Tiago Julião Neves
A bicicleta é a nova rotunda!
Está quase tudo por fazer na área da mobilidade urbana sustentável em Portugal e o automóvel continua a usurpar a legítima posição das pessoas no topo da hierarquia das políticas de desenvolvimento urbano.
Algo está mal quando a grande ideia do candidato do maior partido da oposição à principal Câmara do pais é brincar novamente às toupeiras para facilitar a entrada de mais carros na cidade. Claro que o túnel do Marques é óptimo a curto prazo mas tem um custo de oportunidade enorme, representa um erro conceptual grave e em breve estará esgotado.
As nossas urbes são poluídas, congestionadas e stressantes devido à depressiva conjugação da ausência de políticas integradas de transporte e urbanismo, níveis de serviço sofríveis, sociedade civil resignada e vontade política servil em relação ao automóvel.
A cidade portuguesa flui ao ritmo do buzinão, com parques onde não se pode pisar a relva e onde os carros adormecem no passeio. Mas isso não é uma inevitabilidade como comprovam Zurique, Bergen ou Copenhaga, urbes agradáveis e cosmopolitas desenvolvidas a pensar nas pessoas.
É fundamental alterar o paradigma de mobilidade das cidades portuguesa porque o modelo actual está esgotado como se depreende dos elevados níveis de poluição atmosférica, visual e sonora, e da desgovernada ocupação espacial. As deslocações urbanas submetem os nossos cidadãos a uma violência quotidiana desnecessária que se reflecte na fadiga e no stress das pessoas que habitam nas grandes cidades e sobretudo na sua periferia.
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Tiago Julião Neves
A bicicleta é a nova rotunda!
Está quase tudo por fazer na área da mobilidade urbana sustentável em Portugal e o automóvel continua a usurpar a legítima posição das pessoas no topo da hierarquia das políticas de desenvolvimento urbano.
Algo está mal quando a grande ideia do candidato do maior partido da oposição à principal Câmara do pais é brincar novamente às toupeiras para facilitar a entrada de mais carros na cidade. Claro que o túnel do Marques é óptimo a curto prazo mas tem um custo de oportunidade enorme, representa um erro conceptual grave e em breve estará esgotado.
As nossas urbes são poluídas, congestionadas e stressantes devido à depressiva conjugação da ausência de políticas integradas de transporte e urbanismo, níveis de serviço sofríveis, sociedade civil resignada e vontade política servil em relação ao automóvel.
A cidade portuguesa flui ao ritmo do buzinão, com parques onde não se pode pisar a relva e onde os carros adormecem no passeio. Mas isso não é uma inevitabilidade como comprovam Zurique, Bergen ou Copenhaga, urbes agradáveis e cosmopolitas desenvolvidas a pensar nas pessoas.
É fundamental alterar o paradigma de mobilidade das cidades portuguesa porque o modelo actual está esgotado como se depreende dos elevados níveis de poluição atmosférica, visual e sonora, e da desgovernada ocupação espacial. As deslocações urbanas submetem os nossos cidadãos a uma violência quotidiana desnecessária que se reflecte na fadiga e no stress das pessoas que habitam nas grandes cidades e sobretudo na sua periferia.