O Brother Where Art Thou?

08-11-2013
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Começa a não colar este constante lamuriar do Daniel Oliveira. O mesmo Daniel Oliveira que, há pouco mais de um ano, escolheu não participar na Convenção do Bloco de Esquerda. O mesmo Daniel que veio, expedito, pedir a demissão de uma direcção eleita um mês antes. O mesmo Daniel que escreve isto:

Estou disponível para debater as grandes opções políticas do Bloco, em relação às quais tenho tido discordâncias públicas (e assinadas) com a direcção do partido. Para isto não estou.

Se está disponível para discutir política que o faça. Mas que não tente atirar areia para os olhos de quem sabe muito bem que o Daniel sabe muito bem tudo o que se passa em cada reunião da Comissão Política do BE. Por vezes até o saberá em primeiríssima mão! Ou não saberemos todos que está nesta mesma Comissão Política um dos principais aliados do Daniel Oliveira nesta cruzada social-democratizante de um partido que tem inscrito na sua génese (que foi fruto da colaboração activa do próprio ) um projecto de democracia para o socialismo?

Deixo para o final a pergunta a que, obviamente, importa que Daniel Oliveira responda: para quando o sair da sombra confortável que o papel de opinador lhe oferece e o assumir do projecto que tem em mente? Já agora que diga se o quer concretizar com o seu compagnon de route Rui Tavares para, assim, tentar garantir a manutenção dum lugar português no grupo europeu para onde Rui Tavares levou o terço dos votos que o BE obteve nas eleições europeias de 2009.

É tempo do Daniel Oliveira deixar claro o projecto que tem para o BE e/ou para as lutas que estão em curso. É tempo de se apresentar como uma alternativa de liderança dentro do BE! Que pegue nestas palavras – «Estou disponível para debater as grandes opções políticas do Bloco, em relação à s quais tenho tido discordâncias públicas (e assinadas) com a direcção do partido. Para isto não estou.» – e que dê a cara de uma vez por todas!

[Post-scriptum: numa coisa estaremos de acordo – eu e o Daniel – esta coisa da liderança bicéla não tem ponta por onde se lhe pegue. E a intromissão, democraticamente centralista, do Francisco Louçã não é, para mim, aceitável. Se quer sair, que saia. Sei reconhecer o papel imprescindível que teve até aqui e que, certamente, irá continuar a ter, mas não consigo aceitar a nomeação de sucessor(es). Este condicionamento em nada ajuda a que nos centremos no que é, a meu ver, essencial: a luta e a forma com o BE e os seus militantes podem ajudar a salvar este país da ruína.]

Começa a não colar este constante lamuriar do Daniel Oliveira. O mesmo Daniel Oliveira que, há pouco mais de um ano, escolheu não participar na Convenção do Bloco de Esquerda. O mesmo Daniel que veio, expedito, pedir a demissão de uma direcção eleita um mês antes. O mesmo Daniel que escreve isto:

Estou disponível para debater as grandes opções políticas do Bloco, em relação às quais tenho tido discordâncias públicas (e assinadas) com a direcção do partido. Para isto não estou.

Se está disponível para discutir política que o faça. Mas que não tente atirar areia para os olhos de quem sabe muito bem que o Daniel sabe muito bem tudo o que se passa em cada reunião da Comissão Política do BE. Por vezes até o saberá em primeiríssima mão! Ou não saberemos todos que está nesta mesma Comissão Política um dos principais aliados do Daniel Oliveira nesta cruzada social-democratizante de um partido que tem inscrito na sua génese (que foi fruto da colaboração activa do próprio ) um projecto de democracia para o socialismo?

Deixo para o final a pergunta a que, obviamente, importa que Daniel Oliveira responda: para quando o sair da sombra confortável que o papel de opinador lhe oferece e o assumir do projecto que tem em mente? Já agora que diga se o quer concretizar com o seu compagnon de route Rui Tavares para, assim, tentar garantir a manutenção dum lugar português no grupo europeu para onde Rui Tavares levou o terço dos votos que o BE obteve nas eleições europeias de 2009.

É tempo do Daniel Oliveira deixar claro o projecto que tem para o BE e/ou para as lutas que estão em curso. É tempo de se apresentar como uma alternativa de liderança dentro do BE! Que pegue nestas palavras – «Estou disponível para debater as grandes opções políticas do Bloco, em relação à s quais tenho tido discordâncias públicas (e assinadas) com a direcção do partido. Para isto não estou.» – e que dê a cara de uma vez por todas!

[Post-scriptum: numa coisa estaremos de acordo – eu e o Daniel – esta coisa da liderança bicéla não tem ponta por onde se lhe pegue. E a intromissão, democraticamente centralista, do Francisco Louçã não é, para mim, aceitável. Se quer sair, que saia. Sei reconhecer o papel imprescindível que teve até aqui e que, certamente, irá continuar a ter, mas não consigo aceitar a nomeação de sucessor(es). Este condicionamento em nada ajuda a que nos centremos no que é, a meu ver, essencial: a luta e a forma com o BE e os seus militantes podem ajudar a salvar este país da ruína.]

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