portugal dos pequeninos: TENHAM JUÍZO

27-01-2012
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O governo de Sarkozy não seguiu os conselhos dos beatos portugueses e dos candidatos a beatos. Não se consome, em França, a notável tese dos bons rapazes apesar de Rousseau. Em compensação, em Portugal sobram teóricos que, como a história doméstica nos tem abundantemente demonstrado, dão lições ao mundo sobre tudo e sobre nada. Nenhum deles quer saber da realidade. As suas lustrosas cabeças frequentam outras alturas a aspiram à beatitude social e cultural. Carregam, vergados, todo o lixo ideológico que em parte alguma do globo resolveu um só dos seus complexos problemas. Apesar de especialistas em "problematizar", os nossos teóricos distinguem-se tipicamente pelo irrealismo e pela irresponsabilidade. O nomadismo é um belo sinal de desconforto e de inadaptação. Mas nenhuma "especificidade" pode ser fechada num aquário sem água, para gáudio dos teóricos, quando o desconforto é geral e a inadaptação persiste em nome da ladroagem mais reles e primitiva por causa de uma coisa tão simples como a sobrevivência. Aí, é forçoso que sobrevivam de outra maneira ou aprendam a tal e não como rasura ou falha nossa. É esta a lição de superioridade da civilização em que fomos criados e que está a desaparecer à conta de muito do seu "iluminismo" de pacotilha. Tenham juízo.


O governo de Sarkozy não seguiu os conselhos dos beatos portugueses e dos candidatos a beatos. Não se consome, em França, a notável tese dos bons rapazes apesar de Rousseau. Em compensação, em Portugal sobram teóricos que, como a história doméstica nos tem abundantemente demonstrado, dão lições ao mundo sobre tudo e sobre nada. Nenhum deles quer saber da realidade. As suas lustrosas cabeças frequentam outras alturas a aspiram à beatitude social e cultural. Carregam, vergados, todo o lixo ideológico que em parte alguma do globo resolveu um só dos seus complexos problemas. Apesar de especialistas em "problematizar", os nossos teóricos distinguem-se tipicamente pelo irrealismo e pela irresponsabilidade. O nomadismo é um belo sinal de desconforto e de inadaptação. Mas nenhuma "especificidade" pode ser fechada num aquário sem água, para gáudio dos teóricos, quando o desconforto é geral e a inadaptação persiste em nome da ladroagem mais reles e primitiva por causa de uma coisa tão simples como a sobrevivência. Aí, é forçoso que sobrevivam de outra maneira ou aprendam a tal e não como rasura ou falha nossa. É esta a lição de superioridade da civilização em que fomos criados e que está a desaparecer à conta de muito do seu "iluminismo" de pacotilha. Tenham juízo.

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