Rei dos Leittões: Quarto 10

30-06-2011
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Se não leu o Quarto 1, o Quarto 2, o Quarto 3, o Quarto 4, o Quarto 5, o Quarto 6, o Quarto7, o Quarto 8, o Quarto 9, este quarto não faz sentido)Bem que a cama vazia do Zé Maria me dava jeito! Pousava lá roupa, papéis, servia de sofá… servia. Além disso, era a primeira vez na minha vida que experimentava um quarto só para mim.Depois de um serão de televisão a sós com Tânia, ela subiu as escadas à minha frente e, quando chegou ao cimo, virou-se para trás, deu-me um beijo na boca, curto mas cheio. Depois entrou de recuo no seu quarto enquanto estendia na minha direcção o sorriso mais puro e perfeito que alguma vez me tinha dirigido, quando fechou a porta tive a sensação que o entalou.Fiquei ali especado sem coragem para abrir a minha porta, que fazia canto com as outras duas. Não! Não podia insistir! Gina já dormia!... Podia bater à porta de Graça a perguntar-lhe se tinha alguma carta para escrever!... Não! Não tinha jeito!... Dei uma batida suave na porta para que Tânia compreendesse que eu ainda estava ali!- Vai deitar-te João! Amanhã falamos!Falar amanhã já não era mau. Mas nós falávamos todos os dias!... Entrei no quarto com pensamentos destes e por ali fiquei, entre sebentas, sem conseguir dormir. Tânia estava a dar-me a volta ao miolo. Seria paixão? Estava a entrar em terreno perigoso.No dia seguinte faltei às aulas e fiquei sozinho em casa todo o dia a estudar. Senti a porta da rua a abrir, Tânia entrava a cantarolar – pouco dela! Passados minutos bateu-me à porta e entrou. Eu continuei de bruços na cama, com os olhos nos apontamentos como se continuasse a estudar. Ela sentou-se na outra cama e, com o lado infantil que ainda tinha, exclamou:- Já estou de férias! Nhe! Nhe!- Mas eu não! Agora deixa-me estudar! - Queres que eu saia?Dei meia volta, sentei-me na beira da minha cama e ficámos frente-a-frente em igual posição. A distância entre as duas camas permitiu que lhe agarrasse as mãos e que nos beijássemos permanecendo sentados. Saíram umas palavras de paixão, começámos a enrolar-nos e, quando já tudo acontecia, chega alguém a casa - pelos passos, Gina. Tânia arranja-se à pressa, Gina bate à porta, respondo:- Um momento!... Volta mais tarde, tenho de estudar.Gina abriu a porta e percebeu, percebeu e reagiu mal, reagiu mal e disse que ia contar à mãe. Explicações daqui e dacolá; que não tinha sido bem aquilo que estaria a pensar. Acabámos por andar uns dias nas mãos das pequenas chantagens de Gina.Tânia ficou ferida. Por demais que eu tentasse gestos e oportunidades só conseguia um ou outro beijo sem vigor. Eu não tinha sorte nenhuma! Logo agora que estava apaixonado!(Na próxima quarta há mais Quarto)


Se não leu o Quarto 1, o Quarto 2, o Quarto 3, o Quarto 4, o Quarto 5, o Quarto 6, o Quarto7, o Quarto 8, o Quarto 9, este quarto não faz sentido)Bem que a cama vazia do Zé Maria me dava jeito! Pousava lá roupa, papéis, servia de sofá… servia. Além disso, era a primeira vez na minha vida que experimentava um quarto só para mim.Depois de um serão de televisão a sós com Tânia, ela subiu as escadas à minha frente e, quando chegou ao cimo, virou-se para trás, deu-me um beijo na boca, curto mas cheio. Depois entrou de recuo no seu quarto enquanto estendia na minha direcção o sorriso mais puro e perfeito que alguma vez me tinha dirigido, quando fechou a porta tive a sensação que o entalou.Fiquei ali especado sem coragem para abrir a minha porta, que fazia canto com as outras duas. Não! Não podia insistir! Gina já dormia!... Podia bater à porta de Graça a perguntar-lhe se tinha alguma carta para escrever!... Não! Não tinha jeito!... Dei uma batida suave na porta para que Tânia compreendesse que eu ainda estava ali!- Vai deitar-te João! Amanhã falamos!Falar amanhã já não era mau. Mas nós falávamos todos os dias!... Entrei no quarto com pensamentos destes e por ali fiquei, entre sebentas, sem conseguir dormir. Tânia estava a dar-me a volta ao miolo. Seria paixão? Estava a entrar em terreno perigoso.No dia seguinte faltei às aulas e fiquei sozinho em casa todo o dia a estudar. Senti a porta da rua a abrir, Tânia entrava a cantarolar – pouco dela! Passados minutos bateu-me à porta e entrou. Eu continuei de bruços na cama, com os olhos nos apontamentos como se continuasse a estudar. Ela sentou-se na outra cama e, com o lado infantil que ainda tinha, exclamou:- Já estou de férias! Nhe! Nhe!- Mas eu não! Agora deixa-me estudar! - Queres que eu saia?Dei meia volta, sentei-me na beira da minha cama e ficámos frente-a-frente em igual posição. A distância entre as duas camas permitiu que lhe agarrasse as mãos e que nos beijássemos permanecendo sentados. Saíram umas palavras de paixão, começámos a enrolar-nos e, quando já tudo acontecia, chega alguém a casa - pelos passos, Gina. Tânia arranja-se à pressa, Gina bate à porta, respondo:- Um momento!... Volta mais tarde, tenho de estudar.Gina abriu a porta e percebeu, percebeu e reagiu mal, reagiu mal e disse que ia contar à mãe. Explicações daqui e dacolá; que não tinha sido bem aquilo que estaria a pensar. Acabámos por andar uns dias nas mãos das pequenas chantagens de Gina.Tânia ficou ferida. Por demais que eu tentasse gestos e oportunidades só conseguia um ou outro beijo sem vigor. Eu não tinha sorte nenhuma! Logo agora que estava apaixonado!(Na próxima quarta há mais Quarto)

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