Triunfo da Razão: Estabilidade política

24-01-2012
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Em nome da estabilidade política, o líder do PSD tem afirmado que o Governo deve manter-se em funções, salvo se se provar que o primeiro-ministro interferiu ou mentiu no caso TVI. Provas parece que não existem, ou pelo menos não serão conhecidas, ficam as afirmações do deputado do Bloco de Esquerda, João Semedo, que elaborou o relatório final e afirmou não restarem dúvidas quanto às mentiras de José Sócrates.Pedro Passos Coelho não vai sugerir nenhuma moção de censura, vai esperar pela eleição presidencial. E vai continuar a deixar o Governo e o PS numa espiral de desgaste que lhe garantirá um resultado eleitoral mais confortável, quem sabe até uma maioria absoluta.Nestas circunstâncias, a estabilidade política é um mero subterfúgio. Tudo isto é um jogo de paciência com o objectivo de o PSD surgir como a única alternativa viável.Fala-se com alguma insistência na possibilidade de o Governo cair já no próximo ano, depois das eleições presidenciais. Pouco afoita a exercícios de futurologia, ainda assim me parece que esse cenário é muito provável. E acrescentaria o seguinte: o desgaste do Governo vai comprometer inexoravelmente as aspirações do PS nas próximas eleições legislativas (antecipadas), o que favorece um PSD que pode vencer essas eleições com maioria absoluta. O descontentamento em relação ao PS pode transferir muitos votos para o PSDAssim não seria grande surpresa se o PSD viesse a governar o país com maioria absoluta, aplicando a velha fórmula de tomar as medidas mais difíceis nos primeiros dois anos a três anos – as transformações no Estado social seriam levadas a cabo nesses anos, afinal as condições afiguram-se únicas: maioria absoluta, uma oposição fragilizada e um país mais aberto a grandes reformas apresentadas como forma de salvar o país. Infelizmente algumas dessas transformações não serão benéficas para o país, podendo antes pôr em causa o frágil e recente Estado social português.


Em nome da estabilidade política, o líder do PSD tem afirmado que o Governo deve manter-se em funções, salvo se se provar que o primeiro-ministro interferiu ou mentiu no caso TVI. Provas parece que não existem, ou pelo menos não serão conhecidas, ficam as afirmações do deputado do Bloco de Esquerda, João Semedo, que elaborou o relatório final e afirmou não restarem dúvidas quanto às mentiras de José Sócrates.Pedro Passos Coelho não vai sugerir nenhuma moção de censura, vai esperar pela eleição presidencial. E vai continuar a deixar o Governo e o PS numa espiral de desgaste que lhe garantirá um resultado eleitoral mais confortável, quem sabe até uma maioria absoluta.Nestas circunstâncias, a estabilidade política é um mero subterfúgio. Tudo isto é um jogo de paciência com o objectivo de o PSD surgir como a única alternativa viável.Fala-se com alguma insistência na possibilidade de o Governo cair já no próximo ano, depois das eleições presidenciais. Pouco afoita a exercícios de futurologia, ainda assim me parece que esse cenário é muito provável. E acrescentaria o seguinte: o desgaste do Governo vai comprometer inexoravelmente as aspirações do PS nas próximas eleições legislativas (antecipadas), o que favorece um PSD que pode vencer essas eleições com maioria absoluta. O descontentamento em relação ao PS pode transferir muitos votos para o PSDAssim não seria grande surpresa se o PSD viesse a governar o país com maioria absoluta, aplicando a velha fórmula de tomar as medidas mais difíceis nos primeiros dois anos a três anos – as transformações no Estado social seriam levadas a cabo nesses anos, afinal as condições afiguram-se únicas: maioria absoluta, uma oposição fragilizada e um país mais aberto a grandes reformas apresentadas como forma de salvar o país. Infelizmente algumas dessas transformações não serão benéficas para o país, podendo antes pôr em causa o frágil e recente Estado social português.

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