Câmara Corporativa: Sementes de revolta

28-01-2012
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• Fernando Madrinha, Sementes de revolta: ‘Dois autarcas, o presidente da Câmara do Fundão e o vice-presidente da Câmara do Porto, acabam de trocar os respetivos mandatos por cargos de administração na empresa Águas de Portugal. É o mais recente caso de nomeações partidárias que ridiculariza as proclamações de Passos Coelho e Paulo Portas contra o clientelismo. Trata-se de um sector onde o Governo projeta uma das mais controversas privatizações — a da distribuição de água — e onde os partidos da coligação se apressam a colocar homens de confiança para acompanhar o processo. E talvez para reservarem lugares de mando e controlo após a privatização. (…)Quando se impõem sacrifícios brutais a uma população depauperada e cuja confiança nos poderes públicos anda pelas ruas da amargura, não se pode exigir Para fazer negócios em Portugal importa ter ligações estreitas aos partidos do poder. E o que se deduz do caso EDP dela que aceite e aplauda favoritismos partidários na nomeação de gestores; ou que acredite piamente em coincidências como a de as escolhas dos acionistas estrangeiros para um Conselho Geral da EDP com vencimentos milionários terem logo acertado em nomes grados dos dois partidos do poder. Aliás, se tal coincidência existiu, ela é igualmente preocupante pelo que revela da imagem de Portugal junto desses estrangeiros: um regime podre onde, para fazer negócios. importa manter ligações estreitas com os partidos do poder. Nada de muito diferente, afinal, do que se passa noutros regimes com os quais a maioria dos políticos portugueses teriam vergonha de ser comparados.’


• Fernando Madrinha, Sementes de revolta: ‘Dois autarcas, o presidente da Câmara do Fundão e o vice-presidente da Câmara do Porto, acabam de trocar os respetivos mandatos por cargos de administração na empresa Águas de Portugal. É o mais recente caso de nomeações partidárias que ridiculariza as proclamações de Passos Coelho e Paulo Portas contra o clientelismo. Trata-se de um sector onde o Governo projeta uma das mais controversas privatizações — a da distribuição de água — e onde os partidos da coligação se apressam a colocar homens de confiança para acompanhar o processo. E talvez para reservarem lugares de mando e controlo após a privatização. (…)Quando se impõem sacrifícios brutais a uma população depauperada e cuja confiança nos poderes públicos anda pelas ruas da amargura, não se pode exigir Para fazer negócios em Portugal importa ter ligações estreitas aos partidos do poder. E o que se deduz do caso EDP dela que aceite e aplauda favoritismos partidários na nomeação de gestores; ou que acredite piamente em coincidências como a de as escolhas dos acionistas estrangeiros para um Conselho Geral da EDP com vencimentos milionários terem logo acertado em nomes grados dos dois partidos do poder. Aliás, se tal coincidência existiu, ela é igualmente preocupante pelo que revela da imagem de Portugal junto desses estrangeiros: um regime podre onde, para fazer negócios. importa manter ligações estreitas com os partidos do poder. Nada de muito diferente, afinal, do que se passa noutros regimes com os quais a maioria dos políticos portugueses teriam vergonha de ser comparados.’

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