João Semedo estupefacto com declarações de Cavaco Silva sobre reforma

28-01-2012
marcar artigo

O deputado João Semedo declarou-se hoje "estupefacto" com os lamentos do Presidente da República sobre a reforma que aufere e lembrou que dificuldades têm os reformados com 600 euros mensais, que este ano ficarão sem 13.º e 14.º meses.

"Fiquei tão surpreendido que voltei a ouvi-las [as afirmações], para ver se tinha percebido bem. São declarações surpreendentes, que me deixaram absolutamente estupefacto, porque me recordo que ainda há bem pouco tempo o presidente Cavaco Silva promulgou um Orçamento de Estado que elimina o 13.º e 14.º meses para os reformados com rendimento mensal de 600 euros", destacou o deputado do Bloco de Esquerda (BE), em declarações à Agência Lusa.

O Presidente da República, Cavaco Silva, disse hoje no Porto que aquilo que vai receber como reforma "quase de certeza que não vai chegar para pagar" as suas despesas, valendo-lhe as poupanças que fez, com a mulher, ao longo da vida.

Na altura, Cavaco Silva, que não aufere vencimento como Presidente da República, referiu ainda que irá receber 1.300 euros por mês da Caixa Geral de Aposentações e um montante que disse desconhecer do Fundo de Pensões do Banco de Portugal.

Em declarações por telefone à Agência Lusa, João Semedo insistiu que os portugueses que têm dificuldades em pagar as suas despesas, são os que recebem uma pensão de 600 euros e perderam agora o 13.º e o 14.º mês.

"Esses são os portugueses que contam cêntimo a cêntimo para chegarem ao fim do mês e conseguirem sobreviver. Esses são os portugueses (...) que têm dificuldade em pagar as suas despesas", sintetizou, adiantando que foi com grande surpresa que ouviu o Presidente "falar das suas dificuldades".

Em finais de janeiro de 2011, depois da aprovação da legislação que pôs termo à acumulação de pensões com vencimentos do Estado, Cavaco prescindiu do seu vencimento de Presidente da República, no valor de 6.523 euros (brutos).

Segundo foi noticiado na altura, o Presidente da República acumula duas pensões, a de professor catedrático na Universidade Nova de Lisboa e a de reformado do Banco de Portugal, que totalizavam, antes dos cortes nas pensões de reforma, cerca de 10 mil euros mensais (brutos).

Saiba mais sobre: PR Semedo

publicidade

O deputado João Semedo declarou-se hoje "estupefacto" com os lamentos do Presidente da República sobre a reforma que aufere e lembrou que dificuldades têm os reformados com 600 euros mensais, que este ano ficarão sem 13.º e 14.º meses.

"Fiquei tão surpreendido que voltei a ouvi-las [as afirmações], para ver se tinha percebido bem. São declarações surpreendentes, que me deixaram absolutamente estupefacto, porque me recordo que ainda há bem pouco tempo o presidente Cavaco Silva promulgou um Orçamento de Estado que elimina o 13.º e 14.º meses para os reformados com rendimento mensal de 600 euros", destacou o deputado do Bloco de Esquerda (BE), em declarações à Agência Lusa.

O Presidente da República, Cavaco Silva, disse hoje no Porto que aquilo que vai receber como reforma "quase de certeza que não vai chegar para pagar" as suas despesas, valendo-lhe as poupanças que fez, com a mulher, ao longo da vida.

Na altura, Cavaco Silva, que não aufere vencimento como Presidente da República, referiu ainda que irá receber 1.300 euros por mês da Caixa Geral de Aposentações e um montante que disse desconhecer do Fundo de Pensões do Banco de Portugal.

Em declarações por telefone à Agência Lusa, João Semedo insistiu que os portugueses que têm dificuldades em pagar as suas despesas, são os que recebem uma pensão de 600 euros e perderam agora o 13.º e o 14.º mês.

"Esses são os portugueses que contam cêntimo a cêntimo para chegarem ao fim do mês e conseguirem sobreviver. Esses são os portugueses (...) que têm dificuldade em pagar as suas despesas", sintetizou, adiantando que foi com grande surpresa que ouviu o Presidente "falar das suas dificuldades".

Em finais de janeiro de 2011, depois da aprovação da legislação que pôs termo à acumulação de pensões com vencimentos do Estado, Cavaco prescindiu do seu vencimento de Presidente da República, no valor de 6.523 euros (brutos).

Segundo foi noticiado na altura, o Presidente da República acumula duas pensões, a de professor catedrático na Universidade Nova de Lisboa e a de reformado do Banco de Portugal, que totalizavam, antes dos cortes nas pensões de reforma, cerca de 10 mil euros mensais (brutos).

Saiba mais sobre: PR Semedo

publicidade

marcar artigo