Comentadores fantasmas?

08-11-2013
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Comentadores fantasmas?

Posted on Setembro 12, 2013 by André Abrantes Amaral

Esta notícia do i sobre quanto ganham os comentadores televisivos que são candidatos à câmara de Lisboa tem o que se diga. Além da utilização que estes e outros políticos, trasvestidos de comentadores isentos e imparciais, fazem da televisão para se promoverem publicamente, e da tão indesejada confusão entre o futebol e a política, há o caso de João Semedo. De acordo com o noticiado, este entrega ao Bloco de Esquerda o que a SIC lhe paga. Confirmando-se, o seu caso assume contornos interessantes: se é o BE que acaba por ficar com o dinheiro dos comentários de João Semedo, não estaremos aqui perante uma situação, no mínimo dúbia, de financiamento partidário? Será ético, principalmente dentro daquilo a que o BE nos habituou por ético, fazer comentários de teor político na televisão, ao mesmo tempo que se é candidato e, ao que parece, líder partidário? Se o pagamento auferido por esses comentários é entregue ao partido e não fica com o próprio, não é legítimo que perguntemos quem comenta verdadeiramente: se Semedo ou o BE? Será que, da mesma forma que o pagamento é encaminhado para o BE, os comentários também são encomendados pelo BE?
São questões a que, naturalmente, não teremos resposta, mas que devem ser colocadas.
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Esta entrada foi publicada em Comentário, Política, Portugal por André Abrantes Amaral. Ligação permanente.

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Esta notícia do i sobre quanto ganham os comentadores televisivos que são candidatos à câmara de Lisboa tem o que se diga. Além da utilização que estes e outros políticos, trasvestidos de comentadores isentos e imparciais, fazem da televisão para se promoverem publicamente, e da tão indesejada confusão entre o futebol e a política, há o caso de João Semedo. De acordo com o noticiado, este entrega ao Bloco de Esquerda o que a SIC lhe paga. Confirmando-se, o seu caso assume contornos interessantes: se é o BE que acaba por ficar com o dinheiro dos comentários de João Semedo, não estaremos aqui perante uma situação, no mínimo dúbia, de financiamento partidário? Será ético, principalmente dentro daquilo a que o BE nos habituou por ético, fazer comentários de teor político na televisão, ao mesmo tempo que se é candidato e, ao que parece, líder partidário? Se o pagamento auferido por esses comentários é entregue ao partido e não fica com o próprio, não é legítimo que perguntemos quem comenta verdadeiramente: se Semedo ou o BE? Será que, da mesma forma que o pagamento é encaminhado para o BE, os comentários também são encomendados pelo BE?
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