O Cachimbo de Magritte: A propósito dos Portugueses lá fora (da série "Lições do INSEAD")

03-07-2011
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O tema é recorrente mas merece ser novamente abordado. O subscritor destas linhas teve o privilégio de passar um ano no INSEAD, uma escola europeia de gestão, com campus em França e Singapura. Todos os anos, de entre os 400 alunos oriundos de 60 países diferentes, estão lá sempre 10 ou 15 Tugas, um número proporcionalmente muito acima da nossa dimensão. E não é por acaso: os nossos compatriotas apresentam-se com uma preparação e desempenho excepcionais. Do seu background académico constam a engenharia do Técnico ou da FEUP e a gestão da Católica/Nova; profissionalmente estiveram em boas consultoras ou multinacionais no nosso país. Mas se tecnicamente se destacam, onde a categoria Tuga vem ao de cima é nas soft skills: a rapidez com que se adaptam a trabalhar com culturas diferentes e a sua resistência à pressão - sobretudo situações de última hora - são impressionantes (ui o que eu vi sofrer americanos, alemães, chineses etc.). Alguém me contou lá esta história: "A fábrica perfeita é totalmente constituída por operários alemães e um português dentro de uma caixa de vidro, onde se lê "quebrar em caso de emergência"".Mas não foi só no ambiente do INSEAD que vi Portugueses a brilhar. Em Singapura, Macau e Austrália estive com vários profissionais da minha geração (25-35 anos), também eles muito reconhecidos pela sua preparação técnica e pela referida flexibilidade. O pior é quando se lhes pergunta quando é que voltam.


O tema é recorrente mas merece ser novamente abordado. O subscritor destas linhas teve o privilégio de passar um ano no INSEAD, uma escola europeia de gestão, com campus em França e Singapura. Todos os anos, de entre os 400 alunos oriundos de 60 países diferentes, estão lá sempre 10 ou 15 Tugas, um número proporcionalmente muito acima da nossa dimensão. E não é por acaso: os nossos compatriotas apresentam-se com uma preparação e desempenho excepcionais. Do seu background académico constam a engenharia do Técnico ou da FEUP e a gestão da Católica/Nova; profissionalmente estiveram em boas consultoras ou multinacionais no nosso país. Mas se tecnicamente se destacam, onde a categoria Tuga vem ao de cima é nas soft skills: a rapidez com que se adaptam a trabalhar com culturas diferentes e a sua resistência à pressão - sobretudo situações de última hora - são impressionantes (ui o que eu vi sofrer americanos, alemães, chineses etc.). Alguém me contou lá esta história: "A fábrica perfeita é totalmente constituída por operários alemães e um português dentro de uma caixa de vidro, onde se lê "quebrar em caso de emergência"".Mas não foi só no ambiente do INSEAD que vi Portugueses a brilhar. Em Singapura, Macau e Austrália estive com vários profissionais da minha geração (25-35 anos), também eles muito reconhecidos pela sua preparação técnica e pela referida flexibilidade. O pior é quando se lhes pergunta quando é que voltam.

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