Comentários em: O problema de Manuela…

09-07-2011
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Também isso já foi explicado. Quem criou o pagamento por conta foi o governo de Guterres (cfr o blogue Portugal dos Pequeninos), tendo o mesmo sido mantido nos mesmos termos no governo de Durão para fazer cumprir as exigências de Bruxelas a respeito do défice na altura em que Portugal enfrentava um processo de incumprimento; no segundo ano desse governo, Ferreira Leite reduziu o pagamento por conta. E já há um ano defende a sua extinção, precisamente porque as regras do défice mudaram e Portugal já não enfrenta um processo de incumprimento, nem corre esse risco no imediato. Ou seja, não há qualquer problema de credibilidade de Ferreira Leite relativamente a essa matéria, porque a posição do PSD foi bem explicada.

2. «pagar as dívidas do Estado às empresas», evidentemente nada contra e tudo a favor. Mas isso não é propriamente «uma medida», é cumprir o que se deve. – Ferreira Leite

Pagar imediatamente é diferente de pagar quando o Estado quiser. É essa a diferença entre a medida proposta pelo PSD e a prática deste governo.

3. Se apontasse fim de golden share com o argumento que sempre potenciam instrumentalização, estaria a dizer a verdade e a defender boa solução. – Gabriel Silva

Estaria a fazer isso, mas também a colocar no centro da discussão uma medida polémica que desviaria a atenção da tentativa de governamentalização da TVI por parte do governo. Agora que o negócio foi vetado é que faz sentido levantar a questão da existência da golden share, porque o objectivo das declarações anteriores – abortar o negócio – foi atingido. É uma questão de estratégia política que penso ser correcta.

pelo contrário, ao defender a retirado do poder governamental de interferencia nas empresas, estaria livre para criticar sempre que tal sucedesse, seja no bpn (por via de injecção de capital na cgd, não esquecer…), seja no caso do Fino, da Compal, do berado, do BCP ou qualquer outro. – Gabriel Silva

No caso da Caixa ainda pior. Se a medida fosse proposta, aí é que teríamos de aturar o Sócrates por mais quatro anos. Lamento, caro Gabriel Silva, mas não dou para esse peditório. Prefiro que o PSD ganhe as eleições primeiro e depois se discuta a privatização da Caixa. Aliás, essa medida em particular só a vejo como exequível no segundo mandato e depois de os portugueses perderem medo à “desestatização”, se me é permitido o neologismo, do regime.

se bem compreendo, não se deve usar agora de «politica de verdade», dizendo o que se pretende, o que será útil e positivo, argumento em seu favor, apresentandoe essas alternativas aos eleitores, antes, para que possam fazer as devidas escolhas? – Gabriel Silva

O que eu defendo pessoalmente é um programa eleitoral que aponte para um liberalismo mitigado no primeiro mandato. Seria contraproducente avançar num primeiro mandato com medidas que seriam abortadas pela opinião pública, como seja a privatização da caixa, o cheque-ensino ou outras propostas habitualmente liberais. Mais fácil é avançar com medidas como a reforma do arrendamento ou com a delegação de competências em matéria de educação às escolas e autarquias. Ou seja, a ideia de que se faz uma revolução liberal num prazo de quatro anos é absurda.

Um abraço,

Também isso já foi explicado. Quem criou o pagamento por conta foi o governo de Guterres (cfr o blogue Portugal dos Pequeninos), tendo o mesmo sido mantido nos mesmos termos no governo de Durão para fazer cumprir as exigências de Bruxelas a respeito do défice na altura em que Portugal enfrentava um processo de incumprimento; no segundo ano desse governo, Ferreira Leite reduziu o pagamento por conta. E já há um ano defende a sua extinção, precisamente porque as regras do défice mudaram e Portugal já não enfrenta um processo de incumprimento, nem corre esse risco no imediato. Ou seja, não há qualquer problema de credibilidade de Ferreira Leite relativamente a essa matéria, porque a posição do PSD foi bem explicada.

2. «pagar as dívidas do Estado às empresas», evidentemente nada contra e tudo a favor. Mas isso não é propriamente «uma medida», é cumprir o que se deve. – Ferreira Leite

Pagar imediatamente é diferente de pagar quando o Estado quiser. É essa a diferença entre a medida proposta pelo PSD e a prática deste governo.

3. Se apontasse fim de golden share com o argumento que sempre potenciam instrumentalização, estaria a dizer a verdade e a defender boa solução. – Gabriel Silva

Estaria a fazer isso, mas também a colocar no centro da discussão uma medida polémica que desviaria a atenção da tentativa de governamentalização da TVI por parte do governo. Agora que o negócio foi vetado é que faz sentido levantar a questão da existência da golden share, porque o objectivo das declarações anteriores – abortar o negócio – foi atingido. É uma questão de estratégia política que penso ser correcta.

pelo contrário, ao defender a retirado do poder governamental de interferencia nas empresas, estaria livre para criticar sempre que tal sucedesse, seja no bpn (por via de injecção de capital na cgd, não esquecer…), seja no caso do Fino, da Compal, do berado, do BCP ou qualquer outro. – Gabriel Silva

No caso da Caixa ainda pior. Se a medida fosse proposta, aí é que teríamos de aturar o Sócrates por mais quatro anos. Lamento, caro Gabriel Silva, mas não dou para esse peditório. Prefiro que o PSD ganhe as eleições primeiro e depois se discuta a privatização da Caixa. Aliás, essa medida em particular só a vejo como exequível no segundo mandato e depois de os portugueses perderem medo à “desestatização”, se me é permitido o neologismo, do regime.

se bem compreendo, não se deve usar agora de «politica de verdade», dizendo o que se pretende, o que será útil e positivo, argumento em seu favor, apresentandoe essas alternativas aos eleitores, antes, para que possam fazer as devidas escolhas? – Gabriel Silva

O que eu defendo pessoalmente é um programa eleitoral que aponte para um liberalismo mitigado no primeiro mandato. Seria contraproducente avançar num primeiro mandato com medidas que seriam abortadas pela opinião pública, como seja a privatização da caixa, o cheque-ensino ou outras propostas habitualmente liberais. Mais fácil é avançar com medidas como a reforma do arrendamento ou com a delegação de competências em matéria de educação às escolas e autarquias. Ou seja, a ideia de que se faz uma revolução liberal num prazo de quatro anos é absurda.

Um abraço,

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