Algumas previsões para 2010
Sócrates voltará a declarar o fim da crise, ou o princípio do fim da crise, ou a inversão da terceira derivada da crise.
O Ministro das Finanças declarará que o défice de 10,2% relativo ao ano de 2009 é perfeitamente normal e expectável, dada a crise internacional.
Ministro das Finanças apresentará um orçamento para 2010 com 7,5% de défice. O ministro falará num “esforço para consolidar as contas públicas”. José Sócrates falará num orçamento para “combater a crise”. O défice real de 2010 será de 9,5%.
Portugal sofrerá uma campanha negra por parte das agências de rating.
Os keynesianos portugueses vão defender despesa pública contra a crise até ao colapso total da credibilidade internacional do Estado português. No dia seguinte passarão a defender medidas de austeridade com a mesma convicção com que defenderam o despesismo.
José Sócrates começará a procurar emprego lá fora. Dificuldades com a língua inglesa dificultam-lhe a tarefa.
Medina Carreira começará cada vez mais a ser visto como um optimista inveterado.
Os abrantes de serviço começarão a procurar exemplos internacionais no Norte de África para provar que a situação portuguesa está longe de ser a pior do mundo. É apenas a 15ª pior do mundo.
Novas ideias para melhorar a justiça em Portugal serão colocadas em cima da mesa. Contratação de juízes ingleses será vista por Noronha do Nascimento como um insulto.
Maria José Morgado e Cândida Almeida darão entrevistas.
Será feita uma nova lei contra a corrupção.
O Blasfémias começará a defender Barack Obama dos ataques de Mário Soares, Teresa de Sousa, Costa Ribas e Daniel Oliveira.
Em Dezembro de 2010, 2 anos e meio depois da falência do Lehman Brothers, José Sócrates culpará a crise internacional pelos problemas do país.
Sócrates lançará novos projectos, que terão o mesmo sucesso que o Via CTT, o parque de Ondas da Aguçadoura, o Aeroporto de Beja e a fábrica de pilhas combustível de Montemor-o-Velho.
A Caixa Geral de Depósitos continuará a defender os centros de decisão angolanos.
O Estado continuará a salvar a Qimonda, a Aerosoles e as minas de Aljustrel.
Será inaugurado o Centro Internacional de Nanotecnologia de Braga.
Novo candidato a ditador de país sul-americano fará as delícias da esquerda portuguesa.
Prós e Contras dedicado aos problemas do país diagnosticará crise de valores, exigirá mudança de paradigma e culminará com uma mostra do bom que se faz em Portugal. Erro da produção, que mete no ar programa com 4 anos, só será detectado por Eduardo Cintra Torres.
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Algumas previsões para 2010
Sócrates voltará a declarar o fim da crise, ou o princípio do fim da crise, ou a inversão da terceira derivada da crise.
O Ministro das Finanças declarará que o défice de 10,2% relativo ao ano de 2009 é perfeitamente normal e expectável, dada a crise internacional.
Ministro das Finanças apresentará um orçamento para 2010 com 7,5% de défice. O ministro falará num “esforço para consolidar as contas públicas”. José Sócrates falará num orçamento para “combater a crise”. O défice real de 2010 será de 9,5%.
Portugal sofrerá uma campanha negra por parte das agências de rating.
Os keynesianos portugueses vão defender despesa pública contra a crise até ao colapso total da credibilidade internacional do Estado português. No dia seguinte passarão a defender medidas de austeridade com a mesma convicção com que defenderam o despesismo.
José Sócrates começará a procurar emprego lá fora. Dificuldades com a língua inglesa dificultam-lhe a tarefa.
Medina Carreira começará cada vez mais a ser visto como um optimista inveterado.
Os abrantes de serviço começarão a procurar exemplos internacionais no Norte de África para provar que a situação portuguesa está longe de ser a pior do mundo. É apenas a 15ª pior do mundo.
Novas ideias para melhorar a justiça em Portugal serão colocadas em cima da mesa. Contratação de juízes ingleses será vista por Noronha do Nascimento como um insulto.
Maria José Morgado e Cândida Almeida darão entrevistas.
Será feita uma nova lei contra a corrupção.
O Blasfémias começará a defender Barack Obama dos ataques de Mário Soares, Teresa de Sousa, Costa Ribas e Daniel Oliveira.
Em Dezembro de 2010, 2 anos e meio depois da falência do Lehman Brothers, José Sócrates culpará a crise internacional pelos problemas do país.
Sócrates lançará novos projectos, que terão o mesmo sucesso que o Via CTT, o parque de Ondas da Aguçadoura, o Aeroporto de Beja e a fábrica de pilhas combustível de Montemor-o-Velho.
A Caixa Geral de Depósitos continuará a defender os centros de decisão angolanos.
O Estado continuará a salvar a Qimonda, a Aerosoles e as minas de Aljustrel.
Será inaugurado o Centro Internacional de Nanotecnologia de Braga.
Novo candidato a ditador de país sul-americano fará as delícias da esquerda portuguesa.
Prós e Contras dedicado aos problemas do país diagnosticará crise de valores, exigirá mudança de paradigma e culminará com uma mostra do bom que se faz em Portugal. Erro da produção, que mete no ar programa com 4 anos, só será detectado por Eduardo Cintra Torres.