O "caso" da reforma de Cavaco Silva

13-05-2015
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PR/2 anos de mandato

O país entrava em janeiro e no novo ano de 2012 que prometia mais austeridade e eis que o Presidente fala da sua reforma. Cavaco Silva estava no Porto para uma visita de dois dias dedicada ao Norte de Portugal e foi questionado pelos jornalistas sobre o facto de poder receber subsídio de férias e de Natal pelo Banco de Portugal, tendo explicado que, "tudo somado" - o que iria receber do Fundo de Pensões do Banco de Portugal e da Caixa Geral de Aposentações - "quase de certeza que não vai chegar para pagar" as despesas, recordando que não recebe "vencimento como Presidente da República".

"Tudo somado, o que irei receber do Fundo de Pensões do Banco de Portugal e da Caixa Geral de Aposentações quase de certeza que não vai chegar para pagar as minhas despesas porque como sabe eu também não recebo vencimento como Presidente da República", disse na altura.

Sucederam-se críticas por parte dos partidos da oposição e a indignação geral dos portugueses.

Uma análise da rede de ligações de Cavaco Silva entre os dias 17 e 27 de janeiro mostra isso mesmo. Manuel Alegre classificou de "infelizes" as declarações de Cavaco Silva, "num momento em que provavelmente o presidente se esqueceu de que era Presidente da República". Já João Semedo, deputado do Bloco de Esquerda, diz ter ficado "estupefacto". O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho não ajudou a pôr água na fervura, dizendo que "Os sacrifícios têm que ser repartidos por todos. Não há ninguém que fique de fora".

Cavaco Silva seria vaiado à chegada a Guimarães, para a cerimónia de abertura da cidade como capital da cultura, e houve até um peditório à porta do Palácio de Belém. Pedro Vieira, que é também um dos nomes desta rede de ligações a Cavaco Silva nestas duas semanas de janeiro de 2012, foi um dos organizadores do irónico peditório: "Aníbal Cavaco Silva precisa claramente de ser ajudado em termos económicos e de raciocínio e de comunicação, porque de facto para uma pessoa que ocupa o primeiro cargo da Nação parece estar a atravessar algumas dificuldades”, adiantou à Agência Lusa na altura.

Dias mais tarde, o Presidente da República esclareceu que, com as declarações que proferiu sobre as suas pensões, apenas quis ilustrar que acompanha a situação dos portugueses que atravessam dificuldades, não tendo sido seu propósito eximir-se dos sacrifícios.

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O país entrava em janeiro e no novo ano de 2012 que prometia mais austeridade e eis que o Presidente fala da sua reforma. Cavaco Silva estava no Porto para uma visita de dois dias dedicada ao Norte de Portugal e foi questionado pelos jornalistas sobre o facto de poder receber subsídio de férias e de Natal pelo Banco de Portugal, tendo explicado que, "tudo somado" - o que iria receber do Fundo de Pensões do Banco de Portugal e da Caixa Geral de Aposentações - "quase de certeza que não vai chegar para pagar" as despesas, recordando que não recebe "vencimento como Presidente da República".

"Tudo somado, o que irei receber do Fundo de Pensões do Banco de Portugal e da Caixa Geral de Aposentações quase de certeza que não vai chegar para pagar as minhas despesas porque como sabe eu também não recebo vencimento como Presidente da República", disse na altura.

Sucederam-se críticas por parte dos partidos da oposição e a indignação geral dos portugueses.

Uma análise da rede de ligações de Cavaco Silva entre os dias 17 e 27 de janeiro mostra isso mesmo. Manuel Alegre classificou de "infelizes" as declarações de Cavaco Silva, "num momento em que provavelmente o presidente se esqueceu de que era Presidente da República". Já João Semedo, deputado do Bloco de Esquerda, diz ter ficado "estupefacto". O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho não ajudou a pôr água na fervura, dizendo que "Os sacrifícios têm que ser repartidos por todos. Não há ninguém que fique de fora".

Cavaco Silva seria vaiado à chegada a Guimarães, para a cerimónia de abertura da cidade como capital da cultura, e houve até um peditório à porta do Palácio de Belém. Pedro Vieira, que é também um dos nomes desta rede de ligações a Cavaco Silva nestas duas semanas de janeiro de 2012, foi um dos organizadores do irónico peditório: "Aníbal Cavaco Silva precisa claramente de ser ajudado em termos económicos e de raciocínio e de comunicação, porque de facto para uma pessoa que ocupa o primeiro cargo da Nação parece estar a atravessar algumas dificuldades”, adiantou à Agência Lusa na altura.

Dias mais tarde, o Presidente da República esclareceu que, com as declarações que proferiu sobre as suas pensões, apenas quis ilustrar que acompanha a situação dos portugueses que atravessam dificuldades, não tendo sido seu propósito eximir-se dos sacrifícios.

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