Deste-me a fraternidade para com o que não conheço.Acrescentaste à minha a força de todos os que vivem.Deste-me outra vez a pátria como se nascesse de novo.Deste-me a liberdade que o solitário não tem.Ensinaste-me a acender a bondade, como um fogo.Deste-me a rectidão de que a árvore necessita.Ensinaste-me a ver a unidade e a diversidade dos homens.Mostraste-me como a dor de um indivíduo morre com a vitória de todos.Fizeste-me edificar sobre a realidade como sobre uma rocha.Tornaste-me adversário do malvado e muro contra o frenético.Fizeste-me ver a claridade do mundo e a possibilidade da alegria.Tornaste-me indestrutível, porque, graças a ti, não termino em mim mesmo.Pablo Neruda, em Canto Geral
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Deste-me a fraternidade para com o que não conheço.Acrescentaste à minha a força de todos os que vivem.Deste-me outra vez a pátria como se nascesse de novo.Deste-me a liberdade que o solitário não tem.Ensinaste-me a acender a bondade, como um fogo.Deste-me a rectidão de que a árvore necessita.Ensinaste-me a ver a unidade e a diversidade dos homens.Mostraste-me como a dor de um indivíduo morre com a vitória de todos.Fizeste-me edificar sobre a realidade como sobre uma rocha.Tornaste-me adversário do malvado e muro contra o frenético.Fizeste-me ver a claridade do mundo e a possibilidade da alegria.Tornaste-me indestrutível, porque, graças a ti, não termino em mim mesmo.Pablo Neruda, em Canto Geral