Cravo de Abril: O «LÍDER DA OPOSIÇÃO»...

21-01-2012
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António José Seguro anda num frenesim: ele exige ao primeiro.ministro que; ele avisa o Governo que; ele garante aos portugueses que... - e no final de cada exigência, aviso ou garantia, com voz enérgica, proclama. «Eu sou o líder da oposição».
Com toda esta encenação, o líder do PS está a cumprir o papel que lhe compete de se fingir oposição ao governo e à política por este praticada - um papel que, nas últimas três décadas e meia, tem vindo a ser desempenhado em cordial alternância com o PSD: ora agora governo eu e tu fazes de oposição, ora agora governas tu e eu faço de oposição...
Reconheça-se que o cumprimento de tal tarefa é muito mais difícil para o PS do que para o PSD.Na verdade, é preciso muita tarimba de palco e de representação para, sendo de facto o líder da política de direita, se auto-denominar «socialista» e de «esquerda»...Mas também é verdade que todos os líderes do PS - do insuperável Soares ao apatetado Seguro - se têm mostrado exímios praticantes na arte da trapaça e da mentira.
Há dias, assistimos a um sketch bem revelador das capacidades histriónicas de Seguro: o primeiro-ministro Passos Coelho recebeu o «líder da oposição», o qual, com voz enérgica, lhe cantou das boas: que mais isto, e mais aquilo, e mais aqueloutro; eu não tolero que; eu não permitirei que, eu não admito que... após o que, com a mesma voz enérgica e já a falar a sério, sintetizou numa dezena de palavras o seu conceito de «oposição».Disse Seguro, seguro de si e expressando o que lhe vai na alma: «A obrigação do primeiro-ministro é cumprir o memorando da troika».
E saindo de cena, apressado, foi fazer «oposição» para outro lado.


António José Seguro anda num frenesim: ele exige ao primeiro.ministro que; ele avisa o Governo que; ele garante aos portugueses que... - e no final de cada exigência, aviso ou garantia, com voz enérgica, proclama. «Eu sou o líder da oposição».
Com toda esta encenação, o líder do PS está a cumprir o papel que lhe compete de se fingir oposição ao governo e à política por este praticada - um papel que, nas últimas três décadas e meia, tem vindo a ser desempenhado em cordial alternância com o PSD: ora agora governo eu e tu fazes de oposição, ora agora governas tu e eu faço de oposição...
Reconheça-se que o cumprimento de tal tarefa é muito mais difícil para o PS do que para o PSD.Na verdade, é preciso muita tarimba de palco e de representação para, sendo de facto o líder da política de direita, se auto-denominar «socialista» e de «esquerda»...Mas também é verdade que todos os líderes do PS - do insuperável Soares ao apatetado Seguro - se têm mostrado exímios praticantes na arte da trapaça e da mentira.
Há dias, assistimos a um sketch bem revelador das capacidades histriónicas de Seguro: o primeiro-ministro Passos Coelho recebeu o «líder da oposição», o qual, com voz enérgica, lhe cantou das boas: que mais isto, e mais aquilo, e mais aqueloutro; eu não tolero que; eu não permitirei que, eu não admito que... após o que, com a mesma voz enérgica e já a falar a sério, sintetizou numa dezena de palavras o seu conceito de «oposição».Disse Seguro, seguro de si e expressando o que lhe vai na alma: «A obrigação do primeiro-ministro é cumprir o memorando da troika».
E saindo de cena, apressado, foi fazer «oposição» para outro lado.

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