O Cachimbo de Magritte: Teimosia Viável ou um País de Bárbaros?

03-07-2011
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Dizia-me um amigo das andanças académicas que estava preocupado com a incapacidade crescente manifestada pelos académicos portugueses de aceitar críticas ao seu trabalho. Repare-se que estou a falar do meio académico, em que a crítica dos pares desempenha um papel insubstituível na progressão do trabalho científico. E a queixa deste meu amigo pode ser verificada todos os dias, em todas as esferas de actividade. Somos um País de gente medrosa, insegura, freneticamente ciosa do risível quintal que vai assegurando, e em guerra com um conjunto infindável de ameaças que os outros suscitam. No fundo, isto é também um reflexo do País que fomos construindo nos últimos anos. Um País literalmente de bárbaros, isto é, de pessoas incapazes de manter uma conversação racional.


Dizia-me um amigo das andanças académicas que estava preocupado com a incapacidade crescente manifestada pelos académicos portugueses de aceitar críticas ao seu trabalho. Repare-se que estou a falar do meio académico, em que a crítica dos pares desempenha um papel insubstituível na progressão do trabalho científico. E a queixa deste meu amigo pode ser verificada todos os dias, em todas as esferas de actividade. Somos um País de gente medrosa, insegura, freneticamente ciosa do risível quintal que vai assegurando, e em guerra com um conjunto infindável de ameaças que os outros suscitam. No fundo, isto é também um reflexo do País que fomos construindo nos últimos anos. Um País literalmente de bárbaros, isto é, de pessoas incapazes de manter uma conversação racional.

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