O Cachimbo de Magritte: O caso é pior

06-07-2011
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O José Gomes André corrige vários pontos deste texto do Eduardo Pitta, mas a crítica é curta:1. O Eduardo diz que Portas tem todas as condições para liderar a direita, argumento que já ouço desde a minha longínqua adolescência e que nunca sucedeu, não obstante as rimas nos discursos e as várias roupagens que testou.2. O BE duplicou o número de deputados e esteve muito perto (0,6%) de atingir a votação do CDS. Não consegue uma maioria com o PS, mas mais de meio milhão de votos num programa como o do BE não é um facto que olimpicamente se deva ignorar.3. "61% dos portugueses que votaram apoia o casamento entre pessoas do mesmo sexo". A soma dos partidos não é essa, mas mesmo que fosse a conclusão é literalmente indefensável. Qualquer um pode alegar que que "61%" decidiram votar nos partidos A,B,C apesar de estes defenderem X,Y,Z. O voto é uma agregação de preferências. Pode-se alegar que existe legitimidade parlamentar para avançar com essa agenda se ela estiver nos programas, mas não se pode daí concluir que cada um dos eleitores apoia todas e cada uma das medidas do partido em que votou. O número de apoiantes até pode, em tese, ser maior.4. "Pacheco Pereira continua em parte incerta." Ontem JPP esteve quase uma hora num frente a frente na SIC Notícias com o Ministro Silva Pereira. A crítica é livre, mas não faz sentido acusar JPP de falta de frontalidade ou coragem, sobretudo vindo do Eduardo Pita que, num teste de carácter, aceitou escrever no Simplex, um blogue que deu guarida ao miserável anonimato blogosférico.5. É citado, através das palavras do Pedro Picoito, o caso António Preto. Fui contra a sua inclusão nas listas, totalmente indefensável, mas é sempre bom relembrar a diferença de tratamento que o Eduardo dá às suspeitas sobre António Preto e às suspeitas sobre o seu tão idolatrado numero uno.


O José Gomes André corrige vários pontos deste texto do Eduardo Pitta, mas a crítica é curta:1. O Eduardo diz que Portas tem todas as condições para liderar a direita, argumento que já ouço desde a minha longínqua adolescência e que nunca sucedeu, não obstante as rimas nos discursos e as várias roupagens que testou.2. O BE duplicou o número de deputados e esteve muito perto (0,6%) de atingir a votação do CDS. Não consegue uma maioria com o PS, mas mais de meio milhão de votos num programa como o do BE não é um facto que olimpicamente se deva ignorar.3. "61% dos portugueses que votaram apoia o casamento entre pessoas do mesmo sexo". A soma dos partidos não é essa, mas mesmo que fosse a conclusão é literalmente indefensável. Qualquer um pode alegar que que "61%" decidiram votar nos partidos A,B,C apesar de estes defenderem X,Y,Z. O voto é uma agregação de preferências. Pode-se alegar que existe legitimidade parlamentar para avançar com essa agenda se ela estiver nos programas, mas não se pode daí concluir que cada um dos eleitores apoia todas e cada uma das medidas do partido em que votou. O número de apoiantes até pode, em tese, ser maior.4. "Pacheco Pereira continua em parte incerta." Ontem JPP esteve quase uma hora num frente a frente na SIC Notícias com o Ministro Silva Pereira. A crítica é livre, mas não faz sentido acusar JPP de falta de frontalidade ou coragem, sobretudo vindo do Eduardo Pita que, num teste de carácter, aceitou escrever no Simplex, um blogue que deu guarida ao miserável anonimato blogosférico.5. É citado, através das palavras do Pedro Picoito, o caso António Preto. Fui contra a sua inclusão nas listas, totalmente indefensável, mas é sempre bom relembrar a diferença de tratamento que o Eduardo dá às suspeitas sobre António Preto e às suspeitas sobre o seu tão idolatrado numero uno.

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