portugal dos pequeninos: PRÍNCIPES E PLEBEUS

27-01-2012
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«O casamento do príncipe William com uma senhora de 29 anos, Catherine Middleton, excitou o mundo. Mesmo em Portugal, a televisão e os jornais encheram-se de zelo e houve comentadores de grande erudição que não se dispensaram de comentar o caso (...). Para quem sabe o que sucedeu em Inglaterra desde 1997, a euforia de anteontem pareceu paradoxal. O casamento era um acto de afirmação dinástica e, no entanto, ninguém no Reino Unido se mexeu quando Tony Blair decidiu abolir quase completamente o princípio dinástico na Câmara dos Lordes e reduzir o papel da aristocracia a pouco mais do que decorativo. Como ninguém se mexeu quando o dito Blair inventou a "princesa do povo" e, no processo, humilhou a rainha e o príncipe Carlos. O trabalhismo instalou no Reino Unido a obsessão da igualdade (racial, social, sexual, religiosa) e a imprensa persegue com uma extraordinária fúria a menor infracção ao código sagrado do "politicamente correcto". Mas na sexta-feira, um milhão de pessoas saiu à rua para aplaudir a pompa e o privilégio da Casa Real. Os duques de Cambridge não devem contar com uma vida politicamente sossegada. (Vasco Pulido Valente, Público)» Nem politicamente nem nada. Por cá, de facto, uns quantos andaram pelos media a derramar sobre a monarquia e a república. Parece que a primeira é mais dada a manter o "povo" alegre, divertido e prenhe de "esperança" de acordo com os seus prosélitos. Num país como o nosso, em que se vive permanentemente na lua, uma monarquia pseudo cor-de-rosa, sem o dinheiro dos Windsor (de resto, já temos este conúbio praticamente dinástico do "povo" com o PS), é o que mais falta nos anda a fazer. Tenham juízo.Foto: Um príncipe, o da Suécia, Carl Philip que "sai" a ele próprio.


«O casamento do príncipe William com uma senhora de 29 anos, Catherine Middleton, excitou o mundo. Mesmo em Portugal, a televisão e os jornais encheram-se de zelo e houve comentadores de grande erudição que não se dispensaram de comentar o caso (...). Para quem sabe o que sucedeu em Inglaterra desde 1997, a euforia de anteontem pareceu paradoxal. O casamento era um acto de afirmação dinástica e, no entanto, ninguém no Reino Unido se mexeu quando Tony Blair decidiu abolir quase completamente o princípio dinástico na Câmara dos Lordes e reduzir o papel da aristocracia a pouco mais do que decorativo. Como ninguém se mexeu quando o dito Blair inventou a "princesa do povo" e, no processo, humilhou a rainha e o príncipe Carlos. O trabalhismo instalou no Reino Unido a obsessão da igualdade (racial, social, sexual, religiosa) e a imprensa persegue com uma extraordinária fúria a menor infracção ao código sagrado do "politicamente correcto". Mas na sexta-feira, um milhão de pessoas saiu à rua para aplaudir a pompa e o privilégio da Casa Real. Os duques de Cambridge não devem contar com uma vida politicamente sossegada. (Vasco Pulido Valente, Público)» Nem politicamente nem nada. Por cá, de facto, uns quantos andaram pelos media a derramar sobre a monarquia e a república. Parece que a primeira é mais dada a manter o "povo" alegre, divertido e prenhe de "esperança" de acordo com os seus prosélitos. Num país como o nosso, em que se vive permanentemente na lua, uma monarquia pseudo cor-de-rosa, sem o dinheiro dos Windsor (de resto, já temos este conúbio praticamente dinástico do "povo" com o PS), é o que mais falta nos anda a fazer. Tenham juízo.Foto: Um príncipe, o da Suécia, Carl Philip que "sai" a ele próprio.

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