portugal dos pequeninos: DE SADE À LÍNGUA DE PAU

27-01-2012
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Estava a ler Sade - La philosophie dans le boudoir, adquirido por €2 na feira do livro - quando, a propósito, apareceu-me à frente o eng.º Sócrates. Ao lado dele, mudo e quedo, constava o prof. Teixeira dos Santos a fazer figura de corpo presente. O referido senhor eng.º estava a perpetrar o seu primeiro tempo de antena, por conta do PS, a partir de São Bento (neste momento está uma das grandes alarvidades da seita no ecrã, o Barroso, sobrinho de Soares, levemente mais sofisticado - sabe línguas e leu Camilo - que coisas como Capoulas, Canas ou Estrelas mas tão cabotino como os outros). Não disse, o dito Sócrates, uma palavra sobre o preço do resgate financeiro do país a não ser para mencionar o que ele não contém por causa do tempo de antena. Não proferiu uma palavra sobre o imenso passivo nacional que ele politicamente personifica e que justifica os €78.000 milhões de euros que servirão para pagar, à cabeça, os seis anos da sua insuportável língua de pau. Sade, pelo menos, é autêntico.Adenda: Dito isto, o tempo de antena cumpriu adequadamente o seu propósito até porque é preciso ter em conta a incomensurabilidade da estupidez humana que o protagonista sabe explorar como ninguém. A referida incomensurabilidade nota-se, aliás, na facilidade com que os media e comentadores se deixaram manipular (culbuter como as personagens do livrinho aludido) pelo dito protagonista e pela sua "central" de propaganda, "anunciando" medidas alarmistas (v.g. cortar pensões a partir dos 600 euros que todos "enfiaram" sem a vaselina da velha Estácio), desmentidas prontamente no tempo de antena, ou elogiando, mesmo, o protagonista com uma cara de pau correspondente à língua de idêntica natureza do outro. Esta gente toda não presta.


Estava a ler Sade - La philosophie dans le boudoir, adquirido por €2 na feira do livro - quando, a propósito, apareceu-me à frente o eng.º Sócrates. Ao lado dele, mudo e quedo, constava o prof. Teixeira dos Santos a fazer figura de corpo presente. O referido senhor eng.º estava a perpetrar o seu primeiro tempo de antena, por conta do PS, a partir de São Bento (neste momento está uma das grandes alarvidades da seita no ecrã, o Barroso, sobrinho de Soares, levemente mais sofisticado - sabe línguas e leu Camilo - que coisas como Capoulas, Canas ou Estrelas mas tão cabotino como os outros). Não disse, o dito Sócrates, uma palavra sobre o preço do resgate financeiro do país a não ser para mencionar o que ele não contém por causa do tempo de antena. Não proferiu uma palavra sobre o imenso passivo nacional que ele politicamente personifica e que justifica os €78.000 milhões de euros que servirão para pagar, à cabeça, os seis anos da sua insuportável língua de pau. Sade, pelo menos, é autêntico.Adenda: Dito isto, o tempo de antena cumpriu adequadamente o seu propósito até porque é preciso ter em conta a incomensurabilidade da estupidez humana que o protagonista sabe explorar como ninguém. A referida incomensurabilidade nota-se, aliás, na facilidade com que os media e comentadores se deixaram manipular (culbuter como as personagens do livrinho aludido) pelo dito protagonista e pela sua "central" de propaganda, "anunciando" medidas alarmistas (v.g. cortar pensões a partir dos 600 euros que todos "enfiaram" sem a vaselina da velha Estácio), desmentidas prontamente no tempo de antena, ou elogiando, mesmo, o protagonista com uma cara de pau correspondente à língua de idêntica natureza do outro. Esta gente toda não presta.

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