PALAVROSSAVRVS REX: DÉPUTÉS ET LAPIN AUX CHAMPIGNONS

30-06-2011
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O eleitorado português ainda não descobriu inteiramente o poder que lhe assiste para criar e recriar o Hemiciclo e dar dinamismo à vida política portuguesa. O PCP não nos pode colocar na União Soviética nem fazer de Portugal uma Cuba ideologizada e consta que os seus quadros políticos primam pelo respeito pelo cidadão e um serviço denodado e impoluto à coisa pública. Só por desinformação haveria alguma coisa a temer de um partido patriótico composto por portugueses. O BE é um partido cuja agenda passa por centrar nas pessoas o que o Capital subtrai para coisa nenhuma a não ser para atávico acumular de lucros. O PP renova os seus dirigentes, preocupa-se com a agricultura e com as pescas e tem igualmente uma tonalidade patriótica provavelmente mais dura de roer pela Comissão Europeia que a moleza negocial revelada por PSD e PS. A democracia é criativa. Em Portugal tem sido capturada e sequestrada por interesses e lóbis sem humanidade e sem visão de conjunto. Pagar mal às pessoas e explorá-las é o legado intocável do Bloco de Centro. Quanto às listas do PSD gizadas por MFL, cada vez mais velhos, cada vez mais os mesmos. Ser deputado não é o efeito de alguém que se afirma e impõe por si mesmo, seduz com obras e pensamento uma base. Decorre de se ser escolhido por um líder, caucionado por uma cúpula, em vez de designado pelas bases e essa mecânica funcionaresca e lealista irreleva desde logo o deputado e o que esperar dele. A novela Passos Coelho nesse ponto é redonda quanto ao aviário político dos grandes partidos e os constructos imagéticos que não interessam ao País, como Sócrates arvorado em neo-Salazar delambido por si mesmo, tal como Coelho se adora religiosamente. Cada vez mais decorativo e distante. A sociedade civil, os seus movimentos, os blogues e os Fora terão muito trabalho pela frente. Em primeiro lugar, recordar o primado do cidadão nas políticas, o carácter instrumental dos partidos e não finalidade, coisa por que este PS esperançosamente será punido: «O conselho nacional do PSD dividiu-se ontem na hora de aprovar as listas de deputados às legislativas de Setembro de Manuela Ferreira Leite. Na hora de contar os votos, as candidaturas tiveram menos de 60 por cento dos votos a favor e os votos contra de 36 por cento – 59 votos a favor, 37 contra e 5 abstenções.»


O eleitorado português ainda não descobriu inteiramente o poder que lhe assiste para criar e recriar o Hemiciclo e dar dinamismo à vida política portuguesa. O PCP não nos pode colocar na União Soviética nem fazer de Portugal uma Cuba ideologizada e consta que os seus quadros políticos primam pelo respeito pelo cidadão e um serviço denodado e impoluto à coisa pública. Só por desinformação haveria alguma coisa a temer de um partido patriótico composto por portugueses. O BE é um partido cuja agenda passa por centrar nas pessoas o que o Capital subtrai para coisa nenhuma a não ser para atávico acumular de lucros. O PP renova os seus dirigentes, preocupa-se com a agricultura e com as pescas e tem igualmente uma tonalidade patriótica provavelmente mais dura de roer pela Comissão Europeia que a moleza negocial revelada por PSD e PS. A democracia é criativa. Em Portugal tem sido capturada e sequestrada por interesses e lóbis sem humanidade e sem visão de conjunto. Pagar mal às pessoas e explorá-las é o legado intocável do Bloco de Centro. Quanto às listas do PSD gizadas por MFL, cada vez mais velhos, cada vez mais os mesmos. Ser deputado não é o efeito de alguém que se afirma e impõe por si mesmo, seduz com obras e pensamento uma base. Decorre de se ser escolhido por um líder, caucionado por uma cúpula, em vez de designado pelas bases e essa mecânica funcionaresca e lealista irreleva desde logo o deputado e o que esperar dele. A novela Passos Coelho nesse ponto é redonda quanto ao aviário político dos grandes partidos e os constructos imagéticos que não interessam ao País, como Sócrates arvorado em neo-Salazar delambido por si mesmo, tal como Coelho se adora religiosamente. Cada vez mais decorativo e distante. A sociedade civil, os seus movimentos, os blogues e os Fora terão muito trabalho pela frente. Em primeiro lugar, recordar o primado do cidadão nas políticas, o carácter instrumental dos partidos e não finalidade, coisa por que este PS esperançosamente será punido: «O conselho nacional do PSD dividiu-se ontem na hora de aprovar as listas de deputados às legislativas de Setembro de Manuela Ferreira Leite. Na hora de contar os votos, as candidaturas tiveram menos de 60 por cento dos votos a favor e os votos contra de 36 por cento – 59 votos a favor, 37 contra e 5 abstenções.»

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