PS diz que conferência da troika viola lei eleitoral portuguesa

09-05-2014
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PS diz que conferência da troika viola lei eleitoral portuguesa

Mariana Adam

mariana.adam@economico.pt

06 Mai 2014

Em declarações ao Económico, António Galamba, do PS, diz que o partido só não apresenta queixa na CNE porque o Bloco já o fez. Em causa está uma conferência em Lisboa com os líderes da troika agendada para o dia das europeias.

"Temos uma lei que determina as regras de actuação e que impõe neutralidade às entidades públicas, especialmente numa período tão super protegido como o dia das eleições. Essa lei existe. Qualquer entidade externa tem que a respeitar", defende António Galamba, secretário nacional do Partido Socialista, esta manhã em declarações ao Económico, referindo-se à conferência "Política Monetária num Contexto Financeiro em Evolução", marcada para um hotel em Sintra entre 25 e 27 de Maio, e que trará a Portugal figuras como Mario Draghi, presidente do BCE, Christine Lagarde, directora do FMI, e Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia.

O socialista defende que a marcação da conferência neste dia colide com as regras da CNE, e explica que o PS não vai apresentar qualquer queixa formal porque o Bloco de Esquerda já o fez. "Não faz sentido apresentar uma queixa formal, quando o Bloco de Esquerda já o fez. A questão já vai analisada pela CNE, nós estamos vigilantes nesta matéria e assim vamos continuar", assegura.

O Bloco de Esquerda (BE) anunciou ontem que vai apresentar uma queixa à Comissão Nacional de Eleições (CNE) contestando a realização a 25 de Maio, dia das europeias, de uma conferência sobre bancos centrais.

"É inaceitável que a troika se instale de armas e bagagens" em Portugal no dia do sufrágio para o Parlamento Europeu, acusou o coordenador do Bloco João Semedo.

O Bloco defende, de acordo com a Lusa, que a reunião agendada para Sintra, "torna clara a intenção de condicionar" o acto eleitoral "de um Estado-membro [da UE] que tem estado sujeito a um programa de intervenção" visionado pela 'troika'.

A lei eleitoral, avisa João Semedo, "é bem clara ao estipular que é proibido qualquer tipo de propaganda que influencie, directa ou indirectamente, o sentido de voto dos cidadãos" no dia das eleições, pelo que esta "cimeira da troika" é, além de tudo, uma "provocação" que deve merecer a atenção da CNE.

PS diz que conferência da troika viola lei eleitoral portuguesa

Mariana Adam

mariana.adam@economico.pt

06 Mai 2014

Em declarações ao Económico, António Galamba, do PS, diz que o partido só não apresenta queixa na CNE porque o Bloco já o fez. Em causa está uma conferência em Lisboa com os líderes da troika agendada para o dia das europeias.

"Temos uma lei que determina as regras de actuação e que impõe neutralidade às entidades públicas, especialmente numa período tão super protegido como o dia das eleições. Essa lei existe. Qualquer entidade externa tem que a respeitar", defende António Galamba, secretário nacional do Partido Socialista, esta manhã em declarações ao Económico, referindo-se à conferência "Política Monetária num Contexto Financeiro em Evolução", marcada para um hotel em Sintra entre 25 e 27 de Maio, e que trará a Portugal figuras como Mario Draghi, presidente do BCE, Christine Lagarde, directora do FMI, e Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia.

O socialista defende que a marcação da conferência neste dia colide com as regras da CNE, e explica que o PS não vai apresentar qualquer queixa formal porque o Bloco de Esquerda já o fez. "Não faz sentido apresentar uma queixa formal, quando o Bloco de Esquerda já o fez. A questão já vai analisada pela CNE, nós estamos vigilantes nesta matéria e assim vamos continuar", assegura.

O Bloco de Esquerda (BE) anunciou ontem que vai apresentar uma queixa à Comissão Nacional de Eleições (CNE) contestando a realização a 25 de Maio, dia das europeias, de uma conferência sobre bancos centrais.

"É inaceitável que a troika se instale de armas e bagagens" em Portugal no dia do sufrágio para o Parlamento Europeu, acusou o coordenador do Bloco João Semedo.

O Bloco defende, de acordo com a Lusa, que a reunião agendada para Sintra, "torna clara a intenção de condicionar" o acto eleitoral "de um Estado-membro [da UE] que tem estado sujeito a um programa de intervenção" visionado pela 'troika'.

A lei eleitoral, avisa João Semedo, "é bem clara ao estipular que é proibido qualquer tipo de propaganda que influencie, directa ou indirectamente, o sentido de voto dos cidadãos" no dia das eleições, pelo que esta "cimeira da troika" é, além de tudo, uma "provocação" que deve merecer a atenção da CNE.

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