% daquilo que eles produziam. Que desastre teria havido para os servos se os seus senhores não exigissem este tributo. Pensem em todo o desemprego que os servos teriam sofrido se não tivessem de laborar tão arduamente em benefício dos seus senhores. O que teriam eles feito com todo o tempo livre extra?

Segundo economistas dos dias modernos, se os senhores decidissem aumentar aquilo que tomam, digamos para 35%, isto teria sido o equivalente a um boom económico para os servos, os quais teriam assim mais trabalho assegurado. É uma pena que os servos não tivessem conselheiros económicos ou banqueiros centrais para encorajar políticas tão progressistas!

Tenho escrito sobre este assunto ultimamente (ver meus comentários anteriores intitulados "CNBC Redefines the Word 'Sacrifice'," 10/Fev/2005 e "The U.S. is Not a Special Case, Just an Extreme One," 18/Jan/2005). Ambos os artigos estão arquivados na secção de comentários do meu sítio web, em www.europac.net/archives.asp . Contudo, gostaria de colocar a suposição ridícula de que o mundo se beneficia com o excesso de consumo da América e tem algo a temer da sua cessação a fim de descansar de uma vez por todas. Considere a seguinte analogia.

Suponha que seis náufragos encontram-se abandonados numa ilha deserta, cinco asiáticos e um americano. Além disso, suponha que os náufragos decidem dividir a carga de trabalho entre si da seguinte maneira: (a bem da simplicidade, o único desejo dos náufragos é satisfazer a fome) um asiático é encarregado da caça, um outro da pesca e um terceiro de descobrir vegetação. Um quarto é encarregado de preparar a comida, ao passo que ao quinto é dada a tarefa de colectar lenha a acender o fogo. Ao americano é dada a tarefa de comer.

Assim, na nossa ilha cinco asiáticos trabalham o dia todo para alimentar um americano, o qual gasta o seu dia a bronzear-se na praia. Ele está empregado no equivalente ao sector de serviços, operando um salão de bronzeamento que nenhum dos asiáticos na ilha utiliza. No fim do dia, os cinco asiáticos apresentam um banquete cuidadosamente preparado para o americano, o qual senta-se à cabeceira de uma mesa especial, construída pelos asiáticos especificamente para essa finalidade.

Percebendo que banquetes subsequentes só viriam se os asiáticos estivessem vivos para providenciá-los, ele concede-lhes apenas umas poucas migalhas da sua mesa para sustentar o seu trabalho no dia seguinte.

Economistas dos dias modernos diriam que este americano é o único motor de crescimento a conduzir a economia da ilha e que, sem o seu voraz apetite, o asiáticos dali estariam desempregados. A realidade, naturalmente, é que a melhor coisa que os asiáticos podiam fazer para melhorar os seus destinos seria votar pela retirada do americano da ilha. Sem o americano a consumir a sua comida haveria um bocado mais disponível para eles próprios comerem.

Em alternativa, eles podiam gastar menos tempo nas tarefas relacionadas com a sua comida, dedicando o tempo extra a mais lazer ou a satisfazer outras necessidades, as quais anteriormente não eram preenchidas pois muito dos seus recursos escassos eram dedicados a alimentar o americano.

Agora, alguns de vocês estarão a pensar que esta analogia é enviesada, pois na economia do mundo real os americanos pagam pela sua comida, de modo que no mundo real os asiáticos que proporcionam refeições recebem valor em troca dos seus esforços. OK, vamos assumir que o americano na nossa ilha paga pela sua comida da mesma maneira que no mundo real os americanos pagam pela sua, compram emitindo promissórias (IOUs). Vamos assumir que no fim da refeição os asiáticos apresentem uma conta ao americano, a qual ele paga através da emissão de promissórias que pretendem representar futuros pagamentos da comida.

Contudo, todos os náufragos sabem que as promissórias nunca poderão ser cobradas, pois a América não tem comida ou os meios ou mesmo a intenção de fornecer algo no futuro. Mas os asiáticos aceitam-nas de qualquer forma, e a cada noite acrescentam-nas às pilhas de promissórias recolhidas nos dias anteriores. Estarão os asiáticos numa situação melhor em resultado desta acumulação? Estarão eles menos famintos? Não, naturalmente.

Agora vamos assumir que um outro náufrago asiático nada até à ilha, e assume o papel de banqueiro central. A partir daí, a cada dia o banqueiro central cobra impostos aos outros asiáticos da ilha confiscando uma porção das migalhas de comida que o americano lhes atira da sua mesa. O banqueiro central concorda então em devolver estes bocados aos outros asiáticos todos os dias, em troca da acumulação diária pelos mesmos das promissórias do americano, menos uma pequena percentagem para si próprio, porque o banqueiro central também tem de comer.

Será que a existência de um banqueiro central mudou alguma coisa? Será que os asiáticos têm algo mais para comer porque o seu próprio banqueiro central lhes devolve uma porção da comida que lhes tomou anteriormente? Será que as promissórias do americano tem algum valor a mais porque agora podem ser trocadas desta maneira? Não, naturalmente.

Bem, se não faz sentido para os seis pretensos asiáticos suportarem um pretenso americano, também não faz sentido para milhares de milhões de asiáticos do mundo real suportarem milhões de americanos do mundo real. O facto de que eles assim o façam em troca de promissórias sem valor de modo algum altera esta realidade.

Não está em discussão que no curto prazo, ao permitir que o dólar americano entre em colapso (como se despejassem milhões de americanos para fora da ilha), haverá algumas perturbações temporárias para as economias asiáticas. É claro que haverá alguns perdedores iniciais, particularmente entre aqueles asiáticos que actualmente se aproveitam deste estado de coisas. Contudo, estes lucros ocorrem somente às custas de perdas muito maiores sofridas pelo conjunto mais vasto da população asiática.

No final das contas, a cessação do consumo excessivo da América -- que é um fardo que agora os asiáticos têm de arcar e não um benefício de que desfrutem -- será a melhor coisa que poderá acontecer ao povo da Ásia. Tal como os servos a serem libertados dos seus senhores, seus escassos recursos serão finalmente libertados a fim de satisfazer as suas próprias necessidades e desejos, e os seus padrões ascenderão em conformidade. Além disso, desde que as suas poupanças ficassem disponíveis para financiar investimentos adicionais de capital, ao invés de serem desbaratadas pelos consumidores americanos, daí para a frente os seus futuros padrões de vida ascenderiam muito mais depressa.

Infelizmente para os americanos, serem chutados para fora da Ásia significa que acabou o comboio da alegria e que têm de voltar ao trabalho. Em termos simples, isto significa caçar e pescar muito mais e comer muito menos.

29/Mar/05

Nota de resistir.info: A analogia deste conto parece incompleta pois não menciona que o americano tem uma arma e mata os asiáticos que fazem perguntas embaraçosas, dizendo depois que os mortos eram "terroristas" e que odiavam "a grande liberdade dos EUA".

[*] Presidente da Euro Pacific Capital, Inc.

O original encontra-se em http://www.europac.net/ . Tradução de JF."

Um abraço,

Paulo Miguel Comentários: (0) Posted by pauloborgesmiguel at 03:27 PM

CDU lança Ilídio Magalhães Ferreira para Presidente do Município de Odivelas!

ILÍDIO MAGALHAES FERREIRA

67 anos

Assessor de Direcção

Membro da Comissão Concelhia de Odivelas do PCP

Presidente da Junta de Freguesia da Ramada entre 1990 a 2004.

Ilídio Ferreira é sinónimo de luta, trabalho, persistência, honestidade, principalmente honestidade, honesto na relação directa com os seus eleitores, honesto na frontalidade com que encara os problemas das populações, não faz promessas de obras que não é capaz de concretizar, mas promete trabalhar para as tornar possíveis.

No seu percurso como autarca demonstrou que, com trabalho, tudo é possível, tudo se leva a bom porto, a população da Ramada sempre o reconheceu e sempre lhe deu a sua confiança.

Agora chegou a hora de depositarmos a nossa confiança neste homem para levar o Município de Odivelas a gerir os seus recursos em benefício dos Odivelenses.

O PS que está no poder em Odivelas, demonstrou não ter a mínima qualificação para permanecer à frente dos destinos desta Câmara nem por mais um dia, quanto mais 4 anos.

Sete anos após a criação do Município de Odivelas, a obra (ou a falta dela) está à vista, gastam-se rios de dinheiro (do nosso dinheiro) em coisas fúteis e sem valor para os nossos habitantes, enquanto que as instalações desportivas que temos são as mesmas de há 20 anos, algumas escolas precisam de obras urgentes e não há dinheiro, as associações desportivas e culturais estão a passar por grandes dificuldades devido à falta de apoios, etc..

Não acredito que um só homem faça o trabalho todo sozinho, mas acredito, sinceramente, que Ilídio Magalhães Ferreira tem capacidade para definir o rumo deste Município, e que não vai permitir que haja desvios neste objectivo.

Conheci o Ilídio quando ele fazia parte da associação de pais da Escola Secundária de Odivelas, foi na década de 80, eu era um aluno nessa escola.

Desde esses longínquos anos até hoje reconheço que Ilídio Magalhães Ferreira, deu mais aos outros do que alguma vez nós lhe poderemos dar a ele, sempre lutou pelo interesse colectivo, pelo interesse das populações, sem olhar para o seu próprio interesse.

Existem poucos, muito poucos homens na política portuguesa que tenham o carácter e a verticalidade deste homem, a todos eles temos de agradecer por permanecerem na nossa luta.

Ao meu camarada Ilídio um grande abraço.

Paulo Miguel Comentários: (2) Posted by pauloborgesmiguel at 11:35 AM

Cuba denuncia terrorismo diplomático

Avante!

"CDH sob pressão norte-americana

Cuba denuncia terrorismo diplomático

Na 61.º sessão da Comissão dos Direitos Humanos (CDH), que decorre em Genebra, os EUA procuram aprovar uma moção anticubana e tentam esconder as torturas em Guantanamo e Abu Ghraib.

A denúncia foi feita sábado pelo representante da delegação cubana, Rodolfo Reys Rodríguez, que revelou o autêntico terrorismo diplomático movido pelos EUA junto de diversos países membros da CDH em nome de uma autodenominada «comunidade de democracias».

Apesar da intenção norte-americana não ser nova, Rodríguez lembrou que as manobras demonstram que Bush procura «transpor as suas práticas mafiosas e eleitorais aos trabalhos do fórum» na medida em que impõe a consolidação de «um grupo de lobby ao serviço dos seus interesses».

Aprovar uma resolução contra Havana no plenário deste organismo da ONU seria, para Rodríguez, condenar «os governos que se opõem aos planos de dominação hegemónica» de Washington, ainda para mais porque a proposta é encabeçada pelo país que impede a visita aos «centros internacionais de tortura de Guantanamo e Abu Ghraib».

Mesmo em face dos argumentos cubanos, o diplomata norte-americano, Rudy Boschwitz, insistiu no agendamento da iniciativa para a primeira quinzena de Abril, e manifestou o desejo de que o projecto seja aprovado pelos 53 membros da estrutura por «consenso», até porque, explicou, em Cuba «não existe liberdade nem capacidade de eleger o seu próprio governo».

A estas palavras, Cuba respondeu incitando os participantes a «levantarem a voz em favor dos prisioneiros de Guantanamo, Abu Ghraib e Fallujah, pois de outra maneira este discurso é pouco credível».

Vozes dissonantes

Não obstante o peso da delegação da Casa Branca e o conjunto de chantagens em curso durante os trabalhos de Genebra, algumas vozes dissonantes tentam pôr a nu a hipocrisia norte-americana.

Um dos relatores da CDH, Jean Ziegler, revelou, em conferência de imprensa paralela aos trabalhos da Comissão, que os EUA recusaram recebê-lo num encontro que tinha como objectivo discutir o embargo a Cuba.

O responsável pela Comissão de Direito à Alimentação lembrou que Bush reforçou a «utilização de um bloqueio económico para mudar um regime político» e que foi a primeira vez que um governo dos EUA não permitiu a deslocação de um relator da CDH.

Ziegler afirmou que a conduta política dos EUA consiste «na selecção dos relatores especiais que estejam conforme a sua visão do mundo, a qual inclui a guerra contra o terrorismo».

Se assim não acontecer, sublinhou Ziegler, Washington «impede-os de fazer o seu trabalho e exerce censura de Estado», estratégia de Bush que «não só pretende destruir a CDH, como visa reduzi-la e transferir a sua sede para Nova Iorque a fim de a poder controlar».

Solidariedade com os cinco

Paralelamente à sessão plenária da CDH, dezenas de activistas pertencentes a outras tantas organizações denunciaram a tortura e detenção arbitrária dos cinco patriotas cubanos acusados pelos EUA de «fomentarem o terrorismo».

Em Genebra, foram entregues centenas de apelos à sua libertação, alguns dos quais contendo milhares de assinaturas de cidadãos que, por todo o mundo, reclamam justiça para António, Fernando, Ramón, Gerardo e René.

As esposas destes dois últimos juntaram-se na Suíça para elevarem a voz contra a impunidade do governo norte-americano nesta matéria e conseguiram que o tema fosse levado à apreciação do grupo permanente, mas os EUA impediram que o assunto fosse tratado em plenário.

Catalunha pela libertação

Entretanto, no domingo, centenas de pessoas pertencentes a mais de 70 organizações sindicais, políticas e culturais, reunidas na plataforma «Defenderemos Cuba», promoveram no Centro Cívico de Barcelona uma iniciativa de solidariedade com a ilha socialista e os cinco patriotas condenados arbitrariamente pelos EUA.

Olga Salanueva e Adriana Pérez, companheiras de René e Gerardo, deslocaram-se de Genebra até à cidade condal para prestarem testemunhos da situação vivida pelos detidos e receberem dos participantes palavras e gestos de determinação e confiança na libertação dos cinco homens que desmontaram parte da rede terrorista mafiosa anticubana sedeada em Miami.

EUA gastam fortunas contra Cuba...

Rejeitando o discurso ilusório do «combate ao terrorismo», repetido até à exaustão pelos EUA nas sessões da CDH, a diplomata cubana Cláudia Pérez Alvarez esclareceu que o reforço do bloqueio contra Cuba ocupa mais meios humanos e financeiros da Casa Branca que o controle da actividade da Al-Qaeda.

Com efeito, Washington disponibilizou cinco vezes mais agentes para vigiar e punir os transgressores do bloqueio imposto contra Cuba que os indicados para investigarem as contas da Al-Qaeda, organização acusada da autoria dos ataques de 11 de Setembro.

A representante cubana socorreu-se mesmo de posições assumidas nesse sentido por senadores e congressistas norte-americanos, bem como relativamente à disposição que relega os cubanos-americanos para a posição de cidadãos de segunda fruto das inúmeras restrições impostas no que toca às visitas à sua terra natal.

...e acolhem terroristas

Ainda em contraste com as palavras «antiterroristas» de Bush, a agência de notícias EFE e o jornal New Herald divulgaram que Luis Posada Carriles negociou, nos últimos dias, com as autoridades de imigração dos EUA, o seu exílio no país.

Posada Carriles enfrenta um pedido de extradição da Venezuela após ter fugido de uma cadeia perto de Caracas, em 1985, onde se encontrava a cumprir pena por envolvimento num atentado contra um avião civil cubano que resultou na morte de 73 passageiros.

Ex-agente da CIA, Posada Carriles apresenta um «invejável» curriculum de suspeitas terroristas.

Em 1963 estava em Dallas quando assassinaram J.F Kennedy, mas as estreitas ligações com o narcotráfico de Miami aconselharam a transferência para outras paragens.

Em 1976 entrou a serviço da polícia política venezuelana, cargo onde coleccionou dezenas de acções de tortura e assassinato de opositores políticos, confirmadas com orgulho pelo próprio.

Os contactos de sempre com o tráfico de drogas e armas sedeado na Florida fizeram de Posada Carriles um dos homens de mão implicados no financiamento dos «contra» da Nicarágua.

Em Porto Rico tentou aniquilar Fidel Castro na intentona conhecida como a do «iate La Esperanza» e, não contente com o fracasso, de 1997 a 2000 patrocinou a campanha contra o turismo em Cuba.

Em Agosto de 2004, três dos seus operacionais foram recebidos com aplausos no aeroporto de Miami, abrindo assim caminho para o regresso triunfal de Posada Carriles ao conforto do lar norte-americano."

Um abraço,

Paulo Miguel Comentários: (2) Posted by pauloborgesmiguel at 10:07 AM

Algumas palavras sábias que também eu subscrevo!

" Não acredite no que você ouviu; não acredite em tradições porque elas existem há muitas gerações; não acredite em algo porque é dito por muitos; não acredite meramente em afirmações escritas de sábios antigos; não acredite em conjecturas; não acredite em algo como verdade por força do hábito; não acredite meramente na autoridade de seus mestres e anciãos. Somente após a observação e análise, quando for de acordo com a razão e condutivo para o bem e benefício de todos, somente então aceite e viva para isso."

Gautama Buddha (há 2.600 anos atrás)

Um abraço,

Paulo Miguel Comentários: (0) Posted by pauloborgesmiguel at 10:11 AM

O Papa e a sua Igreja

Na altura da morte, todas as pessoas são transformadas em santas por aquelas que delas falam, parece que se apaga do cérebro de quem fala aquela ponta de bom censo e razoabilidade e então falam da pessoa morta, esquecendo os pontos negativos da sua existência.

É claro que o Papa foi apenas um homem, igual a todos os outros, mas também diferente de todos os outros graças à posição que ocupou na Igreja Católica.

Um Papa pode determinar o avanço ou recuo da Igreja Católica no entendimento da sociedade que a rodeia, Karol Jozsef Wojtyla soube, nalguns casos, entender o que a sociedade queria desta Igreja, o pedido de perdão pela posição da Igreja durante o regime Nazi, o pedido de perdão pelas Cruzadas, etc.

Mas existem situações em que a Igreja ainda não deu o salto em frente, tais como o fim do celibato dos padres, a ordenação de mulheres como sacerdotes, o aborto e a contracepção.

A questão do celibato poderia dizer-se que só vai para padre quem quer e que é uma situação que só diz respeito a quem escolhe ser padre, mas não é verdade, esta escolha pode ter consequências para quem está perto de alguém que opta pelo celibato.

Além de ser algo “contra natura” é algo que pode desencadear na pessoa sentimentos extremos, ao ponto de levarem um padre a cometer as atrocidades contra crianças, tais como aquelas que assolaram a Igreja Católica nos EUA.

Está na altura dos padres assumirem a sua vida sexual como um dom do seu Deus e não como um pecado castrador, neste ponto acho que o filme Enigma é bastante esclarecedor.

Quanto à ordenação das mulheres, é claro que no século XXI é impossível querer continuar a negar o papel activo da mulher em todos os campos da nossa sociedade, a mulher conquistou a sua posição com muito esforço, deixou de ser dona de casa e assumiu o seu devido lugar ao lado do homem na construção do futuro, a Igreja Católica, tal como o Islão ou religião Judaica, continuam a querer dar à mulher um papel que já não lhe cabe, o papel de mãe e dona de casa.

Quanto ao aborto, é mais do que evidente que nem todos os católicos partilham da opinião da Igreja e que muitos violam mesmo esse “mandamento”, basta conhecer pessoas que moram em zonas de grande influência da Igreja, para perceber que nem tudo o que o Padre diz é para se fazer, por esse País fora, e na falta de diálogo entre pais e filhos sobre a temática do sexo, continuam a nascer filhos indesejados, em adolescentes confusas e menos conhecedoras desta matéria do que alguns apregoam, ou a fazê-los desaparecer num qualquer vão de escada sujeitas a esvaírem-se em sangue até morrerem nos braços do namorado ou da mãe. Quem não viu o filme O crime do Padre Amaro, aproveite.

Relativamente à contracepção, vou apenas falar do preservativo devido ao seu papel na prevenção da SIDA.

Neste aspecto a Igreja está atrasada em 2000 anos, porque já se usavam preservativos nessa altura e mesmo por aqueles que sempre seguiram a Igreja. Mas desde que se conhece o problema da SIDA que a Igreja deveria ter reflectido a sua posição, e não o fez.

Penso que no mundo ocidental e desenvolvido ninguém liga á posição da Igreja, se há pessoas que não usam o preservativo não é por causa da Igreja, mas nos Países Africanos continua a haver uma grande responsabilidade da Igreja na elevada taxa de contaminação pelo vírus da SIDA.

Aqui há tempos vi uma reportagem sobre o papel dos padres em certas zonas de África que me deixaram de boca aberta. Não só continuam a dizer aos fiéis para não usarem o preservativo como num caso que foi retratado pela reportagem, um padre aconselhou um casal, em que o homem tinha SIDA e a mulher não, a continuarem a ter relações sem qualquer protecção.

Perante este tipo de posições não haverá perdão alguns séculos depois, tal como aconteceu nas cruzadas ou no holocausto Nazi.

Alguns anos atrás, o caricaturista António fez uma caricatura do Papa João Paulo II, nessa caricatura o Papa aparece com um preservativo enfiado no nariz.

Nesta caricatura o artista quis mostrar as posições, ridículas, do Papa e da sua Igreja.

Talvez o próximo traga novidades, ou talvez não!

Um abraço,

Paulo Miguel

Comentários: (1) Posted by pauloborgesmiguel at 11:01 AM

Estas foram tiradas do Blog Melhor Odivelas

Um abraço,

Paulo Miguel Comentários: (1) Posted by pauloborgesmiguel at 11:02 AM

Desgraçado de quem não tem família, o governo deixa-o apodrecer!

Ivo Ferreira foi preso no Dubai por consumo de axixe, está sujeito a apanhar 5 anos de prisão por este “delito”, mas o mais “engraçado” é que o porta voz do Ministério dos negócios estrangeiros ter afirmado aos microfones da TSF que só podem pedir clemência pelo Ivo se houver um pedido formal por parte da família deste.

Senhor porta voz do MNE, e se o Ivo fosse órfão e não tivesse família?

Será que um governo “socialista” não trata as pessoas em função dos seus direitos enquanto cidadão deste País, mas em função de se ter família ou não?

Isto é uma grande palhaçada, sem querer ofender os palhaços!

Quando é que este maldito sistema começa a tratar as pessoas como cidadãos?

Para os que são católicos, o Ministro dos Negócios Estrangeiros até parece que diz ser, há uma passagem da Bíblia em que se diz mais ou menos isto – Ai daquele que levantar a sua mão contra a viúva e o órfão!

Mas em Portugal quem não tiver família está feito!

Não tens família para te pagar as propinas, não estudas, vai acartar baldes de massa!

Não ter família em Portugal é sinónimo de exclusão, ditada pelas próprias regras do estado, escritas e firmadas.

Um abraço,

Paulo Miguel

Comentários: (2) Posted by pauloborgesmiguel at 09:19 AM

Amigos como dantes

Avante

"Amigos como dantes

Anabela

Fino

Não foi preciso muita explicação para que o arrojado esquerdista Freitas do Amaral voltasse ao redil dos discípulos bem comportados do tio Sam. Um lugar no Governo, a visita de Bush à Europa e uma ou duas intervenções, com Condoleezza Rice a servir de ponto, garantindo que o unilateralismo já era e que a cooperação com os aliados é que está a dar, foi quanto bastou para apagar a chama revolucionária de Freitas.

Apostado em demonstrar que o hábito faz o monge, o novo titular dos Estrangeiros rasurou memórias incómodas das críticas feitas no passado recente à política norte-americana - que na altura até pareceram sinceras -, e apressou-se a agitar o lenço branco a Washington para que lhe fosse concedida a mercê de uma audiência com Rice por ocasião da reunião da NATO em Vilnius, na Lituânia.

A secretária de Estado norte-americana acedeu e a estas horas só pode congratular-se com o facto, pois na caridosa mão que estendeu a Freitas recolheu um punhado de garantias de fidelidade e préstimos futuros. E não se pense que foi só em relação à permanência das forças portuguesas no Iraque, Afeganistão, Kosovo e Bósnia, o que sendo muito para quem contestou a intervenção não seria certamente bastante para quem já se arrependeu do atrevimento. Não, o que Freitas prometeu a Rice no curto encontro à margem da reunião foi muito mais do que isso.

Para além de ter eliminado quaisquer dúvidas quanto à sintonia existente entre S. Bento e a Casa Branca, Freitas manifestou a sua total disponibilidade para responder ao repto que Rice lhe terá feito de levar as relações entre os dois países para novos caminhos, «novas iniciativas», muito para além da rotina do costume.

O ministro não perdeu tempo e meteu mãos à obra. Afirma o Expresso do último sábado que Freitas do Amaral «está a estudar uma solução constitucional que permita a extradição de cidadãos de Portugal para os EUA, interdita desde 1908». Tarefa de vulto esta, já que a Constituição portuguesa proíbe expressamente a extradição para países onde exista a pena de morte, o que é o caso dos EUA. Assim sendo, a única «solução constitucional» será a alteração da Constituição para agradar a Washington, prova suprema de submissão. A menos que, Freitas, com a proverbial esperteza saloia, esteja a pensar em colocar ao largo uns barcos com pavilhão de aluguer para despachar os suspeitos de terrorismo procurados pelos EUA.

Pelo caminho, trocaram-se convites para visitas a Portugal e aos EUA, com a benção de Sócrates e de Bush."

Eu só gostava de acrescentar este facto, o presidente Colombiano, Álvaro Uribe, prende os seus compatriotas, geralmente apenas os das FARC, e envia-os para os EUA e assim trata guerrilheiros como se fossem narcotraficantes.

Será que em Portugal também vamos assistir a cidadãos a serem presos e a serem enviados para os EUA? Talvez uns comunistas? O Hitler também deitou fogo ao Reichstag e depois deitou as culpas aos comunistas.

Mas fica claro que a pele de cordeiro finalmente caiu, eu continuo com a minha pele de sempre.

Um abraço,

Paulo Miguel

Comentários: (0) Posted by pauloborgesmiguel at 02:49 PM

Um bloco de causas adiadas

Avante

"Um bloco de causas adiadas

Jorge

Cordeiro

Lê-se por aí que no rescaldo do debate parlamentar sobre o aborto, o PSD se mostra triunfante, sem o assumir publicamente, por ter visto “ adiada a questão para as «calendas»”. A expressão pode ser suficiente para avaliar do resultado final. Mas será insuficiente para ajuizar com mais rigor as opções adoptadas e identificar responsabilidades que permitiram à direita, e aos apoiantes da criminalização das mulheres portuguesas, recuperar a voz e a sua secular arrogância dois meses após uma expressiva derrota eleitoral.

O «cantar vitória da direita» é inseparável da opção que PS e BE assumiram de relegar para um referendo o que com toda a legitimidade, eficácia e prontidão a Assembleia da Republica podia ter resolvido. Assim foi. Porque para o PS, com uma longa história de cedências e de dupla cara quanto à matéria, esta é a decisão que melhor conduz a um lavar de mãos e à possibilidade de manter a questão prisioneira do acordo celebrado por Guterres com o PSD em 1998. E porque para o BE as «causas» só o são na medida em que delas possa resultar qualquer crédito que possa alimentar o seu inesgotável egoísmo partidário. Para o BE a eficácia e o êxito das causas pelas quais diz lutar são subsidiárias face ao protagonismo que em alternativa julgue delas poder obter proveito.

Mesmo que daí resulte comprometê-las ou levá-las à derrota. Foi assim, num passado recente, com a ilusão alimentada pelo lançamento de uma petição para convocar um referendo, à boleia do qual o PS suporta agora, invocando coerência com então, a não assunção das sua responsabilidades políticas. E é agora de novo, estendendo ao PS e à direita, em simultâneo, o tapete pelo qual pode vir a passar o adiamento de uma solução que tarda e envergonha o país e a democracia. No BE mora, sob a capa do radicalismo mais inconsequente, um indisfarçável taticismo próprio do oportunismo político.

O argumento usado por Ana Drago em defesa do referendo (por alternativa à aprovação da Lei no Parlamento) de que esta podia conduzir ao «risco de ter sobre esta lei algum tipo de guerrilha por parte da direita» é um monumento ao oportunismo e ao radicalismo mais infantil. "

Um abraço,

Paulo Miguel

Comentários: (0) Posted by pauloborgesmiguel at 10:52 AM

PCP de Odivelas organizou debate sobre o 25 de Abril!

O Partido Comunista Português de Odivelas organizou um debate sobre o 25 de Abril.

Este debate teve lugar na Biblioteca Municipal de Odivelas, durante a tarde de sábado e teve na plateia mais de meia centena de pessoas que participaram activamente neste encontro, enriquecendo-o com as suas memórias e as suas vivências do dia em que Portugal foi libertado da ditadura.

Na mesa, além dos membros do PCP que organizaram o debate, estiveram dois convidados, Domingos Abrantes dirigente histórico do PCP e o Coronel Vilalobos Filipe.

Um abraço,

Paulo Miguel

Comentários: (0) Posted by pauloborgesmiguel at 12:15 PM

Uma vergonha!

Ver artigos de hoje no DN

Em Timor, a Igreja tenta jogar um jogo que há muito abandonou nos países desenvolvidos. A tentativa de domínio levada a cabo pela Igreja católica em Timor, com o pretexto do combate ao fim da obrigatoriedade das aulas de religião e moral decretada pelo governo, só engana mesmo o povo Timorense, infelizmente ainda sob a alçada de uma Igreja que durante 25 anos de ocupação Indonésia poucas manifestações gostava de fazer, ou será que fez alguma durante esse período?

Na semana passada começaram a ser dadas notícias sobre este caso, na altura depois de entrevistado um ministro Timorense, o mesmo acusou a Igreja em Timor de estar a preparar um golpe contra o governo democraticamente eleito, em resposta foi dada uma entrevista ao bispo de Dili que logo se aprontou a desmentir tal coisa, a Igreja não tinha nada a ver com as manifestações, era uma demonstração de insatisfação do povo, nada mais.

Ontem nos jornais do almoço das televisões Portuguesas eis que aparecem imagens destas manifestações “espontâneas” do povo Timorense em defesa da obrigatoriedade das aulas de religião e moral, com o bispo de Dili a fazer um discurso para milhares de fieis desculpem, manifestantes, com a primeira linha da plateia repleta de freiras.

Não escolhi ingenuamente a imagem para colorir o artigo, há certos presentes que aguardam sempre retribuição ou então a devolução de “presentes”.

Aguardo sinceramente que o Presidente Xanana Gusmão faça ver á Igreja Católica qual é o seu lugar, ou então devolva os “presentes”.

Por outro lado lanço um desafio à Igreja Católica Apostólica Romana, tentem fazer o mesmo em Portugal ou em outro País Europeu desenvolvido! Tentem!

Comprar “guerras” com os fracos é tão próprio dos cobardes, não é!

Tentem tornar as aulas de religião e moral obrigatórias em Portugal! Tentem!

É tão fácil manipular multidões de pessoas, principalmente quando essas pessoas sofreram durante 25 anos uma ocupação atroz, que além da liberdade roubada viram o seu futuro hipotecado com a falta de um sistema de educação que lhes permitisse hoje não estar nesta situação.

Quando o Mundo todo já fez ver á Igreja que a Idade Média já acabou e que os estados são laicos, eis que ela começa a tentar novamente estender os seus tentáculos por campos há muito abandonados.

Cuidado, nem todos dormem!

Eu não descansarei, como não descansei enquanto Timor não obteve a sua independência!

Um abraço,

Paulo Miguel

Comentários: (0) Posted by pauloborgesmiguel at 09:46 AM

As portas que Abril abriu jamais se fecharão!

DIA 25 DE ABRIL - 2ª feira

DESFILE

DO MARQUÊS DE POMBAL PARA O ROSSIO

INÍCIO ÀS 15H00

A LIBERDADE ESTÁ NA RUA

UM ABRAÇO

Paulo Miguel

Comentários: (3) Posted by pauloborgesmiguel at 03:08 PM

Com a luta do Povo o bicho sempre caíu!

Caiu Gutiérrez!

por Eduardo Tamayo

QUITO (ALAI-AMLATINA), 20/04/05 — O Congresso, por 60 votos a favor, cessou o mandato do Presidente Lucio Gutiérrez e nomeou em sua substituição o vice-presidente Alfredo Palacio, em resultado das multitudinárias manifestações de repúdio ao seu regime corrupto e autoritário.

No momento de assumir o comando, o novo presidente Palacio assinalou que "não haverá perdão nem esquecimento" para as pessoas que violaram a Constituição nem para os opressores. Pouco antes, em declarações à imprensa estrangeira, Palacio assinalou que se deve esclarecer as responsabilidades pela situação de inconstitucionalidade e pela repressão.

Para o novo mandatário, a solução da crise tem aspectos de legalidade e legitimidade, nenhum dos quais pode ser superado simplesmente com a mudanças dos tribunais ou da cabeça do governo, o que significa que nos atenhamos à constituição e à lei. Exige mudar não só os tribunais como também o Tribunal Constitucional e sobretudo o Tribunal Supremo Eleitoral. (Estes três organismos legais foram objecto da repartição inconstitucional do passado mês de Dezembro). "Uma vez que tenhamos este quadro legal muito claro, então poderemos sentar-nos para discutir os graves problemas de legitimidade". Reconheceu que a cidadania é uma força importante e deve ter participação nos planos que elaborem os partidos políticos e no governo.

Em consequência da repressão brutal à multitudinária marcha pacífica efectuada na noite de 19 de Abril em Quito, e do assassinato do fotógrafo Julio Garcia, as manifestações de protesto radicalizaram-se exigindo a saída do Presidente Lucio Gutiérrez e de todos os poderes do Estado.

O regime começou a desmoronar-se com a renúncia do Comandante Geral da Polícia, general Jorge Póveda, ocorrida ao meio dia de hoje 20, como consequência da repressão que ordenara no dia anterior. Ao mesmo tempo, a oposição do Congresso destituiu o Presidente Omar Quintana, militante do Partido Roldosista Equatoriano e próximo a Abdalá Bucaram, o qual regressou do Panamá quando um tribunal oficialista anulou o processo contra si.

A razão invocada pelo Congresso é o "abandono do cargo", devido ao facto de que Lucio Gutiérrez havia assumido poderes ditatoriais. Esta decisão foi ratificada com o anúncio do Comando Conjunto das Forças Armadas de que retirava seu apoio ao ex-presidente Gutiérrez.

Desde horas bem matutinas, estudantes de colégios e universidades manifestaram-se nas ruas de Quito, com o "mochilazo". Os e as jovens tomaram a batuta das lutas do dia anterior e lançaram em direcção ao Congresso Nacional com a intenção de continuar para o Palácio do Governo. Nas ruas foram duramente reprimidos por polícias armados de gases lacrimogéneos e carros antio-motins. Isto causou novos feridos, jovens asfixiados e vários detidos. Mas o mais grave foi o ataque perpetrado a partir do Ministério do Bem Estar Social pelos grupos de sicários partidários do governo, que dispararam e feriram vários manifestantes.

Ao mesmo tempo, grupos de cidadãos e cidadãs indignados interromperam as principais vias de acesso à capital para impedir a entrada de partidários de Lucio Gutiérrez que o governo transportava em autocarros de Guayaquil e outras cidades do país. Vários deles, entretanto, entraram durante a madrugada, armados com paus, chuços e armas de fogo, e dedicaram-se a amedrontar grupos estudantis e de cidadãos e a criar um ambiente de caos na cidade.

Mulheres, estudantes de colégios e de universidades, empregados públicos e privados, colocaram seus veículos em rotundas estratégicas de entrada em Quito a partir dos vales pelos quais chagariam os autocarros. Junto ao bloqueio, os cidadãos e cidadãs concentraram-se indignados pela escalada repressiva sem precedentes e pela militarização.

Os protestos acentuaram-se hoje a seguir à desmedida repressão à marcha pacífica que concentrou ontem mais de 50 mil manifestantes, a maior demonstração contra o governo de Lucio Gutiérrez. Famílias inteiras, mães com meninos/as de colo, jovens, empregados e trabalhadores, universidades estatais e privadas, concentraram-se na denominada Cruz del Papa, um lugar simbólico no qual João Paulo II manifestou que "no Equador ninguém poderá dormir tranquilo enquanto houver uma criança com fome".

Com bandeiras do Equador e a cantar o Hino Nacional, a multidão dirigiu-se para o Palácio do Governo, gritando "Lucio Fora", "Que se vayan todos", "Cárcere para Bucaram". Centenas de carros acompanhavam a marcha, levando bandeiras do Equador e fazendo tocar as buzinas.

O governo ordenou "repelir com tudo a manifestação". Em resultado desta decisão, 181 pessoas ficaram contundidas e asfixiadas e o fotógrafo chileno-euquatoriano Julio Garcia, de 58 anos, morreu asfixiado pela inalação de gases tóxicos. Momentos antes, Garcia vituperava os polícias pela brutal repressão que afectou mulheres e crianças, conforme mostrou um canal de televisão. Garcia exilara-se no país durante a época da ditadura Pinochet, era um profissional identificado com os sectores populares, que trabalhou em projectos de comunicação e educação popular. Sua morte causou comoção e aumentou a indignação dos milhares de manifestantes que gritavam "assassino", "assassino".

O sacrifício de Juilio, as centenas de feridos, golpeados e asfixiados, bem como a luta de milhares de "foragidos e foragidas", como se autodenominam os manifestantes contra o governo, não foi em vão.

O movimento auto-convocado nas ruas foi um sopro de ar fresco, em recusa à velha política, aos pactos e conciliábulos dos partidos políticos no Equador.

O original encontra-se em http://alainet.org

Caiu o melhor aliado de Bush

QUITO (ALTERCOM), 20/04/05/12h00 locais — "O que cala consente" disse o povo de Quito perante o silêncio de KK, a embaixadora estadunidense, senhora solta de língua em todas as situações e visitante assídua dos quartéis. A repressão desencadeada na noite do dia 19 e na madrugada deste 20 de Abril está a repetir-se nas ruas da cidade de Quito ao meio dia. Na noite passada foram famílias inteiras, crianças, mulheres, anciãos, que foram confrontados com brutalidade pela polícia nacional. Hoje são estudantes secundários que com o mesmo objectivo, "Lucio fora", retornaram às ruas do centro norte da cidade desobedecendo a ordem de interrupção de aulas dada pelo ministro do ramos às primeiras horas da manhã.

A cidadania foi surpreendida por duas deserções importantes da equipe do governo. A declaração da Primeira Dama e deputada nacional, Ximena Bohórquez: "eu também sou foragida", que numa nova confrontação com o seu esposo evidencia o seu repúdio à política do governo nacional, e a renúncia do Comandante Geral da Polícia, Jorge Poveda, que manifestou o seu desacordo com a repressão contra o povo de Quito, ordenada pelos seus superiores, ou seja, o ministro do Governo Oscar Ayerve e o próprio Presidente da República, coronel Lucio Gutiérrez. Poveda disse ser "um homem do povo" e assegurou que "frente a esta violência que se gerou, lamento a violência produzida no dia de ontem" e augurou que a nação encontre saída para a crise provocada pela "irresponsabilidade política". A sucessão dentro da cúpula policial poria num alto posto, ainda que por horas, o primo do presidente da República, general Marcelo Vega Gutiérrez.

As barricadas nas principais vias de acesso à cidade foram levantadas por moradores para impedir a entrada de centenas de compatriotas pobre trazidos da costa e da amazónia equatoriana pelo partido do governo para confrontar os protestos quitenhos. A polícia nacional, longe de cumprir com a sua obrigação de manter a ordem, escoltou as caravanas governistas para que pudesse entrar na cidade armadas com facões, o que provocou vários feridos entre os pacíficos manifestantes quitenhos.

Com a convicção de que o poder reside nas instalações do palácio do governo, o coronel Guitérrez entrincheirou-se nos seus gabinetes presidenciais com uma impressionante custódia militar e policial de aproximadamente 4000 efectivos, nas cercanias. Vários cercos que já foram rompidos por manifestantes que enfrentam desarmados as forças repressivas.

Pelo seu lado, uma maioria do Congresso Nacional (61 de 100) instalou-se nos edifícios da CIESPAL para destituir, numa primeira instância, o presidente do Congresso Nacional, o militante Roldosista Equatoriano Omar Quintana e votar a favor de uma resolução que cessa as funções do primeiro mandatário. Nomeou a deputada Cynthia Viteri como vice-presidenta da Legislatura e acaba de destituir o presidente da República por abandono do cargo.

A Igreja Católica, através do seu porta-voz, pediu ao governo que valorize correctamente a situação e que este não desemboque na anarquia ou na ditadura.

Aparentemente, as horas do presidente Gutiérrez estão contadas após os erros em cadeia cometidos nas últimas semanas e meses, que levantaram a indignação do povo de Quito.

O original encontra-se em http://www.altercom.org/

Mais notícias em:

· http://www.radiolaluna.com/

·http://ecuador.indymedia.org/

Estas notícias encontram-se em http://resistir.info/ .

Comentários: (0) Posted by pauloborgesmiguel at 02:08 PM

«O povo unido jamais será vencido»

edição de hoje do Avante

"Equatorianos exigem demissão de Lúcio Gutierrez

«O povo unido jamais será vencido»

Uma semana de protestos no Equador obrigaram Lúcio Gutierrez - hoje apoiado pelos EUA - a recuar na substituição da Corte Suprema de Justiça, mas o povo mantém a exigência de renúncia do presidente.

A maioria dos deputados do congresso equatoriano aprovaram, segunda-feira, a proposta de revogação do decreto presidencial apresentada pela oposição. Os 89 parlamentares presentes na sessão concordaram, ao fim de mais de seis horas de debate e outros tantos dias de intensos protestos populares, em deixar sem efeito a «limpeza» que Gutierrez tentou, desde o passado dia 8 de Dezembro, fazer na Corte Suprema de Justiça.

A decisão representou a derrota parcial do presidente, não só porque não garantiu a «restruturação» imposta no sistema de justiça, como ainda se viu envolvido em suspeitas de favorecimento aos ex-presidentes Gustavo Naboa e Abdalá Bucaram, uma vez que os juizes nomeados recentemente por Gutierrez anularam os processos pendentes contra os seus antecessores.

O carácter despótico das medidas e o tráfico de influências apontados pela oposição parlamentar e pelas massas nas ruas ganham razão de facto quando se soube que, no dia da votação no parlamento, Gutierrez encontrava-se numa cidade costeira eleitoralmente dominada pelo partido de Bucaram e aguardava uma manifestação de apoio ao seu mandato e orientação política neoliberal.

Mobilização antecipou golpe

Cansados de discursos socialmente conscientes durante as campanhas eleitorais que resultam, posteriormente, em exercícios presidenciais corruptos e servis dos interesses do grande capital transnacional, sobretudo o norte-americano, os equatorianos cumpriram uma greve parcial na manhã da quarta-feira da semana passada, iniciativa à qual sucedeu uma mobilização sem precedentes no país.

Nesse mesmo dia, milhares de jovens, trabalhadores, estudantes e camponeses indígenas realizaram protestos dispersos pela capital, Quito, quase todos alvo de repressão policial.

Os órgãos de comunicação social viram algumas linhas e canais de informação serem bloqueados alegadamente a mando do governo, mas o processo de contestação assumia-se imparável e as ondas de rádio dinamizaram a onda de repúdio popular.

Dos microfones da Rádio La Luna saía, ao final da tarde, o apelo para que a população continuasse a desfilar pelas ruas de Quito em protesto contra a inconstitucional «restruturação» do poder judicial e a privatização de sectores chave da economia.

De vários pontos da cidade, milhares de pessoas empunhando bandeiras nacionais marcharam pacificamente até à Corte Suprema de Justiça, mas a concentração foi pouco depois desmobilizada pelas autoridades numa demonstração brutal da repressão a que Gutierrez estava disposto a deitar mão em nome da manutenção do poder.

Diante da violência, a resposta das massas foi ainda mais determinada. Muitos dos manifestantes, inconformados, dirigiram-se à residência particular do presidente para exigirem a sua demissão gritando «Lúcio fora» e «o povo unido jamais será vencido».

Nos dias que se seguiram o «povo unido» nunca se calou. Cada mobilização trazia um novo objecto – panelas, buzinas, tachos, papel higiénico para limpar o executivo corrupto – mas as razões foram sempre as mesmas: rejeitar liminarmente o Tratado de Livre Comércio com os EUA, a alienação dos recursos naturais, a participação do Equador no Plano Colômbia de agressão norte-americana contra as FARC e denunciar a imunidade concedida por Gutierrez aos militares dos EUA no país, medidas acordadas entre o presidente, os representantes do capital equatoriano, a embaixada dos EUA e o chefe do Comando Sul do exército norte-americano, o general Myer.

«Ditadura» resistiu 24 horas

Numa tentativa de atalhar a crescente contestação de massas que diariamente não desmobilizava das ruas da capital, apoiado na sua decisão pelas forças armadas dos EUA, Gutierrez instaurou, na noite de sexta-feira, o estado de emergência na província de Quito e restringiu as garantias constitucionais de livre expressão, manifestação e movimentação individual.

Horas antes da comunicação televisiva de Gutierrez, ladeado pela cúpula militar, o povo, avisado da possibilidade de instauração de um regime «musculado», continuou o protesto nas ruas dispondo apenas do direito à indignação, da vontade colectiva de correr com o presidente e seus capangas e com a política neoliberal que traiu as esperanças de milhares de equatorianos.

Um grupo de provocadores munidos de armas e garrafões de gasolina, enviados pelo governo, tentou cortar a voz da Rádio La Luna, mas a rápida intervenção popular desmontou a intentona.

Entre a madrugada de sexta-feira e a noite de sábado, as horas de incerteza deram lugar a uma vitória popular sobre a tentativa de instauração de uma ditadura.

Apesar de Gutierrez ser sustentado pelas cúpulas militares, as forças armadas não responderam em força como esperava o presidente e os seus aliados, e até o presidente da câmara da capital, Paco Moncayo, criticou a medida qualificando-a de autocrática e lesiva dos direitos dos cidadãos. O autarca apelou à população para que se mantivesse concentrada, mobilizada e anunciou o início de uma campanha internacional contra a ditadura de Gutierrez.

Na tarde se sábado, os rumores de dissolução do parlamento aumentaram os receios de um quadro golpista, mas Gutierrez foi obrigado a ceder e levantou o estado de emergência anunciando a convocação de uma sessão extraordinária no Congresso Nacional.

Os problemas e as razões populares são, porém, mais profundas. Fundamentam-se na rejeição da impunidade, de um modelo económico e social antagónico às necessidades reclamadas pela maioria dos cidadãos, pelo direito à soberania. Por isso, a noite de sábado continuou a ser de contestação em Quito, cenário que, a julgar pela força da acção das massas, pode precipitar o país num novo acto eleitoral antes do agendado para 2007."

Um abraço,

Paulo Miguel Comentários: (0) Posted by pauloborgesmiguel at 12:16 PM

Rádio do PCP na Internet

PCP

"Sobre a rádio do PCP na Internet

Declaração de Octávio Augusto, da Comissão Política do PCP

20 de Abril de 2005

A ideia deste encontro é dar-vos a conhecer um novo projecto do PCP no domínio das novas tecnologias de informação e comunicação: A rádio do PCP na Internet.

Na sequência da experiência bem sucedida na anterior campanha eleitoral para a Assembleia da Republica, em que a Rádio da CDU on-line excedeu largamente as expectativas iniciais, garantido ao longo de um período que se estendeu entre 21 de Janeiro e 18 de Fevereiro uma emissão diária de informação alargada sobre a campanha da CDU, a equipa empenhou-se numa linha de trabalho que lhe desse continuidade.

Surge assim o projecto COMUNIC, A Rádio do PCP na Internet.

Todas as quintas feiras, entre as 15 e as 18 horas, o público poderá aceder ao endereço www.comunic.pcp.pt e ouvir a emissão semanal, de 3 horas, em directo, que será colocada em arquivo e disponível para consulta na sexta-feira seguinte e até à nova emissão. Trata-se de uma aposta do PCP nesta nova forma de comunicação em que se pretende dar a conhecer o passado, o presente e a aposta no futuro, em formatos de crónica, entrevista e reportagem, dando cobertura às propostas e à acção do PCP, ao mesmo tempo que se abordarão temas da actualidade, de natureza política, social, cultural, etc.

A Rádio do PCP será também veículo privilegiado para a divulgação da Festa do «Avante!» da sua história, construção, e programação.

Assim, na 1ª emissão, que terá lugar amanhã, em que o tema central será o 25 de Abril destacamos:

- Uma entrevista a Bernardino Soares, da Comissão Politica e líder da bancada parlamentar do PCP, sobre a acção dos deputados comunistas nas 1ªs semanas de funcionamento desta Legislatura

- O testemunho de José Carlos Almeida, o último funcionário do PCP a ser preso antes do 25 de Abril, e um dos últimos presos políticos a ser libertado.

- O Fórum da COMUNIC, um espaço interactivo de diálogo entre o PCP e os seus ouvintes, que conta, esta semana, com a presença de Jorge Pires, da Comissão Política do PCP. Os ouvintes poderão participar no Fórum através do telefone 217813824 ou do e-mail comunic@pcp.pt

Semanalmente, para além da agenda do PCP, haverá lugar a notícias e comentários sobre a actividade na Assembleia da Republica e no Parlamento Europeu, a Emigração e uma crónica sobre Politica Internacional."

O PCP na linha da frente das novas tecnologias.

Um abraço,

Paulo Miguel Comentários: (1) Posted by pauloborgesmiguel at 04:53 PM

Joseph Ratzinger o novo Papa?

Até os católicos ficaram com aquele sorriso amarelo e com aqueles "viva o papa" meio engasgados, Saramago disse que "a inquisição subiu ao poder" e "Deus nos ajude com o novo Papa", o DN traçou a biografia de Joseph Ratzinger, entre outras coisas diz que pertenceu à Juventude Hitleriana, era obrigatório na altura, diz o DN, e alistou-se na infantaria alemã da qual desertou quando soube que os aliados estavam à porta, sendo mais tarde capturado e preso quando identificado como soldado alemão.

O recém nomeado tribunal da Santa Inquisição (Doutrina e Fé) tinha como responsável máximo Ratzinger, esperemos que o novo “posto” lhe traga a luz que ele precisa, para sair daquele lugar escuro onde andou durante estes anos todos, e que os católicos tenham a tão esperada “abertura” por parte da Igreja.

Um abraço,

Paulo Miguel Comentários: (2) Posted by pauloborgesmiguel at 02:05 PM

"Chaupi" Ditadura no Equador

Resistir

'Chaupi' ditadura no Equador [1]

por Manuel Salgado Tamayo [*]

O coronel Lucio Gutiérrez, rodeado pelo Alto Comando das Forças Armadas Equatorianas, às 21h30 de sexta-feira 25 de Abril leu o decreto que declara o Estado de Emergência no Distrito Metropolitano de Quito, na Província de Pichincha. Suspende assim a vigência dos direitos humanos e constitucionais como a liberdade de opinião e de expressão, a inviolabilidade do domicílio, a inviolabilidade e o segredo da correspondência, o direito de transitar livremente pelo território nacional, a liberdade de associação e de reunião, dentre outros.

O Decreto dissolve o Tribunal Supremo de Justiça, nomeado por uma maioria parlamentar adicta ao próprio governo, em 8 de Dezembro de 2004, num acto ditatorial que viola a Constituição Política — que não confere ao Presidente faculdades para intervir nos demais poderes do Estado — e, finalmente, dispõe a mobilização, desmobilização e requisições que as Forças Armadas e a Polícia Nacional deverão executar.

O decreto tenta ser uma resposta, desesperada, do coronel Gutiérrez à crescente mobilização e protesto do povo equatoriano pela consumação da impunidade em favor dos ex-governantes Abdalá Bucaram, Alberto Dahik e Gustavo Noboa, que roubaram a mãos cheias os recursos públicos e que agora retornaram pimpões ao país, beneficiando-se de uma resolução do espúrio presidente do Tribunal Supremo de Justiça, Pichi Castro.

Em meio ao clima de tensão em que vive o país devido ao Estado de Emergência, destinado a reprimir o povo, circularam rumores sobre a existênia de fissuras na frente militar, uma vez que alguns oficiais se teriam negado a cumprir tarefas punitivas. Adicionalmente, o Juiz Décimo Quarto do Tribunal Penal de Pichincha, acolhendo uma denúncia das organizações de direitos humanos, tornou sem efeito o Decreto de Emergência de Gutiérrez, que poderia ser revisto nas próximas horas pelo próprio presidente, habituado a fazer e desfazer os seus próprios actos.

AS MIL FORMAS DE RESISTÊNCIA POPULAR

A resistência popular ganhou um aspecto inesperado depois de fracassar a paralisação convocada terça-feira 12 de Abril pelo Partido Social Cristão, pela Esquerda Democrática e pelo Movimento Pachakutik. O povo deu-se conta de que todas as forças políticas presentes no Congresso Nacional, no Executivo e no Poder Judicial são coresponsáveis pelo desastre nacional a que Lucio Gutiérrez conduziu e, por isso, o movimento espontâneo de massas levantou uma palavra-de-ordem que se estende desde o seu epicentro em Quito até o resto do Equador: ¡Que se vayan todos!

A criatividade do povo utilizou formas simbólicas diversas para promover uma resistência pacífica que aumenta com a passagem das horas. Panelas vazias que soam e se mobilizam a partir de todos os bairros de Quito conduzidas por grupos familiares; balões que arrebentam a uma mesma hora, em meio ao silênio da noite, simples pedaços de madeira transformados em tímbales que agoniam a surdez do ditador, tudo coordenado por uma equipe de jornalistas da Rádio La Luna, encabeçada por um radialista democrático e polémico, Paco Velasco, que acompanhou também os tempos de optimismo do 21 de Janeiro de 2000, quando parecia que a aliança de Lucio Gutiérrez e do seu grupo de militares com o Movimento Indígena era uma força social alternativa destinada a perdurar.

AS RAÍZES PROFUNDAS DO CONFLITO

Os partidos políticos das classes dominantes e as ONGs financiadas pelo Império empenharam-se em reduzir o conflito ao carácter ditatorial da destituição do Tribunal Supremo de Justiça anterior e a nomeação do actual em 9 de Dezembro do ano passado.

Na realidade, a maioria que tomou essa decisão, com os votos dos deputados do Partido do governo Sociedade Patriótica, do PRE do populista Abdalá Bucaram, do PRIAN do milionário Álvaro Noboa, do MPD de suposta filiação marxista-leninista, do CFP do solitário Jorge Montero, da DP e dos chamados independentes, que se vendem pela melhor oferta, não tinham faculdades constitucionais para tomar essa decisão e o acto era o segundo atropelo de uma maioria parlamentar contra uma decisão popular tomada na Consulta Nacional de 1997, que se havia pronunciado pela profissionalização e despartidarização do Poder Judicial no Equador.

A ausência de justiça no país e a cumplicidade do governo de Gutiérrez no perdão e esquecimento dos delitos cometidos por governantes e banqueiros é um elemento poderoso na génese do protesto popular, mas além disso estão presentes outros factores nos quais prolongam-se os resultados da crise financeira de fins do século XX e reproduzem-se outros impostos pelas políticas de condicionalidade do Fundo Monetário Internacional e a abertura unilateral que obriga o país aos compromissos contraídos com a Organização Mundial de Comércio, como: A quebra de centenas de empresas. O crescimento do emprego e do subemprego (nos dois anos de governo de Gutiérrez o desemprego cresceu de 8% para mais de 11%). A perda de poder aquisitivo dos salários. A deterioração dos serviços públicos. Os cortes das verbas orçamentais para educação, saúde, habitação, desenvolvimento comunitário. O crescimento explosivo da delinquência comum. A queda dos níveis de nutrição.

O fracasso da dolarização, que não regista a bondades preconizadas pelos seus defensores. Depois de cinco anos de vigência, mostra taxas de juros entre os 12% e os 16%, que são um atentado contra o investimento. A rigidez do esquema, que implica uma taxa de câmbio fixa, levou-nos a uma perda de competitividade brutal; a reprimarização da economia prossegue; as remunerações deterioram-se; o fosso entre ricos e pobre agiganta-se, o PNUD afirma que 43% do rendimento concentra-se em 10% da população, a pobreza afecta 42%, ao passo que 30% vive na pobreza extrema.

O pagamento da dívida externa transformou-se, com a cumplicidade do coronel Gutiérrez, numa bomba de sucção impossível de resistir e tolerar. Se em 1994 o serviço da dívida significava o pagamento de 769 milhões de dólares, em 2004 essa cifra aumentou para 3.795 milhões de dólares, pelo que para pagá-la há que aumentar a dívida interna e externa.

A BASE DE MANTA E O PLANO PATRIOTA

Além disso, a Base de Manta e a submissão do coronel aos desígnios de Bush e de Uribe Vélez na execução do Plano Colômbia e do Plano Patriota, significaram uma distribuição de milhões de dólares para financiar a mobilização na fronteira norte, com a Colômbia, de uma operação de mais de 12 mil soldados que participam nas tarefas de contra-insurreição, concebidas pelos assessores ianques, o que implica o abandono da tradicional política internacional de princípios, baseada no respeito ao direito à auto-determinação dos povos e uma trágica perda de soberania que nos transforma numa semi-colónia norte-americana. A sensação de que o país se desintegra e se arruina com a cumplicidade de um coronel traidor que não tem sentido de Pátria nem de dignidade aumenta ao comprovar a forma servil e irresponsável como se negocia o Tratado de Livre Comércio com os Estados Unidos da América.

O resultado social mais dramático e doloroso é a explosão migratória que, entre 1996 e 2004, atingiu um milhão e meio de pessoas, ou seja, o mesmo número de compatriotas, aproximadamente, que abandonou o país no meio século anterior.

Todos estes factores fazem a Agenda, elaborada por milhões de mulheres e de homens, de todas as idades, que vão tomando progressivamente as ruas e praças do país para exigir que se vá o traidor e que se inicie o esforço colectivo pela restauração da pátria.

AS MULETAS DO 'CHAUPI' DITADOR

Gutiérrez suportou várias tormentas com o apoio invariável da Embaixada Americana, do Partido Social Cristão e de Febres Cordero que o utilizou dois anos; da social-democracia local, representada pela ID, que sofreu uma paulatina direitização que a levou a caminhar pelas trilhas da privatização e da terciarização neoliberal, na administração dos governos locais, assim como a coincidir no projecto anti-democrático do bipartidarismo concebido por Febre Cordero com o método Imperial e, para cúmulo, um dos seus deputados, Guillermo Haro, esteve ao serviço do Império perseguindo os familiares dos insurgentes colombianos que supostamente vivem no Equador.

Outra das muletas de Gutiérrez foi o insólito MPD, de suposta filiação marxista-leninista, que serve o regime com o silêncio e a desmobilização de uma parte do magistério e da Universidade Central, em troca de altos postos na burocracia. E, agora, também com o jogo de interesses do PRE, uma das estruturas políticas mais corruptas da nação e o PRIAN, do milionário mas pouco favorecido pelo talento Álvaro Noboa, que sonha ser Presidente da República.

PARA ONDE VAI O EQUADOR?

Como se vê, há um actor espontâneo de primeira grandeza: as massas de cidadãos empobrecidos. Existe também um Programa ainda não consensualizado de modo suficiente. As formas de luta são muito criativas. O que não vemos e terá de ser construído é o sujeito político capaz de vertebrar e organizar todo este processo para dar-lhe uma saída em meio a um panorama latino-americano caracterizado pela presença de um bloco alternativo de poder que, com sabedoria e audácia, Fidel Castro e Hugo Chávez vão construindo.

[1] 'Chaupi' é uma palavra quicha que significa metade ou meia.

[*] Professor da Universidade Central do Equador

O original encontra-se em http://www.anncol.org/side/1286

Comentários: (0) Posted by pauloborgesmiguel at 11:03 AM

Jornadas CDU em Odivelas

Jornadas da CDU Com a População - Melhor Concelho de Odivelas Iniciaram-se no dia 16 sábado, as Jornadas da CDU no concelho de Odivelas.

Durante a manhã, por todo o concelho, activistas da CDU contactaram com a população e divulgaram o programa das Jornadas.

À tarde realizou-se a primeira dum conjunto de iniciativas que decorrerão até 14 de Maio, dia do encerramento destas Jornadas da CDU no concelho de Odivelas.

Um abraço,

Paulo Miguel Comentários: (0) Posted by pauloborgesmiguel at 02:42 PM

Ilídio Ferreira

Ilídio Ferreira

Cabeça de lista da

CDU à Câmara

Municipal de Odivelas

Curriculum

Nome : Ilídio de Magalhães Ferreira

Profissão : Assessor de Direcção

Habilitações : Frequência do curso de

Medicina na Universidade de Medicina de

Lisboa

Actividade Política e Cívica :

- Activista da JAC – Juventude Agrária

Católica (1950 a 1958)

- Activista do Movimento Católico

Progressista “Para um Mundo Melhor”

(1965 a 1970)

- Membro da Comissão Fabriqueira da

Paróquia do Lumiar (1970 a 1973)

- Sindicalista (1969 a 1992)

- Fundador e Dirigente da Associação de

Pais da Escola Secundária de Odivelas

(1978 a 1985)

- Fundador e Dirigente da Associação

Comunitária Infantil e Juvenil da Ramada

(1992 a 1997)

- Presidente da Assembleia Geral do

Odivelas Futebol Clube (1995 a 1996)

- Candidato pela CDU à Assembleia da

República (2001 e 2005)

- Membro da Direcção Concelhia de

Odivelas do PCP e do seu Executivo

Autarca desde 1983:

- Membro da Assembleia de Freguesia de

Odivelas (1983 a 1986)

- Secretário da Junta de Freguesia de

Odivelas (1986 a 1990)

- Presidente da Comissão Instaladora da

Freguesia da Ramada (Agosto.1989 a

Janeiro.1990)

- Presidente da Junta de Freguesia da

Ramada (1990 a 2004)

- Membro das Assembleias Municipais de

Loures e de Odivelas – por inerência (1990

a 2004)

Mensagem de Ilídio Ferreira

"Caros Habitantes do Concelho de Odivelas

O concelho de Odivelas foi criado com condições para ter

pleno sucesso. Não era difícil. Mas assim não aconteceu.

Não foi conseguido o seu desenvolvimento equilibrado e

sustentado. A qualidade de vida a que os munícipes

aspiravam, em muitos aspectos em vez de melhorar

degradou-se. A situação económica e financeira do

município é muito grave, devido a opções políticas

erradas. As instalações dos serviços camarários estão

dispersas por numerosas lojas. O urbanismo é

exageradamente denso e caótico por cedência aos

interesses financeiros.

A população mostra-se descontente com o caminho que

o concelho de Odivelas leva.

Foram sete anos de oportunidades perdidas.

A posição da CDU é a de colocar a Câmara ao serviço

exclusivo da população do concelho , liberta de grupos

que têm por objectivo apenas o lucro fácil, daí resultando

consequências desastrosas para o seu futuro.

A minha candidatura, e a de toda equipa da CDU que

comigo concorre nestas eleições autárquicas para a

Câmara de Odivelas, tem este propósito firme, inabalável

e sem hesitações. Cumprirá!

Ilídio Ferreira"

Um abraço,

Paulo Miguel Comentários: (0) Posted by pauloborgesmiguel at 10:02 AM

Um site a propósito da "cimentização" de Odivelas.

O blog http://odivelasdecimento.blogs.sapo.pt/ coloca em discussão o problema que preocupa os habitantes de Odivelas, o crescimento do Betão.

Vesitem e deixem a vossa opinião.

Um abraço,

Paulo Miguel Comentários: (1) Posted by pauloborgesmiguel at 03:48 PM

A nossa policia continua a falhar!

Uma familiar minha foi ontem assaltada no metro, o carteirista roubou-lhe o telemóvel.

Desconfiada de quem teria sido o meliante, dirigiu-se a um segurança ao qual fez a descrição do rapaz.

O segurança respondeu-lhe que a sua descrição coincidia com outra feita anteriormente, só que ele já tinha solicitado a presença da policia, mas responderam-lhe que todos os efectivos estavam no estádio de Alvalade a acompanhar o jogo do Sporting com o Newcastle.

Senhores carteiristas, ladrões e demais meliantes, no próximo jogo do Sporting ou Benfica, podem assaltar a cidade de Lisboa, porque a Policia, está toda na Bola!

Um abraço,

Paulo Miguel

Comentários: (1) Posted by pauloborgesmiguel at 03:29 PM

A "falhazinha" do Correio da Manhã!

Correio da Manhã

O Correio da Manhã esqueceu-se apenas de mencionar que João Goulão é membro do PCP e que foi cabeça de lista pelo distrito de Faro nas eleições legislativas de 2002, fica aqui a correçãozinha.

artigo do CM

“João Goulão vai assumir presidência do IDT

O médico João Goulão aceitou o convite para assumir o cargo de presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), sucedendo a Nuno Freitas, que apresentou a semana passada a sua demissão ao ministro da Saúde, Correia de Campos.

João Goulão, de 49 anos, esteve já à frente do Serviço de Prevenção e Tratamento da Toxicodependência (SPTT) que, juntamente com o Instituto Português da Droga e da Toxicodependência (IPDT), deu origem ao IDT.

O novo presidente do IDT, organismo responsável pela definição das políticas de luta contra a droga e combate à toxicodependência, desempenha actualmente as funções de coordenador para a área dos Serviços de Saúde na Casa Pia de Lisboa, cargo que ocupa desde 2003.

João Goulão, natural de Cernache de Bom Jardim, licenciado pela Faculdade de Medicina de Lisboa (1978), começou a trabalhar na área da toxicodependência em 1987, tendo aberto o CAT de Faro em 1988.

Em 1992, foi nomeado director-regional do Algarve do Serviço de Prevenção e Tratamento da Toxidependência (SPTT), assumindo a presidência do Conselho de Administração do SPTT em 1997.”

Um abraço,

Paulo Miguel

Comentários: (2) Posted by pauloborgesmiguel at 02:18 PM

Obituários

Avante

"Obituários

Por Anabela Fino

No último sábado, a Biblioteca-Museu da República e Resistência serviu de palco a um estranho conclave: um grupo composto quase exclusivamente por ex-comunistas, de longa data ou nem tanto, assumidos ou nem por isso, marcou encontro para homenagear (?) Bento Gonçalves, secretário-geral do PCP morto no campo de concentração do Tarrafal em 1942.

De Mário Soares a Carlos Brito, de Edmundo Pedro a Fernando Vicente - segundo reza a notícia do Público do passado domingo -, sem esquecer a imprescindível poesia de Manuel Alegre para dar um toque cultural ao conciliábulo, as intervenções tiveram a particularidade de convergir não apenas no ponto de partida, o homenageado, o que seria normal, mas também no ponto de chegada, o ataque ao PCP, o que sendo menos curial era no entanto bastante expectável tendo em conta o gabarito dos oradores.

De acordo com a informação vinda a público, a generalidade dos intervenientes fez questão de criticar a ausência oficial do PCP na sessão, mas a nenhum dos preclaros tribunos ocorreu questionar-se sobre a sua legitimidade para debitar sobre o pensamento e a vida de um homem que se dedicou por inteiro ao Partido e à causa que eles próprios traíram.

Pode ser que para quem acreditou - e alguns até aplaudiram! - no fim da História seja natural que os detractores do comunismo, no seu afã de fazer crer que a luta de classes desapareceu, se dediquem a evocar a memória dos comunistas mortos, que são sempre os melhores, aproveitando o ensejo para zurzir nos comunistas vivos, que são os que incomodam.

Pode até ser que para tais senhores faça todo o sentido encomendar a missa de sétimo dia aos ateus e o encómio da paz aos senhores da guerra, ou entregar a segurança das vítimas aos algozes e o combate da injustiça social aos exploradores. Afinal de contas, quem engavetou o socialismo ou trocou a luta pela transformação da sociedade pelos encantos do jet-set não terá certamente motivos para se sentir complexado em lembrar com paternal simpatia o operário letrado que morreu pela liberdade. Não custa nada, não tem consequências e fica bem no currículo, para além de ajudar a apagar memórias de estórias menos edificantes dentro do conveniente princípio de que uma mão lava a outra.

Complexos têm os coerentes, como Álvaro Cunhal, que segundo garantiu Soares no referido evento nunca conseguiu livrar-se da pena, ou mesmo da culpa, de não ser operário, motivo que explica, na óptica soarista, a razão pela qual Bento Gonçalves é tão «esquecido» pelo PCP.

Valham-nos os ex de militância e ideias de todos os tempos, tão prontos a esquecer o presente como a reescrever o passado, para manter viva a chama do anticomunismo. Que seria de nós sem estes próceres da democracia, tão férteis em discursos e elogios póstumos como em incoerências e jactâncias?

De tão cheios de si e dos seus ódios de estimação, caminham distraídos pelo velho caminho dos inimigos da luta de classes que um dia travaram, sem sequer se dar conta que palavra a palavra vão escrevendo de forma indelével os seus próprios obituários."

Um abraço,

Paulo Miguel Comentários: (1) Posted by pauloborgesmiguel at 01:02 PM

Como um laboratório médico "socialista" no Canadá salvou o mundo de uma nova pandemia de gripe.

Resistir.INFO

"Como um laboratório médico "socialista" no Canadá salvou o mundo de uma nova pandemia de gripe

por Dave Lindorff [*]

Uns 40 mil milhões de dólares gastos [nos EUA] com "Segurança Interna" ("Homeland Security") em 2004 e mais outros 50 mil milhões a irem para o mesmo vazadouro em 2005, com milhares de milhões daqueles dólares destinados especificamente ao "bio terror", e um erro (ou decisão estúpida) cometido por um laboratório biológico fez com que um vírus mortal de gripe capaz de criar uma pandemia global fosse despachado para vários milhares de laboratórios insuspeitos.

Se apenas um daqueles kits de teste infectasse apenas uma pessoa que a seguir voltasse para casa num autocarro ou metro em hora de ponta, poderíamos em pouco tempo ter milhões de pessoas a morrerem de uma gripe contra a qual a maior parte da população tem imunidade zero.

E como foi detectado este "dispositivo" de terror acidental?

Não através de alertas de pessoas como Tom Ridge ou Mike Chertoff, do Departamento de Segurança Interna (Homeland Security Department), mas sim através do alerta de um técnico a trabalhar para o "sistema socialista de cuidados de saúde" de Manitoba, Canadá, que testou os vírus no kit e determinou que era a mesma cepa (strain) de gripe que causara uma pandemia em escala mundial em 1957. Ele imediatamente alertou a Organização Mundial de Saúde e o U.S. Center for Disease Control.

O alerta do laboratório canadiano detectou e identificou a amostra de vírus em 25 de Março, mas milhares de amostras foram despachadas ao longo dos últimos seis meses.

Devo observar que esta OMS, que tão eficientemente começou a notificar laboratórios nos 16 países que receberam carregamentos dos kits contendo a cepa de gripe mortal, é a mesma OMS que tem sido habitualmente criticada — e teve o seu financiamento ameaçado — pela Casa Branca fundamentalista e anti-abortionista de Bush e pela liderança republicana do Congresso obcecada com o caso Shiavo.

Se dependesse dos rapazes do Homeland Security cuidar da nossa saúde e segurança, a temível cepa H2N2 de vírus asiático libertada por erro pelo Meridian Bioscience Inc., de Newtown, Ohio, poderia estar já a difundir-se por todo o globo, infectando e matando milhões.

Agravando a ironia desta ameaça ainda activa (centenas de kits de teste despachados estão ainda sem explicação do destino) está o facto de que anos de cortes nos gastos em saúde pública, com o resultante encerramento de clínicas públicas em bairros pobres, anos de cortes no financiamento do Medicaid para famílias de baixos rendimentos, e a tendência em curso de as empresas deixarem cair a cobertura de saúde dos seus empregados (todo ano, nos últimos quatro anos, mais quatro por cento dos patrões americanos finda os benefícios de saúde dos seus empregados, enquanto muitas mais deixam cair a cobertura para o dependentes), estão a deixar milhões de americanos sem qualquer acesso a um médico. Esta situação torna ainda mais provável qualquer epidemia de gripe, quando ela atacar difundir-se-á tal como um fogo descontrolado nos EUA, as pessoas terão menos probabilidade de obterem tratamento imediato e mais provavelmente continuarão a trabalhar e a transmitir a sua doença aos outros.

Este último acidente, que torna uma brincadeira toda preocupação acerca da contínua ameaça da gripe das aves na Ásia, mostra claramente como a nossa liderança obcecada com o terrorismo está a falhar quanto às questões reais enquanto desperdiça vastas quantias de dinheiro e energia a focar sobre terrorismo ao invés das questões reais da sociedade.

13/Abr/05

[*] Autor de "Killing Time: an Investigation into the Death Row Case of Mumia Abu-Jamal" e de "This Can't be Happening!" (Comon Courage Press). dlindorff@yahoo.com .

O original encontra-se em http://www.counterpunch.org/lindorff04132005.html"

Um abraço,

Paulo Miguel

Comentários: (0) Posted by pauloborgesmiguel at 11:17 AM

O medo!

(Guerreiro Maori interpretando a Haka)

CONGRESSO INTERNACIONAL DO MEDO

Provisoriamente não cantaremos o amor,

que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.

Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,

não cantaremos o ódio porque este não existe,

existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,

o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,

o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,

cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,

cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,

depois morreremos de medo

e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.

Bertold Brecht

(1898-1956)

O medo é sempre o nosso único inimigo, aquele que nos impede de darmos os passos necessários, aquele que nos prende os braços e embarga a voz, depois de o eliminarmos, tudo é possível! Não tenham medo de nada nem de ninguém e conhecerão a verdadeira liberdade.

Um abraço,

Paulo Miguel Comentários: (0) Posted by pauloborgesmiguel at 10:45 AM

O passado e o presente, que diferenças?

Será o futuro da igreja diferente?

Um abraço,

Paulo Miguel Comentários: (1) Posted by pauloborgesmiguel at 03:25 PM

Os seis náufragos

Resistir

"Os seis náufragos

por Peter Schiff [*]

Num dos seus comentários mais recentes, Stephen Roach, da Morgan Stanley, talvez o único economista da Wall Street que pelo menos compreende parcialmente o perigo económico que está a assomar, lamentou mais uma vez que uma "economia global co-dependente não possa viver sem o excesso de consumo dos americanos". Isto reflecte o engano popular de que os americanos estão como que a fazer um favor ao mundo ao consumir os frutos do seu trabalho.

O mundo não depende mais do consumo dos americanos do que os servos medievais dependiam do consumo dos seus senhores, os quais tomavam tipicamente 25% daquilo que eles produziam. Que desastre teria havido para os servos se os seus senhores não exigissem este tributo. Pensem em todo o desemprego que os servos teriam sofrido se não tivessem de laborar tão arduamente em benefício dos seus senhores. O que teriam eles feito com todo o tempo livre extra?

Segundo economistas dos dias modernos, se os senhores decidissem aumentar aquilo que tomam, digamos para 35%, isto teria sido o equivalente a um boom económico para os servos, os quais teriam assim mais trabalho assegurado. É uma pena que os servos não tivessem conselheiros económicos ou banqueiros centrais para encorajar políticas tão progressistas!

Tenho escrito sobre este assunto ultimamente (ver meus comentários anteriores intitulados "CNBC Redefines the Word 'Sacrifice'," 10/Fev/2005 e "The U.S. is Not a Special Case, Just an Extreme One," 18/Jan/2005). Ambos os artigos estão arquivados na secção de comentários do meu sítio web, em www.europac.net/archives.asp . Contudo, gostaria de colocar a suposição ridícula de que o mundo se beneficia com o excesso de consumo da América e tem algo a temer da sua cessação a fim de descansar de uma vez por todas. Considere a seguinte analogia.

Suponha que seis náufragos encontram-se abandonados numa ilha deserta, cinco asiáticos e um americano. Além disso, suponha que os náufragos decidem dividir a carga de trabalho entre si da seguinte maneira: (a bem da simplicidade, o único desejo dos náufragos é satisfazer a fome) um asiático é encarregado da caça, um outro da pesca e um terceiro de descobrir vegetação. Um quarto é encarregado de preparar a comida, ao passo que ao quinto é dada a tarefa de colectar lenha a acender o fogo. Ao americano é dada a tarefa de comer.

Assim, na nossa ilha cinco asiáticos trabalham o dia todo para alimentar um americano, o qual gasta o seu dia a bronzear-se na praia. Ele está empregado no equivalente ao sector de serviços, operando um salão de bronzeamento que nenhum dos asiáticos na ilha utiliza. No fim do dia, os cinco asiáticos apresentam um banquete cuidadosamente preparado para o americano, o qual senta-se à cabeceira de uma mesa especial, construída pelos asiáticos especificamente para essa finalidade.

Percebendo que banquetes subsequentes só viriam se os asiáticos estivessem vivos para providenciá-los, ele concede-lhes apenas umas poucas migalhas da sua mesa para sustentar o seu trabalho no dia seguinte.

Economistas dos dias modernos diriam que este americano é o único motor de crescimento a conduzir a economia da ilha e que, sem o seu voraz apetite, o asiáticos dali estariam desempregados. A realidade, naturalmente, é que a melhor coisa que os asiáticos podiam fazer para melhorar os seus destinos seria votar pela retirada do americano da ilha. Sem o americano a consumir a sua comida haveria um bocado mais disponível para eles próprios comerem.

Em alternativa, eles podiam gastar menos tempo nas tarefas relacionadas com a sua comida, dedicando o tempo extra a mais lazer ou a satisfazer outras necessidades, as quais anteriormente não eram preenchidas pois muito dos seus recursos escassos eram dedicados a alimentar o americano.

Agora, alguns de vocês estarão a pensar que esta analogia é enviesada, pois na economia do mundo real os americanos pagam pela sua comida, de modo que no mundo real os asiáticos que proporcionam refeições recebem valor em troca dos seus esforços. OK, vamos assumir que o americano na nossa ilha paga pela sua comida da mesma maneira que no mundo real os americanos pagam pela sua, compram emitindo promissórias (IOUs). Vamos assumir que no fim da refeição os asiáticos apresentem uma conta ao americano, a qual ele paga através da emissão de promissórias que pretendem representar futuros pagamentos da comida.

Contudo, todos os náufragos sabem que as promissórias nunca poderão ser cobradas, pois a América não tem comida ou os meios ou mesmo a intenção de fornecer algo no futuro. Mas os asiáticos aceitam-nas de qualquer forma, e a cada noite acrescentam-nas às pilhas de promissórias recolhidas nos dias anteriores. Estarão os asiáticos numa situação melhor em resultado desta acumulação? Estarão eles menos famintos? Não, naturalmente.

Agora vamos assumir que um outro náufrago asiático nada até à ilha, e assume o papel de banqueiro central. A partir daí, a cada dia o banqueiro central cobra impostos aos outros asiáticos da ilha confiscando uma porção das migalhas de comida que o americano lhes atira da sua mesa. O banqueiro central concorda então em devolver estes bocados aos outros asiáticos todos os dias, em troca da acumulação diária pelos mesmos das promissórias do americano, menos uma pequena percentagem para si próprio, porque o banqueiro central também tem de comer.

Será que a existência de um banqueiro central mudou alguma coisa? Será que os asiáticos têm algo mais para comer porque o seu próprio banqueiro central lhes devolve uma porção da comida que lhes tomou anteriormente? Será que as promissórias do americano tem algum valor a mais porque agora podem ser trocadas desta maneira? Não, naturalmente.

Bem, se não faz sentido para os seis pretensos asiáticos suportarem um pretenso americano, também não faz sentido para milhares de milhões de asiáticos do mundo real suportarem milhões de americanos do mundo real. O facto de que eles assim o façam em troca de promissórias sem valor de modo algum altera esta realidade.

Não está em discussão que no curto prazo, ao permitir que o dólar americano entre em colapso (como se despejassem milhões de americanos para fora da ilha), haverá algumas perturbações temporárias para as economias asiáticas. É claro que haverá alguns perdedores iniciais, particularmente entre aqueles asiáticos que actualmente se aproveitam deste estado de coisas. Contudo, estes lucros ocorrem somente às custas de perdas muito maiores sofridas pelo conjunto mais vasto da população asiática.

No final das contas, a cessação do consumo excessivo da América -- que é um fardo que agora os asiáticos têm de arcar e não um benefício de que desfrutem -- será a melhor coisa que poderá acontecer ao povo da Ásia. Tal como os servos a serem libertados dos seus senhores, seus escassos recursos serão finalmente libertados a fim de satisfazer as suas próprias necessidades e desejos, e os seus padrões ascenderão em conformidade. Além disso, desde que as suas poupanças ficassem disponíveis para financiar investimentos adicionais de capital, ao invés de serem desbaratadas pelos consumidores americanos, daí para a frente os seus futuros padrões de vida ascenderiam muito mais depressa.

Infelizmente para os americanos, serem chutados para fora da Ásia significa que acabou o comboio da alegria e que têm de voltar ao trabalho. Em termos simples, isto significa caçar e pescar muito mais e comer muito menos.

29/Mar/05

Nota de resistir.info: A analogia deste conto parece incompleta pois não menciona que o americano tem uma arma e mata os asiáticos que fazem perguntas embaraçosas, dizendo depois que os mortos eram "terroristas" e que odiavam "a grande liberdade dos EUA".

[*] Presidente da Euro Pacific Capital, Inc.

O original encontra-se em http://www.europac.net/ . Tradução de JF."

Um abraço,

Paulo Miguel Comentários: (0) Posted by pauloborgesmiguel at 03:27 PM

CDU lança Ilídio Magalhães Ferreira para Presidente do Município de Odivelas!

ILÍDIO MAGALHAES FERREIRA

67 anos

Assessor de Direcção

Membro da Comissão Concelhia de Odivelas do PCP

Presidente da Junta de Freguesia da Ramada entre 1990 a 2004.

Ilídio Ferreira é sinónimo de luta, trabalho, persistência, honestidade, principalmente honestidade, honesto na relação directa com os seus eleitores, honesto na frontalidade com que encara os problemas das populações, não faz promessas de obras que não é capaz de concretizar, mas promete trabalhar para as tornar possíveis.

No seu percurso como autarca demonstrou que, com trabalho, tudo é possível, tudo se leva a bom porto, a população da Ramada sempre o reconheceu e sempre lhe deu a sua confiança.

Agora chegou a hora de depositarmos a nossa confiança neste homem para levar o Município de Odivelas a gerir os seus recursos em benefício dos Odivelenses.

O PS que está no poder em Odivelas, demonstrou não ter a mínima qualificação para permanecer à frente dos destinos desta Câmara nem por mais um dia, quanto mais 4 anos.

Sete anos após a criação do Município de Odivelas, a obra (ou a falta dela) está à vista, gastam-se rios de dinheiro (do nosso dinheiro) em coisas fúteis e sem valor para os nossos habitantes, enquanto que as instalações desportivas que temos são as mesmas de há 20 anos, algumas escolas precisam de obras urgentes e não há dinheiro, as associações desportivas e culturais estão a passar por grandes dificuldades devido à falta de apoios, etc..

Não acredito que um só homem faça o trabalho todo sozinho, mas acredito, sinceramente, que Ilídio Magalhães Ferreira tem capacidade para definir o rumo deste Município, e que não vai permitir que haja desvios neste objectivo.

Conheci o Ilídio quando ele fazia parte da associação de pais da Escola Secundária de Odivelas, foi na década de 80, eu era um aluno nessa escola.

Desde esses longínquos anos até hoje reconheço que Ilídio Magalhães Ferreira, deu mais aos outros do que alguma vez nós lhe poderemos dar a ele, sempre lutou pelo interesse colectivo, pelo interesse das populações, sem olhar para o seu próprio interesse.

Existem poucos, muito poucos homens na política portuguesa que tenham o carácter e a verticalidade deste homem, a todos eles temos de agradecer por permanecerem na nossa luta.

Ao meu camarada Ilídio um grande abraço.

Paulo Miguel Comentários: (2) Posted by pauloborgesmiguel at 11:35 AM

Cuba denuncia terrorismo diplomático

Avante!

"CDH sob pressão norte-americana

Cuba denuncia terrorismo diplomático

Na 61.º sessão da Comissão dos Direitos Humanos (CDH), que decorre em Genebra, os EUA procuram aprovar uma moção anticubana e tentam esconder as torturas em Guantanamo e Abu Ghraib.

A denúncia foi feita sábado pelo representante da delegação cubana, Rodolfo Reys Rodríguez, que revelou o autêntico terrorismo diplomático movido pelos EUA junto de diversos países membros da CDH em nome de uma autodenominada «comunidade de democracias».

Apesar da intenção norte-americana não ser nova, Rodríguez lembrou que as manobras demonstram que Bush procura «transpor as suas práticas mafiosas e eleitorais aos trabalhos do fórum» na medida em que impõe a consolidação de «um grupo de lobby ao serviço dos seus interesses».

Aprovar uma resolução contra Havana no plenário deste organismo da ONU seria, para Rodríguez, condenar «os governos que se opõem aos planos de dominação hegemónica» de Washington, ainda para mais porque a proposta é encabeçada pelo país que impede a visita aos «centros internacionais de tortura de Guantanamo e Abu Ghraib».

Mesmo em face dos argumentos cubanos, o diplomata norte-americano, Rudy Boschwitz, insistiu no agendamento da iniciativa para a primeira quinzena de Abril, e manifestou o desejo de que o projecto seja aprovado pelos 53 membros da estrutura por «consenso», até porque, explicou, em Cuba «não existe liberdade nem capacidade de eleger o seu próprio governo».

A estas palavras, Cuba respondeu incitando os participantes a «levantarem a voz em favor dos prisioneiros de Guantanamo, Abu Ghraib e Fallujah, pois de outra maneira este discurso é pouco credível».

Vozes dissonantes

Não obstante o peso da delegação da Casa Branca e o conjunto de chantagens em curso durante os trabalhos de Genebra, algumas vozes dissonantes tentam pôr a nu a hipocrisia norte-americana.

Um dos relatores da CDH, Jean Ziegler, revelou, em conferência de imprensa paralela aos trabalhos da Comissão, que os EUA recusaram recebê-lo num encontro que tinha como objectivo discutir o embargo a Cuba.

O responsável pela Comissão de Direito à Alimentação lembrou que Bush reforçou a «utilização de um bloqueio económico para mudar um regime político» e que foi a primeira vez que um governo dos EUA não permitiu a deslocação de um relator da CDH.

Ziegler afirmou que a conduta política dos EUA consiste «na selecção dos relatores especiais que estejam conforme a sua visão do mundo, a qual inclui a guerra contra o terrorismo».

Se assim não acontecer, sublinhou Ziegler, Washington «impede-os de fazer o seu trabalho e exerce censura de Estado», estratégia de Bush que «não só pretende destruir a CDH, como visa reduzi-la e transferir a sua sede para Nova Iorque a fim de a poder controlar».

Solidariedade com os cinco

Paralelamente à sessão plenária da CDH, dezenas de activistas pertencentes a outras tantas organizações denunciaram a tortura e detenção arbitrária dos cinco patriotas cubanos acusados pelos EUA de «fomentarem o terrorismo».

Em Genebra, foram entregues centenas de apelos à sua libertação, alguns dos quais contendo milhares de assinaturas de cidadãos que, por todo o mundo, reclamam justiça para António, Fernando, Ramón, Gerardo e René.

As esposas destes dois últimos juntaram-se na Suíça para elevarem a voz contra a impunidade do governo norte-americano nesta matéria e conseguiram que o tema fosse levado à apreciação do grupo permanente, mas os EUA impediram que o assunto fosse tratado em plenário.

Catalunha pela libertação

Entretanto, no domingo, centenas de pessoas pertencentes a mais de 70 organizações sindicais, políticas e culturais, reunidas na plataforma «Defenderemos Cuba», promoveram no Centro Cívico de Barcelona uma iniciativa de solidariedade com a ilha socialista e os cinco patriotas condenados arbitrariamente pelos EUA.

Olga Salanueva e Adriana Pérez, companheiras de René e Gerardo, deslocaram-se de Genebra até à cidade condal para prestarem testemunhos da situação vivida pelos detidos e receberem dos participantes palavras e gestos de determinação e confiança na libertação dos cinco homens que desmontaram parte da rede terrorista mafiosa anticubana sedeada em Miami.

EUA gastam fortunas contra Cuba...

Rejeitando o discurso ilusório do «combate ao terrorismo», repetido até à exaustão pelos EUA nas sessões da CDH, a diplomata cubana Cláudia Pérez Alvarez esclareceu que o reforço do bloqueio contra Cuba ocupa mais meios humanos e financeiros da Casa Branca que o controle da actividade da Al-Qaeda.

Com efeito, Washington disponibilizou cinco vezes mais agentes para vigiar e punir os transgressores do bloqueio imposto contra Cuba que os indicados para investigarem as contas da Al-Qaeda, organização acusada da autoria dos ataques de 11 de Setembro.

A representante cubana socorreu-se mesmo de posições assumidas nesse sentido por senadores e congressistas norte-americanos, bem como relativamente à disposição que relega os cubanos-americanos para a posição de cidadãos de segunda fruto das inúmeras restrições impostas no que toca às visitas à sua terra natal.

...e acolhem terroristas

Ainda em contraste com as palavras «antiterroristas» de Bush, a agência de notícias EFE e o jornal New Herald divulgaram que Luis Posada Carriles negociou, nos últimos dias, com as autoridades de imigração dos EUA, o seu exílio no país.

Posada Carriles enfrenta um pedido de extradição da Venezuela após ter fugido de uma cadeia perto de Caracas, em 1985, onde se encontrava a cumprir pena por envolvimento num atentado contra um avião civil cubano que resultou na morte de 73 passageiros.

Ex-agente da CIA, Posada Carriles apresenta um «invejável» curriculum de suspeitas terroristas.

Em 1963 estava em Dallas quando assassinaram J.F Kennedy, mas as estreitas ligações com o narcotráfico de Miami aconselharam a transferência para outras paragens.

Em 1976 entrou a serviço da polícia política venezuelana, cargo onde coleccionou dezenas de acções de tortura e assassinato de opositores políticos, confirmadas com orgulho pelo próprio.

Os contactos de sempre com o tráfico de drogas e armas sedeado na Florida fizeram de Posada Carriles um dos homens de mão implicados no financiamento dos «contra» da Nicarágua.

Em Porto Rico tentou aniquilar Fidel Castro na intentona conhecida como a do «iate La Esperanza» e, não contente com o fracasso, de 1997 a 2000 patrocinou a campanha contra o turismo em Cuba.

Em Agosto de 2004, três dos seus operacionais foram recebidos com aplausos no aeroporto de Miami, abrindo assim caminho para o regresso triunfal de Posada Carriles ao conforto do lar norte-americano."

Um abraço,

Paulo Miguel Comentários: (2) Posted by pauloborgesmiguel at 10:07 AM

Algumas palavras sábias que também eu subscrevo!

" Não acredite no que você ouviu; não acredite em tradições porque elas existem há muitas gerações; não acredite em algo porque é dito por muitos; não acredite meramente em afirmações escritas de sábios antigos; não acredite em conjecturas; não acredite em algo como verdade por força do hábito; não acredite meramente na autoridade de seus mestres e anciãos. Somente após a observação e análise, quando for de acordo com a razão e condutivo para o bem e benefício de todos, somente então aceite e viva para isso."

Gautama Buddha (há 2.600 anos atrás)

Um abraço,

Paulo Miguel Comentários: (0) Posted by pauloborgesmiguel at 10:11 AM

O Papa e a sua Igreja

Na altura da morte, todas as pessoas são transformadas em santas por aquelas que delas falam, parece que se apaga do cérebro de quem fala aquela ponta de bom censo e razoabilidade e então falam da pessoa morta, esquecendo os pontos negativos da sua existência.

É claro que o Papa foi apenas um homem, igual a todos os outros, mas também diferente de todos os outros graças à posição que ocupou na Igreja Católica.

Um Papa pode determinar o avanço ou recuo da Igreja Católica no entendimento da sociedade que a rodeia, Karol Jozsef Wojtyla soube, nalguns casos, entender o que a sociedade queria desta Igreja, o pedido de perdão pela posição da Igreja durante o regime Nazi, o pedido de perdão pelas Cruzadas, etc.

Mas existem situações em que a Igreja ainda não deu o salto em frente, tais como o fim do celibato dos padres, a ordenação de mulheres como sacerdotes, o aborto e a contracepção.

A questão do celibato poderia dizer-se que só vai para padre quem quer e que é uma situação que só diz respeito a quem escolhe ser padre, mas não é verdade, esta escolha pode ter consequências para quem está perto de alguém que opta pelo celibato.

Além de ser algo “contra natura” é algo que pode desencadear na pessoa sentimentos extremos, ao ponto de levarem um padre a cometer as atrocidades contra crianças, tais como aquelas que assolaram a Igreja Católica nos EUA.

Está na altura dos padres assumirem a sua vida sexual como um dom do seu Deus e não como um pecado castrador, neste ponto acho que o filme Enigma é bastante esclarecedor.

Quanto à ordenação das mulheres, é claro que no século XXI é impossível querer continuar a negar o papel activo da mulher em todos os campos da nossa sociedade, a mulher conquistou a sua posição com muito esforço, deixou de ser dona de casa e assumiu o seu devido lugar ao lado do homem na construção do futuro, a Igreja Católica, tal como o Islão ou religião Judaica, continuam a querer dar à mulher um papel que já não lhe cabe, o papel de mãe e dona de casa.

Quanto ao aborto, é mais do que evidente que nem todos os católicos partilham da opinião da Igreja e que muitos violam mesmo esse “mandamento”, basta conhecer pessoas que moram em zonas de grande influência da Igreja, para perceber que nem tudo o que o Padre diz é para se fazer, por esse País fora, e na falta de diálogo entre pais e filhos sobre a temática do sexo, continuam a nascer filhos indesejados, em adolescentes confusas e menos conhecedoras desta matéria do que alguns apregoam, ou a fazê-los desaparecer num qualquer vão de escada sujeitas a esvaírem-se em sangue até morrerem nos braços do namorado ou da mãe. Quem não viu o filme O crime do Padre Amaro, aproveite.

Relativamente à contracepção, vou apenas falar do preservativo devido ao seu papel na prevenção da SIDA.

Neste aspecto a Igreja está atrasada em 2000 anos, porque já se usavam preservativos nessa altura e mesmo por aqueles que sempre seguiram a Igreja. Mas desde que se conhece o problema da SIDA que a Igreja deveria ter reflectido a sua posição, e não o fez.

Penso que no mundo ocidental e desenvolvido ninguém liga á posição da Igreja, se há pessoas que não usam o preservativo não é por causa da Igreja, mas nos Países Africanos continua a haver uma grande responsabilidade da Igreja na elevada taxa de contaminação pelo vírus da SIDA.

Aqui há tempos vi uma reportagem sobre o papel dos padres em certas zonas de África que me deixaram de boca aberta. Não só continuam a dizer aos fiéis para não usarem o preservativo como num caso que foi retratado pela reportagem, um padre aconselhou um casal, em que o homem tinha SIDA e a mulher não, a continuarem a ter relações sem qualquer protecção.

Perante este tipo de posições não haverá perdão alguns séculos depois, tal como aconteceu nas cruzadas ou no holocausto Nazi.

Alguns anos atrás, o caricaturista António fez uma caricatura do Papa João Paulo II, nessa caricatura o Papa aparece com um preservativo enfiado no nariz.

Nesta caricatura o artista quis mostrar as posições, ridículas, do Papa e da sua Igreja.

Talvez o próximo traga novidades, ou talvez não!

Um abraço,

Paulo Miguel

Comentários: (1) Posted by pauloborgesmiguel at 11:01 AM

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