"Cortaram pernas ao país" mas "plano de fisioterapia" só em junho

18-03-2015
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Falando em plenário, na Assembleia da República, o vice-presidente da bancada socialista João Paulo Correia defendeu que, atualmente, não são só os partidos da oposição que concluem que o Governo não alcançou as suas metas financeiras, económicas e sociais, mas também o Fundo Monetário Internacional (FMI), a Comissão Europeia e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

De acordo com João Paulo Correia, Bruxelas "ainda recentemente alertou que a criação de emprego deverá abrandar e que a taxa de desemprego continuará em níveis muito elevados".

"Se a situação social se agravou, a instabilidade diária provocada pelo Governo é cada vez mais insustentável. Veja-se o caos nas urgências hospitalares e no arranque do ano escolar, para além de um vasto conjunto de trapalhadas, como são exemplos os diversos concursos na área dos transportes e o recente caso da lista VIP de contribuintes", referiu o dirigente da bancada socialista.

A reação mais dura a este discurso partiu da bancada do CDS, por intermédio da deputada Cecília Meireles, que aludiu às críticas que o PS fazia ao Governo por, hipoteticamente, "ser mais troikista do que a 'troika'".

No entanto, agora, segundo a deputada do CDS, o PS usa as conclusões da 'troika' para criticar o executivo. "Depois de terem feito essas acusações ao Governo, é preciso que o PS tenha algum pudor em utilizar esse tipo de argumentos", disse Cecília Meireles.

Pela parte do PSD, o deputado Adão Silva referiu-se com ironia à defesa que o secretário-geral do PS, António Costa, faz sobre a necessidade de Portugal ter um programa de fisioterapia ao nível económico.

"Mas quem cortou as pernas ao país quer agora um programa de fisioterapia? E quais são os exercícios que têm previsto? Só os apresentam a 6 de junho?", questionou o deputado social-democrata.

Já o deputado do Bloco de Esquerda José Soeiro, que hoje regressou ao parlamento em substituição de João Semedo, pediu ao PS "para dizer alguma coisa de esquerda" em matérias como o Tratado Orçamental ou "a insustentabilidade da dívida" portuguesa.

Mais duro, o deputado do PCP Jorge Machado perguntou ao "vice" socialista João Paulo Correia se o PS está disponível para apoiar medidas como a eliminação da condição de recursos para acesso às prestações sociais, ou a valorização dos salários.

É que, de acordo com Jorge Machado, o PS atua de "uma forma quando está na oposição e outra quando está no Governo", dando então como exemplo o plano de emergência social para o distrito do Porto.

"Quando o PS está na oposição vota a favor, mas quando está no Governo vota contra", disse.

João Paulo Correia respondeu também de forma dura: "É curioso que sempre que o PCP interpela o PS coloca o seu discurso ao lado dos partidos da direita", afirmou.

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De acordo com João Paulo Correia, Bruxelas "ainda recentemente alertou que a criação de emprego deverá abrandar e que a taxa de desemprego continuará em níveis muito elevados".

"Se a situação social se agravou, a instabilidade diária provocada pelo Governo é cada vez mais insustentável. Veja-se o caos nas urgências hospitalares e no arranque do ano escolar, para além de um vasto conjunto de trapalhadas, como são exemplos os diversos concursos na área dos transportes e o recente caso da lista VIP de contribuintes", referiu o dirigente da bancada socialista.

A reação mais dura a este discurso partiu da bancada do CDS, por intermédio da deputada Cecília Meireles, que aludiu às críticas que o PS fazia ao Governo por, hipoteticamente, "ser mais troikista do que a 'troika'".

No entanto, agora, segundo a deputada do CDS, o PS usa as conclusões da 'troika' para criticar o executivo. "Depois de terem feito essas acusações ao Governo, é preciso que o PS tenha algum pudor em utilizar esse tipo de argumentos", disse Cecília Meireles.

Pela parte do PSD, o deputado Adão Silva referiu-se com ironia à defesa que o secretário-geral do PS, António Costa, faz sobre a necessidade de Portugal ter um programa de fisioterapia ao nível económico.

"Mas quem cortou as pernas ao país quer agora um programa de fisioterapia? E quais são os exercícios que têm previsto? Só os apresentam a 6 de junho?", questionou o deputado social-democrata.

Já o deputado do Bloco de Esquerda José Soeiro, que hoje regressou ao parlamento em substituição de João Semedo, pediu ao PS "para dizer alguma coisa de esquerda" em matérias como o Tratado Orçamental ou "a insustentabilidade da dívida" portuguesa.

Mais duro, o deputado do PCP Jorge Machado perguntou ao "vice" socialista João Paulo Correia se o PS está disponível para apoiar medidas como a eliminação da condição de recursos para acesso às prestações sociais, ou a valorização dos salários.

É que, de acordo com Jorge Machado, o PS atua de "uma forma quando está na oposição e outra quando está no Governo", dando então como exemplo o plano de emergência social para o distrito do Porto.

"Quando o PS está na oposição vota a favor, mas quando está no Governo vota contra", disse.

João Paulo Correia respondeu também de forma dura: "É curioso que sempre que o PCP interpela o PS coloca o seu discurso ao lado dos partidos da direita", afirmou.

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