BE diz que programa representa "assalto social"
O vice-presidente da bancada do BE, João Semedo, considerou hoje que o programa do Governo coloca em causa o princípio da igualdade na distribuição de sacrifícios e que representa um "assalto social" às famílias e à economia portuguesas.
"Como era de esperar, acabou a campanha eleitoral e deixou de ser o tempo das promessas e das ilusões, PSD e CDS mostram exatamente àquilo que vêm, conseguiram transformar um mau acordo com a 'troika' num péssimo programa de Governo para a maior parte das famílias portuguesas e para a economia do país", afirmou João Semedo.
"É um programa de assalto social à maior parte dos portugueses, é um programa que criará muitas dificuldades às famílias e à economia do país", disse.
Segundo o deputado do BE, neste programa "as políticas sociais levam um violento rombo" e são "substituídas, na prática, por uma caridade à moda do antigamente". "A linha de privatizações é intensíssima, tudo aquilo que dá lucro em Portugal é para privatizar, incluindo transportes públicos, cujas tarifas também vão ser aumentadas, na linha do Serviço Nacional de Saúde (SNS) a privatização é a regra, quer dos cuidados, dos serviços ou da gestão", acrescentou.
Ao nível da legislação laboral, Semedo considerou existir "uma completa desregulação, fragilizando os contratos e facilitando os despedimentos" e que "quando se olha para o programa do Governo fica-se a perceber que os sacrifícios são só para alguns".
PCP admite moção de rejeição
O líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, admitiu hoje a apresentação de uma moção de rejeição ao programa do Governo, garantindo que, independentemente dessa eventual moção, os comunistas travarão "um combate firme" a todas as medidas.
"É uma matéria que oportunamente vamos ponderar. O problema não se pode cingir ao debate da próxima quinta e sexta-feira", respondeu Bernardino Soares aos jornalistas, no Parlamento, quando questionado sobre a apresentação de uma moção de rejeição.
O líder da bancada comunista prometeu que "cada uma destas medidas merecerá um combate individualizado e a apresentação de alternativas", referindo que "isso far-se-á certamente no debate da próxima quinta e sexta feira, independentemente da apresentação ou não dessa moção, e certamente também nos dias que se seguirão com a apresentação das propostas do Governo e com a apresentação das alternativas do PCP".
"Este programa confirma a submissão deste Governo ao memorando que foi assinado com a 'troika' da União Europeia e do FMI, aliás também pelo PS, para além dos dois partidos que compõem a coligação de Governo", afirmou, sublinhando que "consegue ainda apresentar novas medidas negativas que não estavam nesse acordo".
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BE diz que programa representa "assalto social"
O vice-presidente da bancada do BE, João Semedo, considerou hoje que o programa do Governo coloca em causa o princípio da igualdade na distribuição de sacrifícios e que representa um "assalto social" às famílias e à economia portuguesas.
"Como era de esperar, acabou a campanha eleitoral e deixou de ser o tempo das promessas e das ilusões, PSD e CDS mostram exatamente àquilo que vêm, conseguiram transformar um mau acordo com a 'troika' num péssimo programa de Governo para a maior parte das famílias portuguesas e para a economia do país", afirmou João Semedo.
"É um programa de assalto social à maior parte dos portugueses, é um programa que criará muitas dificuldades às famílias e à economia do país", disse.
Segundo o deputado do BE, neste programa "as políticas sociais levam um violento rombo" e são "substituídas, na prática, por uma caridade à moda do antigamente". "A linha de privatizações é intensíssima, tudo aquilo que dá lucro em Portugal é para privatizar, incluindo transportes públicos, cujas tarifas também vão ser aumentadas, na linha do Serviço Nacional de Saúde (SNS) a privatização é a regra, quer dos cuidados, dos serviços ou da gestão", acrescentou.
Ao nível da legislação laboral, Semedo considerou existir "uma completa desregulação, fragilizando os contratos e facilitando os despedimentos" e que "quando se olha para o programa do Governo fica-se a perceber que os sacrifícios são só para alguns".
PCP admite moção de rejeição
O líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, admitiu hoje a apresentação de uma moção de rejeição ao programa do Governo, garantindo que, independentemente dessa eventual moção, os comunistas travarão "um combate firme" a todas as medidas.
"É uma matéria que oportunamente vamos ponderar. O problema não se pode cingir ao debate da próxima quinta e sexta-feira", respondeu Bernardino Soares aos jornalistas, no Parlamento, quando questionado sobre a apresentação de uma moção de rejeição.
O líder da bancada comunista prometeu que "cada uma destas medidas merecerá um combate individualizado e a apresentação de alternativas", referindo que "isso far-se-á certamente no debate da próxima quinta e sexta feira, independentemente da apresentação ou não dessa moção, e certamente também nos dias que se seguirão com a apresentação das propostas do Governo e com a apresentação das alternativas do PCP".
"Este programa confirma a submissão deste Governo ao memorando que foi assinado com a 'troika' da União Europeia e do FMI, aliás também pelo PS, para além dos dois partidos que compõem a coligação de Governo", afirmou, sublinhando que "consegue ainda apresentar novas medidas negativas que não estavam nesse acordo".