Escaninho: Três anos

22-01-2012
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Por volta desta hora, há precisamente 3 anos, peguei no carro e saí apressado para o hospital.Aí encontrado, dirigi-me em passo rápido até ao núcleo de partos, local que já me era familiar. Disseram-me para vestir a bata verde e os sapatos de plástico e que devia comportar-me como deve ser: sossegado.Até que, por volta das 19:00, depois de várias, longas e arrastadas horas, vieram dizer-nos que tinham de apressar aquilo. - Estamos a precisar dessa cama. - Dizia a parteira para a minha completa descrença e estupefacção. Brincadeira? Nunca hei-de saber.O parto acabou por complicar-se, talvez, por alguma precipitação. Foi difícil porque o pequeno vinha, tipo super-homem, com um braço à frente.Quando cá chegou (a este mundo) estava roxo e teve de ser reanimado logo. Médicos e enfermeiros rodearam-no em acções e observações várias, com ares de preocupação. Uns olhavam o relógio e perguntavam a que horas tinha nascido, outros perguntavam se aquele relógio estava certo. E nós ali, de respiração cortada, depois de tudo aquilo, à espera que nos dissessem algo positivo. Foi um dos momentos mais preocupantes que conheci.Passado pouco mais de um minuto, a d.ra Cristina, finalmente, olhou para trás e disse-nos sorridente: - 'Tá tudo bem! - Inesquecível.Imaginava-me a berrar de alegria quando saísse dali, mas não, fiquei atónito, sem saber o que pensar, o que dizer, como reagir. Acabara de ser pai e era estranho.


Por volta desta hora, há precisamente 3 anos, peguei no carro e saí apressado para o hospital.Aí encontrado, dirigi-me em passo rápido até ao núcleo de partos, local que já me era familiar. Disseram-me para vestir a bata verde e os sapatos de plástico e que devia comportar-me como deve ser: sossegado.Até que, por volta das 19:00, depois de várias, longas e arrastadas horas, vieram dizer-nos que tinham de apressar aquilo. - Estamos a precisar dessa cama. - Dizia a parteira para a minha completa descrença e estupefacção. Brincadeira? Nunca hei-de saber.O parto acabou por complicar-se, talvez, por alguma precipitação. Foi difícil porque o pequeno vinha, tipo super-homem, com um braço à frente.Quando cá chegou (a este mundo) estava roxo e teve de ser reanimado logo. Médicos e enfermeiros rodearam-no em acções e observações várias, com ares de preocupação. Uns olhavam o relógio e perguntavam a que horas tinha nascido, outros perguntavam se aquele relógio estava certo. E nós ali, de respiração cortada, depois de tudo aquilo, à espera que nos dissessem algo positivo. Foi um dos momentos mais preocupantes que conheci.Passado pouco mais de um minuto, a d.ra Cristina, finalmente, olhou para trás e disse-nos sorridente: - 'Tá tudo bem! - Inesquecível.Imaginava-me a berrar de alegria quando saísse dali, mas não, fiquei atónito, sem saber o que pensar, o que dizer, como reagir. Acabara de ser pai e era estranho.

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