Os colégios de Coimbra e o direito à desigualdade

28-11-2014
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Finalmente foi apresentado o estudo sobre Reorganização da Rede do Ensino Particular e Cooperativo com “Contrato de Associação”, em boa hora encomendado à Universidade de Coimbra. Logo atacado por ter sido dirigido por um conhecido militante do PS, já que por pudor ainda não disseram o que lhes vai na alma e podiam assumir sem vergonha: tal estudo só poderia ter sido encomendado à Universidade Católica, é claro.

Bem, a Carta Educativa do Município de Coimbra foi elaborada pelo conhecido militante do PSD José Manuel Canavarro e já concluía que

A capacidade da rede de escolas existente é, em termos de salas de aula, globalmente suficiente face às necessidades actuais. Em particular no que respeita às escolas públicas, a taxa de ocupação é de 73% em termos agregados e de 60% no caso das escolas secundárias.

o que só demonstra que em Coimbra ainda há uma Universidade a sério.

Numa leitura rápida do que foi hoje publicado, e respeita a Coimbra, fica finalmente denunciado o escândalo de os contratos de associação roubarem descaradamente alunos à rede pública, criando um gueto social absurdo, conforme tenho escrito e repetido. Destaco estes dados:

Total alunos ASE NEE Col. Rainha Santa Isabel 451 5 0 Col. S. Teotónio 393 55 0 Col. S. José 134 14 0

Sendo a coluna ASE indicadora dos alunos com direito a Acção Social Escolar e NEE respeitar aos alunos com Necessidade Educativas Especiais.

Estes 3 colégio são o exemplo da vergonha: instituições religiosas que rejeitam alunos com dificuldades económicas e sobretudo cognitivas, desmentindo a ladainha de vários comentadores. A hipocrisia no seu melhor, no negócio de separar os alunos à nascença, para que as elites cresçam sossegadas. Numa palavra: a filhodaputice institucionalizada e o estado a subsidiar o direito à desigualdade.

Propõe o estudo que se reduza o número de turmas a sustentar com dinheiros públicos. Está mal, e a questão é política: nem uma deveria receber um tostão que fosse, e enquanto assim for a escola pública estará a saque.

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Finalmente foi apresentado o estudo sobre Reorganização da Rede do Ensino Particular e Cooperativo com “Contrato de Associação”, em boa hora encomendado à Universidade de Coimbra. Logo atacado por ter sido dirigido por um conhecido militante do PS, já que por pudor ainda não disseram o que lhes vai na alma e podiam assumir sem vergonha: tal estudo só poderia ter sido encomendado à Universidade Católica, é claro.

Bem, a Carta Educativa do Município de Coimbra foi elaborada pelo conhecido militante do PSD José Manuel Canavarro e já concluía que

A capacidade da rede de escolas existente é, em termos de salas de aula, globalmente suficiente face às necessidades actuais. Em particular no que respeita às escolas públicas, a taxa de ocupação é de 73% em termos agregados e de 60% no caso das escolas secundárias.

o que só demonstra que em Coimbra ainda há uma Universidade a sério.

Numa leitura rápida do que foi hoje publicado, e respeita a Coimbra, fica finalmente denunciado o escândalo de os contratos de associação roubarem descaradamente alunos à rede pública, criando um gueto social absurdo, conforme tenho escrito e repetido. Destaco estes dados:

Total alunos ASE NEE Col. Rainha Santa Isabel 451 5 0 Col. S. Teotónio 393 55 0 Col. S. José 134 14 0

Sendo a coluna ASE indicadora dos alunos com direito a Acção Social Escolar e NEE respeitar aos alunos com Necessidade Educativas Especiais.

Estes 3 colégio são o exemplo da vergonha: instituições religiosas que rejeitam alunos com dificuldades económicas e sobretudo cognitivas, desmentindo a ladainha de vários comentadores. A hipocrisia no seu melhor, no negócio de separar os alunos à nascença, para que as elites cresçam sossegadas. Numa palavra: a filhodaputice institucionalizada e o estado a subsidiar o direito à desigualdade.

Propõe o estudo que se reduza o número de turmas a sustentar com dinheiros públicos. Está mal, e a questão é política: nem uma deveria receber um tostão que fosse, e enquanto assim for a escola pública estará a saque.

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