SIMplex

27-01-2014
marcar artigo

Tiago Julião Neves

A bicicleta é a nova rotunda!

Está quase tudo por fazer na área da mobilidade urbana sustentável em Portugal e o automóvel continua a usurpar a legítima posição das pessoas no topo da hierarquia das políticas de desenvolvimento urbano.

Algo está mal quando a grande ideia do candidato do maior partido da oposição à principal Câmara do pais é brincar novamente às toupeiras para facilitar a entrada de mais carros na cidade. Claro que o túnel do Marques é óptimo a curto prazo mas tem um custo de oportunidade enorme, representa um erro conceptual grave e em breve estará esgotado.

As nossas urbes são poluídas, congestionadas e stressantes devido à depressiva conjugação da ausência de políticas integradas de transporte e urbanismo, níveis de serviço sofríveis, sociedade civil resignada e vontade política servil em relação ao automóvel.

A cidade portuguesa flui ao ritmo do buzinão, com parques onde não se pode pisar a relva e onde os carros adormecem no passeio. Mas isso não é uma inevitabilidade como comprovam Zurique, Bergen ou Copenhaga, urbes agradáveis e cosmopolitas desenvolvidas a pensar nas pessoas.

É fundamental alterar o paradigma de mobilidade das cidades portuguesa porque o modelo actual está esgotado como se depreende dos elevados níveis de poluição atmosférica, visual e sonora, e da desgovernada ocupação espacial. As deslocações urbanas submetem os nossos cidadãos a uma violência quotidiana desnecessária que se reflecte na fadiga e no stress das pessoas que habitam nas grandes cidades e sobretudo na sua periferia.

Tiago Julião Neves

A bicicleta é a nova rotunda!

Está quase tudo por fazer na área da mobilidade urbana sustentável em Portugal e o automóvel continua a usurpar a legítima posição das pessoas no topo da hierarquia das políticas de desenvolvimento urbano.

Algo está mal quando a grande ideia do candidato do maior partido da oposição à principal Câmara do pais é brincar novamente às toupeiras para facilitar a entrada de mais carros na cidade. Claro que o túnel do Marques é óptimo a curto prazo mas tem um custo de oportunidade enorme, representa um erro conceptual grave e em breve estará esgotado.

As nossas urbes são poluídas, congestionadas e stressantes devido à depressiva conjugação da ausência de políticas integradas de transporte e urbanismo, níveis de serviço sofríveis, sociedade civil resignada e vontade política servil em relação ao automóvel.

A cidade portuguesa flui ao ritmo do buzinão, com parques onde não se pode pisar a relva e onde os carros adormecem no passeio. Mas isso não é uma inevitabilidade como comprovam Zurique, Bergen ou Copenhaga, urbes agradáveis e cosmopolitas desenvolvidas a pensar nas pessoas.

É fundamental alterar o paradigma de mobilidade das cidades portuguesa porque o modelo actual está esgotado como se depreende dos elevados níveis de poluição atmosférica, visual e sonora, e da desgovernada ocupação espacial. As deslocações urbanas submetem os nossos cidadãos a uma violência quotidiana desnecessária que se reflecte na fadiga e no stress das pessoas que habitam nas grandes cidades e sobretudo na sua periferia.

marcar artigo