Quo Vadis, Krugman?

21-01-2012
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Qual é a mensagem que se transmite ao mundo nesse momento de crise quando o Nobel de Economia premia um economista como Paul Krugman?

Com Wall Street em chamas, falar de liberalismo hoje é mais insultuoso do que invocar Mefistófeles, ato que pode, pelo menos, soar excêntrico. A maioria arrasadora das análises sobre a crise e sobre as possibilidades de solução recai na intervenção do estado. Até gente antes identificada com princípios liberais pede a mão visível do governo porque, segundo eles, o estado foi co-responsável por ser o agente definidor das regras e ter permitido a “farra”.

Krugman é o economista que, na pele de intelectual público (colunista do New York Times), defende a tese segundo a qual o intervencionismo estatal é uma importante ferramenta de crescimento econômico.

Ao mesmo tempo em que se pode argumentar que, sim, Krugman foi premiado por seu estudo sobre comércio internacional, não vejo como separar seu trabalho da forma como articula sua idéia sobre o funcionamento do mercado. A Economia é baseada nos postulados da racionalidade e do equilíbrio. É sobre esses princípios que Krugman elabora uma estrutura econômica de análise aplicando seu viés ideológico.

Krugman não é o primeiro e nem será o último economista estatal a ganhar o Nobel. Sendo assim, a priori, não há nenhuma tragédia nova a desconfigurar a já estabelecida. Mas o prêmio, na atual conjuntura, tem um impacto político relevante que justifica a pergunta inicial deste texto: qual é a mensagem que se dá ao mundo nesse momento de crise quando o Nobel de Economia premia um economista como Paul Krugman?

O Nobel a Krugman é a última flor que se joga no caixão construído para enterrar o mercado, o liberalismo, o capitalismo e tudo aquilo que não seja o modelo de protagonismo estatal. O sistema responsável pela melhoria de vida das pessoas ao longo de décadas foi transformado num cadáver insepulto. Na hora das responsabilizações é mais fácil culpabilizar aquilo que não tem rosto.

Crise de Wall Street; discurso de Obama defendendo um plano de recuperação econômica capitaneado pelo governo dos Estados Unidos; governos europeus viabilizando a sanha estatizante; exércitos de analistas estatais clamando por sangue; vésperas da eleição presidencial americana. Ainda bem que não estamos falando de teoria da conspiração, mas de um movimento normal que pode ser o início ou o fim de um ciclo político-econômico.

Qual é a mensagem que se transmite ao mundo nesse momento de crise quando o Nobel de Economia premia um economista como Paul Krugman?

Com Wall Street em chamas, falar de liberalismo hoje é mais insultuoso do que invocar Mefistófeles, ato que pode, pelo menos, soar excêntrico. A maioria arrasadora das análises sobre a crise e sobre as possibilidades de solução recai na intervenção do estado. Até gente antes identificada com princípios liberais pede a mão visível do governo porque, segundo eles, o estado foi co-responsável por ser o agente definidor das regras e ter permitido a “farra”.

Krugman é o economista que, na pele de intelectual público (colunista do New York Times), defende a tese segundo a qual o intervencionismo estatal é uma importante ferramenta de crescimento econômico.

Ao mesmo tempo em que se pode argumentar que, sim, Krugman foi premiado por seu estudo sobre comércio internacional, não vejo como separar seu trabalho da forma como articula sua idéia sobre o funcionamento do mercado. A Economia é baseada nos postulados da racionalidade e do equilíbrio. É sobre esses princípios que Krugman elabora uma estrutura econômica de análise aplicando seu viés ideológico.

Krugman não é o primeiro e nem será o último economista estatal a ganhar o Nobel. Sendo assim, a priori, não há nenhuma tragédia nova a desconfigurar a já estabelecida. Mas o prêmio, na atual conjuntura, tem um impacto político relevante que justifica a pergunta inicial deste texto: qual é a mensagem que se dá ao mundo nesse momento de crise quando o Nobel de Economia premia um economista como Paul Krugman?

O Nobel a Krugman é a última flor que se joga no caixão construído para enterrar o mercado, o liberalismo, o capitalismo e tudo aquilo que não seja o modelo de protagonismo estatal. O sistema responsável pela melhoria de vida das pessoas ao longo de décadas foi transformado num cadáver insepulto. Na hora das responsabilizações é mais fácil culpabilizar aquilo que não tem rosto.

Crise de Wall Street; discurso de Obama defendendo um plano de recuperação econômica capitaneado pelo governo dos Estados Unidos; governos europeus viabilizando a sanha estatizante; exércitos de analistas estatais clamando por sangue; vésperas da eleição presidencial americana. Ainda bem que não estamos falando de teoria da conspiração, mas de um movimento normal que pode ser o início ou o fim de um ciclo político-econômico.

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