Carlos Costa recusa pronunciar-se sobre viabilidade do GES

30-05-2014
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Empresas/Finanças
18:09

Carlos Costa recusa pronunciar-se sobre viabilidade do GES
Lusa
18:09

O governador do Banco de Portugal recusou hoje pronunciar-se sobre a viabilidade do grupo Espírito Santo, dizendo apenas que todas as entidades supervisionadas respeitam os rácios de capital exigidos.
Carlos Costa, que está esta tarde a ser ouvido na Comissão parlamentar do Orçamento, Finanças e Administração Pública, foi questionado pelos deputados do PS, João Galamba, e do PCP, Paulo Sá, sobre a viabilidade do grupo Espírito Santo, mas recusou pronunciar-se sobre a matéria.
Carlos Costa garantiu apenas que o Banco de Portugal "acompanha as instituições que estão sob a sua responsabilidade e que todas as entidades supervisionadas respeitam os rácios de capital exigidos".
João Galamba questionou o governador sobre um "conjunto de irregularidades ligadas" ao BES e aos seus administradores e questionou o que vai ser feito relativamente à situação deste banco.
Já Paulo Sá, por seu turno, interrogou Carlos Costa sobre se "há ou não riscos e impactos orçamentais da situação do BES, [riscos de serem os contribuintes] a pagar desmames de um banco privado".
Apesar da insistência dos deputados dos dois grupos parlamentares, Carlos Costa frisou: "sobre instituições financeiras não me pronunciarei porque estou vinculado ao dever de segredo".
O Banco Espírito Santo (BES) arrancou na terça-feira com um aumento de capital de até 1.045 milhões de euros, uma operação que já levou a conhecerem-se vários problemas no grupo e poderá significar alterações significativas na estrutura accionista.
Quando deu a conhecer a operação, o banco liderado por Ricardo Salgado disse que esta permitirá ao BES "reforçar a sua base de capital, por forma a potenciar a sua vantagem competitiva na recuperação da economia portuguesa e o crescimento nos mercados internacionais onde está presente" e ainda "criar reservas adicionais de capital", neste caso para fazer face à nova regulação do sector bancário (CRD IV) e aos testes de 'stress' do Banco Central Europeu (BCE).
No entanto, as implicações deste aumento de capital são ainda maiores.
O prospecto que deu a conhecer os pormenores da operação, divulgado ao mercado a semana passada, confirmou a existência de irregularidades graves nas contas da 'holding' Espírito Santo Internacional e foi o mote para conhecer os problemas do grupo Espirito Santo e as mudanças que está a atravessar.
Com a garantia de que o banco não seria contaminado, o presidente do BES, Ricardo Salgado, deu no dia seguinte uma entrevista ao Jornal de Negócios em que fez um 'mea culpa' pelo que está a acontecer no grupo.
Além disso, este aumento de capital poderá levar à entrada de novos investidores no banco ao mesmo tempo que a família Espírito Santo e o francês Crédit Agricole deverão diminuir as suas posições.
 

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Carlos Costa, que está esta tarde a ser ouvido na Comissão parlamentar do Orçamento, Finanças e Administração Pública, foi questionado pelos deputados do PS, João Galamba, e do PCP, Paulo Sá, sobre a viabilidade do grupo Espírito Santo, mas recusou pronunciar-se sobre a matéria.
Carlos Costa garantiu apenas que o Banco de Portugal "acompanha as instituições que estão sob a sua responsabilidade e que todas as entidades supervisionadas respeitam os rácios de capital exigidos".
João Galamba questionou o governador sobre um "conjunto de irregularidades ligadas" ao BES e aos seus administradores e questionou o que vai ser feito relativamente à situação deste banco.
Já Paulo Sá, por seu turno, interrogou Carlos Costa sobre se "há ou não riscos e impactos orçamentais da situação do BES, [riscos de serem os contribuintes] a pagar desmames de um banco privado".
Apesar da insistência dos deputados dos dois grupos parlamentares, Carlos Costa frisou: "sobre instituições financeiras não me pronunciarei porque estou vinculado ao dever de segredo".
O Banco Espírito Santo (BES) arrancou na terça-feira com um aumento de capital de até 1.045 milhões de euros, uma operação que já levou a conhecerem-se vários problemas no grupo e poderá significar alterações significativas na estrutura accionista.
Quando deu a conhecer a operação, o banco liderado por Ricardo Salgado disse que esta permitirá ao BES "reforçar a sua base de capital, por forma a potenciar a sua vantagem competitiva na recuperação da economia portuguesa e o crescimento nos mercados internacionais onde está presente" e ainda "criar reservas adicionais de capital", neste caso para fazer face à nova regulação do sector bancário (CRD IV) e aos testes de 'stress' do Banco Central Europeu (BCE).
No entanto, as implicações deste aumento de capital são ainda maiores.
O prospecto que deu a conhecer os pormenores da operação, divulgado ao mercado a semana passada, confirmou a existência de irregularidades graves nas contas da 'holding' Espírito Santo Internacional e foi o mote para conhecer os problemas do grupo Espirito Santo e as mudanças que está a atravessar.
Com a garantia de que o banco não seria contaminado, o presidente do BES, Ricardo Salgado, deu no dia seguinte uma entrevista ao Jornal de Negócios em que fez um 'mea culpa' pelo que está a acontecer no grupo.
Além disso, este aumento de capital poderá levar à entrada de novos investidores no banco ao mesmo tempo que a família Espírito Santo e o francês Crédit Agricole deverão diminuir as suas posições.
 

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