O Cachimbo de Magritte: A Boa e a Má Moeda: Esclarecimento

08-07-2011
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É verdade que no século XVI, no reinado de Isabel I de Inglaterra (recorde-se que não estamos nem no século XVI, nem no reinado de Isabel I, nem em Inglaterra), Gresham afirmou, simplificando, que a má moeda expulsava sempre a boa moeda. No entanto, Gresham não só não produziu uma teoria com o seu nome – esta terá nascido mais tarde e nem sequer terá importância para o caso –, como mesmo que presumindo a bondade da afirmação de Gresham é possível, em determinadas circunstâncias, teorizar exactamente o contrário. Ora foi a partir desta teorização ao contrário, que considera reversível a asserção de Gresham, que eu escrevi o post abaixo. O argumento é simples e diz respeito a uma questão concreta. Em concreto, foi pensando neste pedaço de prosa que escrevi (mal?) o que escrevi:"[...] En un mercado de vendedores, es posible que la moneda buena expulse a la mala en la medida que los vendedores insistan en adquirir moneda buena para sus reservas; y observaremos que algunos defensores de la liberalización bancaria confían en esta posibilidad. [...]" [Charles P. Kindleberger, El Orden Económico Internacional. Ensayos sobre las crisis financieras y los servicios públicos internacionales, s.e., Barcelona, Ed. Crítica, 1992, p. 161] Logo a seguir, o autor destas linhas recorda que os compradores gastam sempre a má moeda. No entanto, e se os meus pobres leitores me permitem, não era aquilo que me interessava, por mais relevante que possa ser considerado.É verdade que posso estar enganado – se calhar estou mesmo – mas não estou sozinho. Conclusão: é sempre bom ter leitores que estão atentos, que sabem do assunto e que não me chamam atrasado mental ou coisa que o valha.


É verdade que no século XVI, no reinado de Isabel I de Inglaterra (recorde-se que não estamos nem no século XVI, nem no reinado de Isabel I, nem em Inglaterra), Gresham afirmou, simplificando, que a má moeda expulsava sempre a boa moeda. No entanto, Gresham não só não produziu uma teoria com o seu nome – esta terá nascido mais tarde e nem sequer terá importância para o caso –, como mesmo que presumindo a bondade da afirmação de Gresham é possível, em determinadas circunstâncias, teorizar exactamente o contrário. Ora foi a partir desta teorização ao contrário, que considera reversível a asserção de Gresham, que eu escrevi o post abaixo. O argumento é simples e diz respeito a uma questão concreta. Em concreto, foi pensando neste pedaço de prosa que escrevi (mal?) o que escrevi:"[...] En un mercado de vendedores, es posible que la moneda buena expulse a la mala en la medida que los vendedores insistan en adquirir moneda buena para sus reservas; y observaremos que algunos defensores de la liberalización bancaria confían en esta posibilidad. [...]" [Charles P. Kindleberger, El Orden Económico Internacional. Ensayos sobre las crisis financieras y los servicios públicos internacionales, s.e., Barcelona, Ed. Crítica, 1992, p. 161] Logo a seguir, o autor destas linhas recorda que os compradores gastam sempre a má moeda. No entanto, e se os meus pobres leitores me permitem, não era aquilo que me interessava, por mais relevante que possa ser considerado.É verdade que posso estar enganado – se calhar estou mesmo – mas não estou sozinho. Conclusão: é sempre bom ter leitores que estão atentos, que sabem do assunto e que não me chamam atrasado mental ou coisa que o valha.

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