Da Literatura: TRAPALHADA

24-01-2012
marcar artigo

Quem conhece o estado das contas públicas ficou boquiaberto ao ouvir ontem Passos Coelho referir um desvio orçamental de 3 mil milhões de euros. Foram vários os economistas que desmontaram a trapalhada. Na Quadratura do Círculo era visível o incómodo de Pacheco Pereira.

Sobre o assunto, Pedro Marques, deputado do PS, fez mesmo uma pequena cábula:

«O PM justificou esta brutalidade à grega com um desvio de 4.000 milhões. Mas a diferença entre o acordado com a Troika e os 7.000 milhões que o INE reportou para o 1.º semestre são 1.600 milhões. E esquece-se que estão lá, nessa diferença, 600 milhões da Madeira, que não se repetem, logo não justificam cortes adicionais para 2012. E faltam no 1.º semestre os 600 milhões de receitas de vendas de concessões de 4G e Barragens, previstas no OE; logo, isto também não é desvio, é para cobrar no 2.º semestre. A haver diferença, ela é de um décimo do que referiu Pedro Passos Coelho, e igual à dotação provisional de despesa, que pode ser usada, e não aumenta o défice. [...]»

O Instituto Nacional de Estatística não confirma o número avançado pelo primeiro-ministro.

Amadeu Altajaf, porta-voz da Comissão Europeia, também não. Ou seja, a natureza do desvio não é da responsabilidade do anterior governo e a Comissão Europeia deixou isso claro.

Aqui, o João Galamba explica. Etiquetas: OE 2012, Trapalhada

Quem conhece o estado das contas públicas ficou boquiaberto ao ouvir ontem Passos Coelho referir um desvio orçamental de 3 mil milhões de euros. Foram vários os economistas que desmontaram a trapalhada. Na Quadratura do Círculo era visível o incómodo de Pacheco Pereira.

Sobre o assunto, Pedro Marques, deputado do PS, fez mesmo uma pequena cábula:

«O PM justificou esta brutalidade à grega com um desvio de 4.000 milhões. Mas a diferença entre o acordado com a Troika e os 7.000 milhões que o INE reportou para o 1.º semestre são 1.600 milhões. E esquece-se que estão lá, nessa diferença, 600 milhões da Madeira, que não se repetem, logo não justificam cortes adicionais para 2012. E faltam no 1.º semestre os 600 milhões de receitas de vendas de concessões de 4G e Barragens, previstas no OE; logo, isto também não é desvio, é para cobrar no 2.º semestre. A haver diferença, ela é de um décimo do que referiu Pedro Passos Coelho, e igual à dotação provisional de despesa, que pode ser usada, e não aumenta o défice. [...]»

O Instituto Nacional de Estatística não confirma o número avançado pelo primeiro-ministro.

Amadeu Altajaf, porta-voz da Comissão Europeia, também não. Ou seja, a natureza do desvio não é da responsabilidade do anterior governo e a Comissão Europeia deixou isso claro.

Aqui, o João Galamba explica. Etiquetas: OE 2012, Trapalhada

marcar artigo