Rio sem margens: Chamar os sonhos à realidade [282]

27-06-2020
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Por
vezes, notamos que o canto, dantes alegre,

deixa
cair uma lágrima sentida,

esquecendo
que o sonho preserva a queda

na
triste elipse que nos confina

à
letargia do não existir fetal.

Também
sentimos que há momentos, sem magia,

em
que não deixamos correr a meninice,

esquecendo
que o tempo não refreia a nascente

da
qual provém o enorme rio da vida.

Vemos,
até, que a voz, habitualmente vibrante,

às
vezes fica mortiça, declinada,

deixando
de abrir prisões que acorrentamos ao colo,

esquecendo
a fuga essencial

aos
medos que conservamos em naftalina

nas
gavetas das nossas fragilidades.

Nessas
alturas, esquecemos que o sonho

antecipa
o prazer das alvoradas

que
hão de chegar como o vento,

que
de tão prometedoras são o ar do nosso fôlego.

Mas
nada de mal sucede quando a vida,

sem
espartilhos, regressa célere à ribalta do sentir,

para
que resista na voz de um canto menino

que
pegue nos sonhos de novo

e os
chame à realidade.

Por
vezes, notamos que o canto, dantes alegre,

deixa
cair uma lágrima sentida,

esquecendo
que o sonho preserva a queda

na
triste elipse que nos confina

à
letargia do não existir fetal.

Também
sentimos que há momentos, sem magia,

em
que não deixamos correr a meninice,

esquecendo
que o tempo não refreia a nascente

da
qual provém o enorme rio da vida.

Vemos,
até, que a voz, habitualmente vibrante,

às
vezes fica mortiça, declinada,

deixando
de abrir prisões que acorrentamos ao colo,

esquecendo
a fuga essencial

aos
medos que conservamos em naftalina

nas
gavetas das nossas fragilidades.

Nessas
alturas, esquecemos que o sonho

antecipa
o prazer das alvoradas

que
hão de chegar como o vento,

que
de tão prometedoras são o ar do nosso fôlego.

Mas
nada de mal sucede quando a vida,

sem
espartilhos, regressa célere à ribalta do sentir,

para
que resista na voz de um canto menino

que
pegue nos sonhos de novo

e os
chame à realidade.

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