PS defende que descida de rating revela problema a nível europeu

09-07-2011
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Em declarações à Lusa, João Galamba afirma que a decisão da Moody’s “revela sobretudo um problema a nível europeu” e “não tem tanto a ver com uma insuficiência de austeridade ou de medidas ou [com a] incapacidade [de Portugal], mas sim com a deficiente resposta que a União Europeia (UE) tem dado às crises da dívida soberana no último ano e meio”.

Para o deputado socialista eleito pelo círculo de Santarém, “é inevitável que continuem a ocorrer descidas de rating enquanto a Europa não alterar o modo como encara a crise da dívida soberana”. É preciso, defende o deputado, “deixar de olhar para estes problemas como problemas do país A ou B” e encarar a situação como sendo “um problema sistémico que a todos diz respeito”.

João Galamba aponta ainda “uma lacuna no programa do Governo” que é a “omissão total de Europa”, o que significa que o Executivo “está convencido que, de facto, esta crise é sobretudo portuguesa, e não uma crise sistémica que só pode ser resolvida a nível europeu”.

O deputado socialista prevê ainda que o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, “tenderá a concordar com esta visão da crise”, pelo que “alinhará integralmente nas posições tradicionais dos credores e dos países do Norte da Europa”.

Para João Galamba, a “única forma” de resolver a crise de dívida europeia é “aplicar escrupulosamente o memorando da troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), mas “nunca perder de vista que há uma segunda parte da solução”, que “depende de uma resposta europeia, que até agora não tem havido”.

João Galamba manifestou ainda “sinceras dúvidas” de que o ministro das Finanças “seja capaz de liderar esta discussão, uma vez que construiu toda a sua carreira académica no pressuposto de que crises sistémicas na Zona Euro eram uma impossibilidade teórica”.

A agência de notação financeira Moody’s cortou hoje em quatro níveis o rating de Portugal de Baa1 para Ba2, colocando a dívida do País na categoria de lixo (junk) e mantém o outlook negativo.

Para a Moody’s, existe o risco crescente de Portugal precisar de um segundo pacote de empréstimos internacionais antes de conseguir regressar aos mercados no segundo semestre de 2013.

A agência menciona ainda o que considera ser uma “possibilidade crescente de a participação dos investidores privados ser imposta como pré-condição” para esse segundo resgate, à semelhança do que está a ser estudado no âmbito de um segundo pacote de ajuda à Grécia.

A Moody’s justifica ainda a sua decisão com a alusão a um alegado agravamento dos receios de Portugal não ser capaz de cumprir a totalidade das metas de redução do défice e da dívida acordadas com a União Europeia e com o FMI, no âmbito do empréstimo de 78 mil milhões de euros.

Em declarações à Lusa, João Galamba afirma que a decisão da Moody’s “revela sobretudo um problema a nível europeu” e “não tem tanto a ver com uma insuficiência de austeridade ou de medidas ou [com a] incapacidade [de Portugal], mas sim com a deficiente resposta que a União Europeia (UE) tem dado às crises da dívida soberana no último ano e meio”.

Para o deputado socialista eleito pelo círculo de Santarém, “é inevitável que continuem a ocorrer descidas de rating enquanto a Europa não alterar o modo como encara a crise da dívida soberana”. É preciso, defende o deputado, “deixar de olhar para estes problemas como problemas do país A ou B” e encarar a situação como sendo “um problema sistémico que a todos diz respeito”.

João Galamba aponta ainda “uma lacuna no programa do Governo” que é a “omissão total de Europa”, o que significa que o Executivo “está convencido que, de facto, esta crise é sobretudo portuguesa, e não uma crise sistémica que só pode ser resolvida a nível europeu”.

O deputado socialista prevê ainda que o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, “tenderá a concordar com esta visão da crise”, pelo que “alinhará integralmente nas posições tradicionais dos credores e dos países do Norte da Europa”.

Para João Galamba, a “única forma” de resolver a crise de dívida europeia é “aplicar escrupulosamente o memorando da troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), mas “nunca perder de vista que há uma segunda parte da solução”, que “depende de uma resposta europeia, que até agora não tem havido”.

João Galamba manifestou ainda “sinceras dúvidas” de que o ministro das Finanças “seja capaz de liderar esta discussão, uma vez que construiu toda a sua carreira académica no pressuposto de que crises sistémicas na Zona Euro eram uma impossibilidade teórica”.

A agência de notação financeira Moody’s cortou hoje em quatro níveis o rating de Portugal de Baa1 para Ba2, colocando a dívida do País na categoria de lixo (junk) e mantém o outlook negativo.

Para a Moody’s, existe o risco crescente de Portugal precisar de um segundo pacote de empréstimos internacionais antes de conseguir regressar aos mercados no segundo semestre de 2013.

A agência menciona ainda o que considera ser uma “possibilidade crescente de a participação dos investidores privados ser imposta como pré-condição” para esse segundo resgate, à semelhança do que está a ser estudado no âmbito de um segundo pacote de ajuda à Grécia.

A Moody’s justifica ainda a sua decisão com a alusão a um alegado agravamento dos receios de Portugal não ser capaz de cumprir a totalidade das metas de redução do défice e da dívida acordadas com a União Europeia e com o FMI, no âmbito do empréstimo de 78 mil milhões de euros.

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