Esquerda exige explicações sobre fim de crónica na Antena 1 > Política > TVI24

03-02-2012
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ACTUALIZADA ÀS 19h27

O PS exigiu esclarecimentos urgentes às direcções de informação e de programação da Antena 1 sobre o fim da crónica do escritor e também jornalista Pedro Rosa Mendes, na sequência de críticas feitas ao regime angolano.

A posição dos socialistas foi transmitida pelo deputado João Portugal. A audição do director de informação da Antena 1 foi aprovada por unanimidade pelos deputados da Comissão para a Ética.

Após as audições com os responsáveis da Antena 1 sobre o que esteve na origem da decisão de acabar com a crónica deste escritor, intitulada «Este tempo», João Portugal admitiu que o PS poderá ainda chamar ao Parlamento para dar explicações o ministro Adjunto e dos Parlamentares, Miguel Relvas.

«A Antena 1 é um canal de rádio que faz serviço público de comunicação e, como tal, deve esclarecer o que se passou com total transparência. Queremos saber se houve alguma influência da tutela para que a direcção de informação ou de programas tomasse esta posição em relação a uma opinião livre, ou se estas direcções, para fazerem algum frete ao Governo, tomaram esta decisão [por si]», justificou João Portugal.

Já o Bloco de Esquerda questionou directamente o ministro dos Assuntos Parlamentares sobre se o fim do programa foi um «acto de censura» a uma crónica «extraordinariamente crítica» sobre Angola e a RTP.

«Exige-se que esta situação seja esclarecida o mais rapidamente possível, e o que o Bloco de Esquerda faz é precisamente isso: questionamos o ministro dos Assuntos Parlamentares, perguntando se tem conhecimento do que aconteceu e quais os fundamentos da decisão, porque precisamos de saber se estamos a assistir a um acto de censura em Portugal», afirmou a deputada do BE Catarina Martins.

O Bloco dirigiu uma pergunta ao ministro Miguel Relvas, que tutela o serviço público de rádio e televisão.

Segundo Catarina Martins, «toda a gente que viu o programa pode ter observado» que o programa «teve tudo menos uma posição minimamente jornalística sobre a situação em Angola».

«O tom crítico de Pedro Rosa Mendes numa crónica, que é uma crónica de opinião, não terá agradado e, por isso mesmo, o jornalista terá sido dispensado. O que nós pedimos é ao Governo para esclarecer exactamente o que aconteceu. Porque se é verdade que um jornalista foi afastado de uma crónica de opinião por ter tido uma opinião contrária à do Governo é um acto de censura inaceitável», sustentou.

A deputada do Bloco sublinhou que, «na passada legislatura, era o próprio PSD, hoje Governo, que falava da asfixia democrática para se referir a comportamentos que pressionavam os jornalistas ou penalizavam os jornalistas por fazerem o seu trabalho ou por puderem expressar a sua opinião».

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O PS exigiu esclarecimentos urgentes às direcções de informação e de programação da Antena 1 sobre o fim da crónica do escritor e também jornalista Pedro Rosa Mendes, na sequência de críticas feitas ao regime angolano.

A posição dos socialistas foi transmitida pelo deputado João Portugal. A audição do director de informação da Antena 1 foi aprovada por unanimidade pelos deputados da Comissão para a Ética.

Após as audições com os responsáveis da Antena 1 sobre o que esteve na origem da decisão de acabar com a crónica deste escritor, intitulada «Este tempo», João Portugal admitiu que o PS poderá ainda chamar ao Parlamento para dar explicações o ministro Adjunto e dos Parlamentares, Miguel Relvas.

«A Antena 1 é um canal de rádio que faz serviço público de comunicação e, como tal, deve esclarecer o que se passou com total transparência. Queremos saber se houve alguma influência da tutela para que a direcção de informação ou de programas tomasse esta posição em relação a uma opinião livre, ou se estas direcções, para fazerem algum frete ao Governo, tomaram esta decisão [por si]», justificou João Portugal.

Já o Bloco de Esquerda questionou directamente o ministro dos Assuntos Parlamentares sobre se o fim do programa foi um «acto de censura» a uma crónica «extraordinariamente crítica» sobre Angola e a RTP.

«Exige-se que esta situação seja esclarecida o mais rapidamente possível, e o que o Bloco de Esquerda faz é precisamente isso: questionamos o ministro dos Assuntos Parlamentares, perguntando se tem conhecimento do que aconteceu e quais os fundamentos da decisão, porque precisamos de saber se estamos a assistir a um acto de censura em Portugal», afirmou a deputada do BE Catarina Martins.

O Bloco dirigiu uma pergunta ao ministro Miguel Relvas, que tutela o serviço público de rádio e televisão.

Segundo Catarina Martins, «toda a gente que viu o programa pode ter observado» que o programa «teve tudo menos uma posição minimamente jornalística sobre a situação em Angola».

«O tom crítico de Pedro Rosa Mendes numa crónica, que é uma crónica de opinião, não terá agradado e, por isso mesmo, o jornalista terá sido dispensado. O que nós pedimos é ao Governo para esclarecer exactamente o que aconteceu. Porque se é verdade que um jornalista foi afastado de uma crónica de opinião por ter tido uma opinião contrária à do Governo é um acto de censura inaceitável», sustentou.

A deputada do Bloco sublinhou que, «na passada legislatura, era o próprio PSD, hoje Governo, que falava da asfixia democrática para se referir a comportamentos que pressionavam os jornalistas ou penalizavam os jornalistas por fazerem o seu trabalho ou por puderem expressar a sua opinião».

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