O Cachimbo de Magritte: Ronda da noite

07-07-2011
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No meio da barragem de posts que os blogues socráticos têm erguido contra o "caso Mário Crespo" (para provar, diz o Filipe Nunes Vicente, que não há caso nenhum), surgiu ontem um tijolo de peso: o "desmentido de Nuno Santos". O João Galamba agarrou a bóia de salvação com as duas mãos, a primeira para calar "os alucinados da asfixia democrática" e a segunda para calar "os crentes da asfixia democrática" Não percebi - sou de direita - se uns e outros são os mesmos. Talvez os "alucinados" sejam os ateus da asfixia democrática, talvez os "crentes" sejam os lúcidos da democrática asfixia.O que percebi é que um tijolo serve mal de bóia. Santos não desmentiu a conversa com Sócrates nem o que Sócrates terá dito sobre Crespo, mas que a conversa tenha sido como a descreve Crespo. Seria a modos que útil saber como a descreve Santos. Desculpem a maçada, mas isto de ver um Primeiro-Ministro a exigir em público a "solução" de um jornalista dá-me para a calhandrice.Acresce que simpatizo com o João Galamba. Antes de ser deputado do Partido Socratista, ele pensava fora da "lógica estéril da barricada ideológica". Mesmo depois, devo-lhe o argumento mais interessante que li em defesa do "casamento" gay, uma coisa sobre história que metia Nietszche e a que um dia hei-de responder, se nos sobrar tempo e paciência. Às vezes irrita-se, mas eu também. A diferença é que ele se irrita com as pessoas erradas e eu com as certas. Quem foi eleito com a missão (ia a dizer sagrada, mas não quero ofender ninguém) de "avançar Portugal" deve sentir-se acima dos watergates da aldeia. Mas vamos muito mal, lembra a Ana Margarida Craveiro, quando a esquerda que julga ter o monopólio da defesa da liberdade não se preocupa com a defesa das liberdades. Vamos muito mal. E não esperem que nos habituemos.


No meio da barragem de posts que os blogues socráticos têm erguido contra o "caso Mário Crespo" (para provar, diz o Filipe Nunes Vicente, que não há caso nenhum), surgiu ontem um tijolo de peso: o "desmentido de Nuno Santos". O João Galamba agarrou a bóia de salvação com as duas mãos, a primeira para calar "os alucinados da asfixia democrática" e a segunda para calar "os crentes da asfixia democrática" Não percebi - sou de direita - se uns e outros são os mesmos. Talvez os "alucinados" sejam os ateus da asfixia democrática, talvez os "crentes" sejam os lúcidos da democrática asfixia.O que percebi é que um tijolo serve mal de bóia. Santos não desmentiu a conversa com Sócrates nem o que Sócrates terá dito sobre Crespo, mas que a conversa tenha sido como a descreve Crespo. Seria a modos que útil saber como a descreve Santos. Desculpem a maçada, mas isto de ver um Primeiro-Ministro a exigir em público a "solução" de um jornalista dá-me para a calhandrice.Acresce que simpatizo com o João Galamba. Antes de ser deputado do Partido Socratista, ele pensava fora da "lógica estéril da barricada ideológica". Mesmo depois, devo-lhe o argumento mais interessante que li em defesa do "casamento" gay, uma coisa sobre história que metia Nietszche e a que um dia hei-de responder, se nos sobrar tempo e paciência. Às vezes irrita-se, mas eu também. A diferença é que ele se irrita com as pessoas erradas e eu com as certas. Quem foi eleito com a missão (ia a dizer sagrada, mas não quero ofender ninguém) de "avançar Portugal" deve sentir-se acima dos watergates da aldeia. Mas vamos muito mal, lembra a Ana Margarida Craveiro, quando a esquerda que julga ter o monopólio da defesa da liberdade não se preocupa com a defesa das liberdades. Vamos muito mal. E não esperem que nos habituemos.

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