O Cachimbo de Magritte: Notícias ligeiramente exageradas

08-07-2011
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O Público perguntava ontem se o Troopergate, o inquérito que concluiu ter havido abuso de poder por parte de Sarah Palin na demissão do chefe da polícia do Alasca, terá posto um fim às hipóteses de McCain na corrida à Casa Branca. A pergunta revela a dificuldade em compreender a verdadeira natureza do fenómeno Palin do lado de cá do Atlântico. A Governadora do Alasca foi escolhida para o ticket republicano com o fim, tão exclusivo como evidente, de assegurar a fidelidade do partido a McCain, demasido de Washington, demasiado do establishment, demasiado centrista para as bases. Desde o primeiro momento que ela cumpriu esse papel na perfeição, ganhando uma popularidade entre os eleitores do GOP inversamente proporcional à hostilidade dos media e dos democratas. Como é óbvio, a acusação do inquérito apenas vai reforçar esta aura de símbolo da tribo. Os seus apoiantes vão dizer que o inquérito foi politizado e não passa de uma conspiração para impedir a vitória de McCain, exactamente como os democratas se uniram à volta de Clinton no caso Lewinsky. Será assim tão difícil perceber?


O Público perguntava ontem se o Troopergate, o inquérito que concluiu ter havido abuso de poder por parte de Sarah Palin na demissão do chefe da polícia do Alasca, terá posto um fim às hipóteses de McCain na corrida à Casa Branca. A pergunta revela a dificuldade em compreender a verdadeira natureza do fenómeno Palin do lado de cá do Atlântico. A Governadora do Alasca foi escolhida para o ticket republicano com o fim, tão exclusivo como evidente, de assegurar a fidelidade do partido a McCain, demasido de Washington, demasiado do establishment, demasiado centrista para as bases. Desde o primeiro momento que ela cumpriu esse papel na perfeição, ganhando uma popularidade entre os eleitores do GOP inversamente proporcional à hostilidade dos media e dos democratas. Como é óbvio, a acusação do inquérito apenas vai reforçar esta aura de símbolo da tribo. Os seus apoiantes vão dizer que o inquérito foi politizado e não passa de uma conspiração para impedir a vitória de McCain, exactamente como os democratas se uniram à volta de Clinton no caso Lewinsky. Será assim tão difícil perceber?

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